Homem saiu do país depois da gravidez ter sido conhecida. Autoridades vão emitir mandados internacionais com vista à extradição para Portugal.
Por Tânia Laranjo
Uma menina de 13 anos está grávida do próprio pai, que se encontra neste momento fugido do País. Já foram pedidos mandados internacionais de detenção, porque tudo indica que o suspeito se encontre em Inglaterra. O caso está nas mãos da Polícia Judiciária de Lisboa, mas a criança, grávida de oito meses, já não pode abortar. O bebé deverá ser entregue para adopção. Este é o segundo caso tornado público em poucas semanas. Outra criança de 12 anos também deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, grávida de cinco meses, tendo-se apurado que o violador foi o padrasto. Nesse caso, o hospital decidiu pelo aborto, o que a lei prevê atendendo a que nasceu fruto de uma violação. No segundo caso, a PJ só tomou conhecimento da situação há poucas semanas. Nada há a fazer relativamente à gestação, nem tão-pouco ao suspeito, que está em fuga. A secção que investiga os crimes sexuais da Diretoria de Lisboa conseguiu perceber que o suspeito já saiu do País. Mas, para já, está em parte incerta, o que impossibilita a sua detenção e extradição para o nosso país. Por o caso ter sido denunciado tardiamente e o bebé já estar completamente formado, a lei impede o aborto. No entanto, a criança deverá entrar imediatamente num processo de adoção sigilosa, de forma a nunca saber que foi concebido num ato de abusos sexuais. A menor também nada mais saberá sobre o bebé que vai dar à luz.
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