sexta-feira, 8 de maio de 2015

DELEGADO POLÍTICO DA CIDADE DE MAPUTO VISITA DISTRITOS MUNICIPAIS

O delegado Político da RENAMO na Cidade de Maputo Arlindo Bila visitou três distritos na semana finda, nomeadamente Nlhamanculo, Kamaxequene e Katembe com o objectivo de capacitar e fortalecer os membros locais em matéria de mobilização. O Distrito de Nlhamanculo, foi o primeiro a ser escalado por este timoneiro, durante a sua visita. Bila, fez -se acompanhar pelos seus homólogos, Bento Mavie Delegado da Província de Gaza, Félix Assomate Quembo Delegado da Província de Tete, o presidente da Liga juvenil de Tete Evaristo Tatamo Sixpence e pela comissão política da cidade de Maputo. No Distrito de Kamaxequene, Bila dirigiu uma aula de sapiência incentivando aos presentes à não pararem de fazer trabalhos políticos. Na sua intervenção pediu ao delegado e aos membros locais a mobilizarem mais membros para engrossarem as fileiras do partido. “Gostaria que cada um de vocês aqui presentes mobilizassem mais membros e os apresentassem no próximo encontro que teremos brevemente”, pediu Arlindo Bila. Já no distrito da Katembe, este dirigente político mostrou se satisfeito com o trabalho feito pelo actual delegado Jeffry Mucombo com a sua direcção por mostrar sinais de comprimento das sua promessas feitas a quanto do seu empossamento onde garantiu que iria trabalhar no sentido de respeitar a todos, respeitar os programas sociais locais e ser aberto para com todos residentes daquele distrito.

1º DE MAIO VIDA DO TRABALHADOR MOÇAMBICANO DE MAL A PIOR

Celebrou-se na passada sexta feira o dia internacional dos trabalhadores, este ano mais uma vez esta data foi celebrada com um rugido comum dos trabalhadores clamando pelo aumento salarial, melhores condições de vida e criação de mais postos de trabalho para empregar o cada vez mais crescente número de desemprego em Moçambique. De recordar que foi recentemente aprovado o novo quadro salarial pelo Conselho de Ministro que varia de 5% a 13% a serem aplicados por sector a saber: • Na Agricultura, Caça e Silvicultura: a taxa de reajuste foi de 5%, passando dos anteriores 3.010 para 3.183 MZN, um aumento irrisório de 177 MZN. • Pesca Semi – Industrial,que beneficiou do aumento de 10% ou seja de 333 MZN, equivalendo a dizer que dos anteriores 3.167 MZN passou para a casa dos 3.500 MZN. • Pesca da Kapenta: Dos anteriores 2.857 MZN passou para 3.000 MZN. • Extracção Mineira (grandes empresas): beneficiou do aumento de 5%, correspondendo a 292 MZN, ou seja, o salário mínimo passou para 5.642,34 contra os anteriores 5.350 MZN. • Pedreiras e Areeiros: Salário mínimo passou para 4.539,05 MZN, contra os anteriores 4.316 MZN, tendo sido o aumento de 223 MZN. • Salinas: Passou para 4.176 MZN, contra os anteriores 4.010 MZN, tendo beneficiado do aumento de 166 MZN. • Indústria transformadora: beneficiou de 9.43%, ou seja, dos 4.400 MZN passou para 4.815 MZN. • Panificação: os colaboradores deste sector foram aumentos de 295 MZN passando de 3.495 para 3.790 MZN. • Produção, Distribuição de Electricidade, Gás e Água: (grandes empresas), tiveram o aumento de 13.3%, passando de 4.768 MZN de salario mínimo 5.402,14 MZN; • Nas Pequenas Empresas o aumento foi de 8.3%, passando o salário mínimo para 4.851,84 MZN, contra os anteriores 4.380,00 MZN. • Construção Civil: Conheceu um reajuste de 13.5%, passando o salario mínimo para 4.483,25 MZN, um incremento de 526 MZN em relação aos anteriores 3.956,88 MZN. • Serviços não Financeiros: foram aumentados 10.59% de salario mínimo passando para 4.676 MZN. • Sector Financeiro: Bancos e Seguradoras beneficiaram de 7.84%, significando que dos anteriores 7.465 MZN passam a 7.500 MZN. • Microfinanças: tem como aumento 7,72%, equivalendo a dizer que passarão a auferir 7800 MZN contra os anteriores 7.241 MZN (T.M) Entretanto estes aumentos não fazem nenhuma diferença se olharmos para as despesas de cada trabalhador. Por exemplo um cidadaão que passa a ganhar 4.676 mzn com um agregado familiar de 5 membros tem as seguintes dispesas basicas: • saco de arroz que custa 700 ou 800 meticais, • luz por mês 700mtn, • água que oscila, podendo se pagar acima de 500 • óleo 250 mtn, • açúcar 200 mtn, • pão para o mês inteiro 500mtn, • carvão 900 mtn • caril 1500, • transporte semi-colectivo, incluindo ( my love) com ligações chega a custar 900 por pessoa para ir ao serviço e vice-versa , e os filhos que também precisam de se deslocar para a escola. Como podemos ver, aqui falámos de algumas necessidades básicas e não incluimos material de higiene e limpeza, didáctico, mensalidades dos filhos, entre outras despesas inevitáveis. Assim, já vimos a razão da lamentação da classe dos assalariados exigindo salário justo. Com as despesas acima mencionadas fica claro que nenhuma família honesta pode sobreviver neste país, pois feitas as contas, o saldo fica negativo para o nosso amigo funcionário do Estado. Estas simples despesas superam de longe o salário da classe acima mensionada. Agora, a pergunta que não cala é se será possível existir unidade com toda esta desigualdade? Enquanto um grupo de cidadãos consegue passar 4 refeições bem recheadas por dia, manda os filhos estudarem nas universidades ou colégios muito caros no estrangeiro, trabalha numa província onde deslocase todos os dias de avião indo e voltando para passar a noite em Maputo. Parece irreal mais é verdade que temos este tipo de cidadãos em Moçambique. Em contrapartida, existe o pacato cidadão que trabalha honestamente e nada consegue para passar condignamente o dia a dia 

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