sexta-feira, 15 de maio de 2015

Termina hoje prazo da EMOCHM (‪#‎canalmoz‬)

3 h · 


Maputo (Canalmoz) – Temina hoje, sexta-feira, 15 de Maio, o prazo do segundo mandato de 60 dias da Equipa Militar de Observação das Hostilidades Militares.
A EMOCHM está no país há 195 dias, com a missão de supervisionar o cumprimento do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares e o cumprimento das fases subsequentes. O Acordo foi assinado em Setembro do ano passado pelo antigo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama.
A missão termina sem que os observadores militares internacionais tenham conseguido a integração, enquadramento e reinserção dos homens da Renamo.
O Governo tem vindo a considerar a hipótese de soluções “à moda moçambicana” para se lidar com a questão da desmilitarização, integração, enquadramento e reinserção social dos homens da Renamo.
O Governo já veio dizer esta semana que não pretende continuar a custear o que apelidou de “ociosidade”.
“Trouxemos pessoas por 135 dias para sentar nos hotéis a dormir, o que tem custos de alojamento para o Estado, e mais uma vez estamos a financiar um grupo que está ocioso em hotéis com todos os custos daí inerentes para o Estado”, disse José Pacheco, chefe da delegação do Governo nas negociações, dando a entender que não haverá mais prorrogação do prazo dos peritos militares da EMOCHM.
A EMOCHM foi criada em Outubro de 2014 e integra peritos militares nacionais, dos quais 35 do Governo e 35 da Renamo, e 23 peritos militares estrangeiros, tendo como missão verificar a integração dos homens da Renamo nas Forças de Defesa e Segurança e a reinserção social e económica. 
Aquando da prorrogação do prazo dos 60 dias, José Pacheco disse que a permanência desta missão no país implicava custos para o Estado moçambicano, pois a presença dos observadores da EMOCHM em Moçambique representa um custo de 10 milhões de dólares norte-americanos para os cofres do Estado, sem contar com os custos dos 60 dias da prorrogação dos prazos.
No final do primeiro prazo dos 135 dias, alguns oficiais militares da missão, nomeadamente da Grã-Bretanha, da Itália e de Portugal, regressaram aos seus países.
Por sua vez, os mediadores nacionais consideram que existe falta de interesse das partes em diálogo para assumirem os compromissos estabelecidos no Acordo de Setembro de 2014. (Bernardo Álvaro)

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