segunda-feira, 11 de maio de 2015

PR EM INHARRIME: Basta de promessas vamos ao trabalho!

Segunda, 11 Maio 2015

O PRESIDENTE da República disse, sábado, na sede do distrito de Inharrime, em Inhambane, que o momento é, agora, de trabalho com vista ao alcance, gradual, do objectivo central da sua governação: a criação do bem-estar de todos os moçambicanos.


Falando num comício popular, no âmbito da sua visita de trabalho de quatro dias à província de Inhamabne, Filipe Nyusi disse que Moçambique já fez muitos estudos e traçou muitos planos sobre o desenvolvimento socioeconómico, pesquisas que permitiram identificar todas as preocupações e desafios de desenvolvimento.

“Agora basta de estudos e de traçar planos. O tempo é de trabalhar, é de produzir para se criarem condições de melhorar, cada vez mais, a vida da população”, enfatizou o Chefe do Estado.

Na sua intervenção perante milhares de pessoas, Nyusi referiu que o Programa Quinquenal do Governo, aprovado recentemente pela Assembleia da República, tem como agenda central melhorar as condições de vida dos moçambicanos. Para tal, é necessário que o país produza comida para todos; seja melhorado o acesso de jovens ao ensino; aos serviços de saúde; à energia eléctrica e à água potável.

De acordo com Nyusi, os desafios da sua governação não terminam por aqui. Também abarcam a necessidade de dotar os moçambicanos de casas melhoradas, boas estradas, acesso ao celular e telefone fixo, alargamento da rede bancária e de outras acções consideradas essenciais para o bem-estar de todos.

“Para que os moçambicanos tenham acesso a tudo isso é necessário também mais emprego, pois só trabalhando é que se pode ganhar dinheiro para se construir casas melhoradas, comprar telefones, pagar energia eléctrica, entre outras necessidades.

Num outro desenvolvimento da sua intervenção de cerca de uma hora, o Presidente da República falou dos cinco pilares que constituem o Programa Quinquenal do Governo, documento que, segundo afirmou, resulta das preocupações levantadas pelos moçambicanos durante a campanha eleitoral que culminou com as eleições de 15 de Outubro último e que foram ganhas pela Frelimo Sim e pelo seu candidato, Filipe Nyusi.

Segundo disse, o primeiro destes pilares tem a ver com a paz, a unidade nacional e a soberania. “Para que o nosso país prospere é necessário que todos vivamos em paz, estejamos unidos e consigamos manter as fronteiras do nosso país”, afirmou para depois assegurar aos presentes que o Executivo tudo fará para que a paz, a unidade nacional e a soberania prevaleçam no território nacional.

O segundo vector é o desenvolvimento humano e social, isto é, o Programa Quinquenal do Governo pretende criar estabilidade humana, onde haja a formação contínua de recursos humanos, acesso à saúde, educação, água potável, energia eléctrica e outros elementos que dêem mais qualidade à vida dos moçambicanos.

O vector seguinte tem a ver com o acesso ao emprego, produtividade e competitividade, enquanto o quarto versa sobre a construção e reabilitação de infra-estruturas sociais e económicas e o quinto sobre a gestão sustentável de recursos naturais e do ambiente.

Antes de orientar este comício popular, o Chefe do Estado inaugurou uma Escola Secundária na localidade de Dongane, povoado de Nhacoongo, constituída por seis salas de aula e que conta com 330 alunos assistidos por doze professores.

Filipe Nyusi também visitou dois pomares familiares, onde se inteirou do trabalho ali realizado. Os pomares dedicam-se, essencialmente, à produção de citrinos e criação de animais de pequeno porte.

OPERADORES TURÍSTICOS PEDEM CELERIDADE DO DIÁLOGO

OPERADORES turísticos da província de Inhambane pediram, sexta-feira, ao Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, para imprimir maior celeridade ao diálogo político em curso, com vista ao alcance de resultados que visem a manutenção da paz no país.

Numa mensagem lida num encontro que mantiveram com o Chefe do Estado, no âmbito da visita de trabalho que Filipe Nyusi realiza à província de Inhambane, os operadores turísticos afirmaram que, devido à sua extensão, a chamada “terra de boa gente” é a que mais sofreu e continua a sofrer em termos económicos com a instabilidade política.

“Neste momento, não temos certeza do que vai acontecer, pelos pronunciamentos diários que ouvimos, e como investidores que somos, esses pronunciamentos preocupam a nós que estamos aqui no terreno e aos futuros investidores que gostariam de apostar os seus investimentos em Inhambane”, afirmou Raúfo Ustá, presidente da Associação dos Operadores Turísticos de Inhambane.

Na ocasião, Raúfo Ustá falou do mau serviço prestado pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) no transporte de bens e passageiros que pretendem fazer turismo em Inhambane e não só.

Segundo afirmou, a protecção que o Governo está a dar às LAM faz com que a companhia de bandeira nacional fique cada vez mais debilitada e, por conseguinte, num futuro próximo a globalização encarregar-se-á de dar o destino final a esta empresa.

“Por outro lado, o que não se discute muito são as taxas dos aeroportos que custam metade do valor da passagem aérea. Recentemente, soubemos, e estamos a averiguar, que as LAM também se beneficiam das taxas dos aeroportos. Portanto, a LAM ganha mais uma vez no negócio”, indicou.

Os operadores turísticos de Inhambane manifestaram-se abertos a fazer parcerias com as Linhas Aéreas de Moçambique e ofereceram-se para desenhar pacotes especiais conjuntos de passagens aéreas e acomodação para fins-de-semana, feriados e férias para beneficiar o turismo doméstico e residentes em Maputo.

Também se queixaram do estado em que se encontra o aeródromo local e pediram o reforço da dotação orçamental para o turismo neste ponto do país, por forma a poderem divulgar os seus pacotes turísticos e outras actividades aqui desenvolvidas e que são desconhecidas.

Respondendo a estas inquietações, o Chefe do Estado disse ter anotado tudo e prometeu que as autoridades competentes de cada sector responsável pelas queixas apresentadas iriam trabalhar na sua solução.

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