sábado, 21 de novembro de 2015

Ataques russos contra infraestrutura petrolífera abalam sustento do Estado Islâmico

Jazida de petróleo de Rmeilane, na província de Hasakeh, na Síria

Ataques russos contra infraestrutura petrolífera abalam sustento do Estado Islâmico

© AFP 2015/ YOUSSEF KARWASHAN
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Aviação russa combate terrorismo na Síria (31)
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Após vários duros golpes contra a capacidade militar do Estado Islâmico, as forças russas agora podem se concentrar em destruir o potencial econômico do grupo terrorista: o comércio ilegal de petróleo, afirma o cientista político Nikita Smagin.

Grandes ataques aéreos, segundo o analista, podem limitar seriamente a capacidade do Estado Islâmico de negociar petróleo no mercado negro. A venda de petróleo roubado de jazidas no Iraque e na Síria vem sendo uma grande fonte de receita para o grupo terrorista. Militantes ganham cerca de US$ 2 milhões por dia, segundo estimativas de diferentes fontes.
Antes da campanha aérea russa, a principal medida contra as atividades comerciais ilegais do Estado Islâmico envolvia fazer pressão política  sobre os compradores.
“Esse método não parece estar funcionando. Há ainda há quem, principalmente na Turquia, compre petróleo e derivados do Estado Islâmico”, explicou Smagin.
Atos terroristas recentes na França, na Turquia e em outros locais, todos executados pelo EI, podem ser a gota d’água. Ancara, na opinião do analista, agora pode se juntar àqueles que tentam influenciar os compradores de petróleo do Estado Islâmico.
“A Turquia pode ter percebido o perigo que o EI representa”, avaliou.
Na última sexta-feira, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, confirmou que a campanha aérea russa minou a infraestrutura do Estado Islâmico, impedindo que o grupo volte a contrabandear petróleo. As forças russas recentemente destruíram 15 instalações de armazenamento e refinamento de petróleo, além de 525 caminhões-tanque. Sem conseguir entregar 60 mil toneladas por dia, o Estado Islâmico está perdendo cerca de US$ 1,5 milhão por dia, avalia Shoigu.
Smagin acredita que a campanha russa, iniciada no fim de setembro após um pedido formal de Damasco, está aos poucos atingindo seus objetivos.
“O Estado Islâmico está se enfraquecendo. Eles não estão conseguindo nenhum progresso militar. Pelo contrário, estão sofrendo derrota após derrota. Recrutar novos combatentes também ficou mais complicado”, analisou.



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