segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Rússia destrói base do Estado Islâmico na Síria


Por Redação, com Sputnik Brasíl – de Moscou:
Aviões da Força Aérea russa assestaram seis golpes contra uma base militar do Estado Islâmico na cidade síria de Idlib. Pelo menos 30 veículos dos terroristas foram destruídos.
Nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que a Força Aérea russa destruíu três prédios pertencentes ao Estado Islâmico e dois depósitos de armas.
A Rússia autorizou o envio da sua Força Aérea ao estangeiro na quarta-feira passada

A Rússia autorizou o envio da sua Força Aérea ao estangeiro na quarta-feira passada
– Dois depósitos de armas foram destruídos pelos (aviões) Su-34 e Su-24. Os depósitos pegaram fogo depois dos ataques, que destruíu os prédios – disse Konashenkov.
Além disso, os aviões Su-34 destruíram completamente um ponto de comando do Estado Islâmico perto da cidade de al-Rastan, na Síria.
A Rússia autorizou o envio da sua Força Aérea ao estangeiro na quarta-feira passada, depois de o Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo) aprovar o respectivo decreto do presidente russo. Previamente, a parte russa obteve um pedido oficial de Damasco de prestar ajuda militar no combate ao Estado Islâmico (grupo terrorista proibido na Rússia).
Oposição síria
O chanceler russo Sergei Lavrov declarou que a Rússia está pronta a estabelecer contatos com o Exército Livre da Síria e pediu a Washington que forneça os dados relevantes. Por sua vez, o grupo da oposição síria também está disposto a cooperar com a Rússia, disse um representante oficial em entrevista exclusiva.
Sergei Lavrov afirmou que pediu a John Kerry, secretário de Estado norte-americano, para que os EUA forneçam informação sobre a posição do Exército Livre da Síria e os seus dirigentes.
– Nós até estaremos dispostos, se este é na verdade um grupo armado da oposição patriótica composto por sírios e que mantém a capacidade de ação, estamos dispostos a estabelecer contatos com ele, não o escondemos. Mas por enquanto, ninguém nos disse isso – afirmou o ministro das Relações Exteriores russo., afirmou o ministro das Relações Exteriores russo.
Um representante do destacamento Burkan el-Fırat, que faz parte do Exército Livre da Síria, Serwan Devrish comentou os bombardeios russos dos terroristas em entrevista exclusiva à Sputnik.
– Já assinalávamos muitas vezes que apoiaríamos aquela força que desse passos reais para combater os terroristas do Estado Islâmico (EI). O EI é uma organização de grande escala que representa uma ameaça a todos e,  por isso, somente uma operação complexa e bem preparada pode ser eficaz. Apoiamos a operação antiterrorista contra o EI e consideramos que é um passo extremamente importante para eliminar esta ameaça – disse Serwan Devrish.
No entanto, o representante acrescentou que ataques aéreos não bastam. Por isso pediu a Moscou para fornecer armas:
– O EI não pode ser eliminado somente com ataques aéreos. São as tropas de autodefesa curda e o Burkan el-Fırat que combatem mais eficazmente contra o EI em terra. Somos nós que lutamos face a face com os jihadistas, que recebemos o golpe principal. Com apoio dos aviões da coalizão, conseguimos forçar os jihadistas a deixar Kobane, Tell Abyad, Sirrin, Ain Issa e Mebruk. Pedimos à Rússia para nos ajudar com armamentos no combate ao EI. Juntando as nossas forças no âmbito das operações aérea e terrestre, poderemos efetuar golpes destruidores contra o EI.
Ao mesmo tempo, os EUA e os aliados vão dar passos para se opor à Rússia tomando em conta a sua operação na Síria.
Ashton Carter, chefe do Pentágono, afirmou durante o discurso em Madrid, citado pela agência Bloomberg:
– Os EUA e aliados vão dar passos para se opor à Rússia. As ações da Rússia levaram à escalada da guerra na Síria. Apelamos à Rússia para agir com segurança. Estamos abertos para a cooperação futura com a Rússia.
Sergei Lavrov disse que não tinha conhecimento dos planos norte-americanos de fazer frente às ações das forças aeroespaciais russas.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armados, e não fações da oposição política ou civis.

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