sexta-feira, 15 de maio de 2015

PGR acusa Catraio de tentativa de homicídio


Lisboa - A Procuradoria Geral República revela-se decidida em incriminar o dirigente do MPLA, Miguel Ventura Catraio, por crime de tentativa de “homicídio frustrado”, e não ao de “agressão física” e “ofensas corporais” no processo que ficou conhecido por “caso Neth”.
Fonte: Club-k.net
Aquele órgão de justiça inclina-se nesta moldura penal, justificando que no dia em que ocorreu a agressão contra a jovem Nikilauda Vieira Galiano “Neth”, ela teria sido abalada por um “choque anafilático” que a deixou sem os sentidos em função da introdução de jindungo nos seus órgãos genitais. O jindungo, segundo invocam, contém substâncias tóxicas para as partes íntimas do corpo humano.
O chamado choque anafilático é uma emergência médica em que há risco de morte, por causa da rápida constrição das vias aéreas, que muitas vezes ocorre em questão de minutos após o início do quadro. Baseando-se nesta tese, as autoridades judiciais reiteram internamente que a acusação será mesmo por tentativa de homicídio frustrado.
Para ter matéria de prova, a PGR submeteu exames médicos em diferentes clínicas de Luanda para comprovar que Nikilauda Galiano “Neth” foi, naquele dia, assolada com a crise de “choque anafilático” em consequência da práticas a que estava a ser sujeita nas mãos das suas algozes, “Jussila”, Neth Nahara, Irina Neto e etc.
Por outro lado, em meios de juristas em Luanda que acompanham o tema, entendem que a PGR esteja a inclinar-se ao crime do "homicídio frustrado" por este não permitir liberdade provisória a Miguel Catraio. Em condições normais, segundo argumentam, a acusação deveria cingir-se apenas ao crime de agressão física na qual os arguidos poderiam aguardar pelo julgamento em liberdade provisória. Em caso de serem declarados culpados em tribunal, os condenados beneficiariam de atenuantes e seriam obrigados a pagar uma indemnização inferior a 20 mil dólares americanos, a vítima.
Em meios de juristas em Luanda, suspeitam que as autoridades queiram fazer “fazer aproveitamento” deste caso para promover a mensagem de que “até” os membros do regime não ficam impune em escândalos como este em que Miguel Catraio esta envolvido.

Sem comentários: