O delegado Político da RENAMO
na Cidade de Maputo Arlindo
Bila visitou três distritos na
semana finda, nomeadamente
Nlhamanculo, Kamaxequene e
Katembe com o objectivo de
capacitar e fortalecer os membros
locais em matéria de mobilização.
O Distrito de Nlhamanculo, foi o
primeiro a ser escalado por este
timoneiro, durante a sua visita.
Bila, fez -se acompanhar pelos
seus homólogos, Bento Mavie
Delegado da Província de Gaza,
Félix Assomate Quembo Delegado
da Província de Tete, o presidente
da Liga juvenil de Tete Evaristo
Tatamo Sixpence e pela comissão
política da cidade de Maputo.
No Distrito de Kamaxequene,
Bila dirigiu uma aula de sapiência
incentivando aos presentes à
não pararem de fazer trabalhos
políticos. Na sua intervenção pediu
ao delegado e aos membros locais
a mobilizarem mais membros para
engrossarem as fileiras do partido.
“Gostaria que cada um de vocês
aqui presentes mobilizassem mais
membros e os apresentassem no
próximo encontro que teremos
brevemente”, pediu Arlindo Bila.
Já no distrito da Katembe, este
dirigente político mostrou se
satisfeito com o trabalho feito
pelo actual delegado Jeffry
Mucombo com a sua direcção por
mostrar sinais de comprimento
das sua promessas feitas a
quanto do seu empossamento
onde garantiu que iria trabalhar
no sentido de respeitar a todos,
respeitar os programas sociais
locais e ser aberto para com
todos residentes daquele distrito.
1º DE MAIO VIDA DO TRABALHADOR MOÇAMBICANO DE MAL A PIOR
Celebrou-se na passada sexta
feira o dia internacional dos
trabalhadores, este ano mais
uma vez esta data foi celebrada
com um rugido comum dos
trabalhadores clamando pelo
aumento salarial, melhores
condições de vida e criação
de mais postos de trabalho
para empregar o cada vez mais
crescente número de desemprego
em Moçambique. De recordar que
foi recentemente aprovado o novo
quadro salarial pelo Conselho de
Ministro que varia de 5% a 13%
a serem aplicados por sector a
saber:
• Na Agricultura, Caça e Silvicultura:
a taxa de reajuste foi de 5%,
passando dos anteriores
3.010 para 3.183 MZN, um
aumento irrisório de 177 MZN.
• Pesca Semi – Industrial,que
beneficiou do aumento de 10% ou
seja de 333 MZN, equivalendo a
dizer que dos anteriores 3.167 MZN
passou para a casa dos 3.500 MZN.
• Pesca da Kapenta: Dos anteriores
2.857 MZN passou para 3.000 MZN.
• Extracção Mineira (grandes
empresas): beneficiou do
aumento de 5%, correspondendo
a 292 MZN, ou seja, o salário
mínimo passou para 5.642,34
contra os anteriores 5.350 MZN.
• Pedreiras e Areeiros: Salário
mínimo passou para 4.539,05 MZN,
contra os anteriores 4.316 MZN,
tendo sido o aumento de 223 MZN.
• Salinas: Passou para 4.176
MZN, contra os anteriores
4.010 MZN, tendo beneficiado
do aumento de 166 MZN.
• Indústria transformadora:
beneficiou de 9.43%, ou seja, dos
4.400 MZN passou para 4.815 MZN.
• Panificação: os colaboradores deste
sector foram aumentos de 295 MZN
passando de 3.495 para 3.790 MZN.
• Produção, Distribuição de
Electricidade, Gás e Água: (grandes
empresas), tiveram o aumento de
13.3%, passando de 4.768 MZN
de salario mínimo 5.402,14 MZN;
• Nas Pequenas Empresas o aumento
foi de 8.3%, passando o salário
mínimo para 4.851,84 MZN, contra
os anteriores 4.380,00 MZN.
• Construção Civil: Conheceu um
reajuste de 13.5%, passando o salario
mínimo para 4.483,25 MZN, um
incremento de 526 MZN em relação
aos anteriores 3.956,88 MZN.
• Serviços não Financeiros: foram
aumentados 10.59% de salario
mínimo passando para 4.676 MZN.
• Sector Financeiro: Bancos e
Seguradoras beneficiaram de 7.84%,
significando que dos anteriores
7.465 MZN passam a 7.500 MZN.
• Microfinanças: tem como aumento
7,72%, equivalendo a dizer que
passarão a auferir 7800 MZN contra
os anteriores 7.241 MZN (T.M)
Entretanto estes aumentos não fazem
nenhuma diferença se olharmos para
as despesas de cada trabalhador.
Por exemplo um cidadaão que
passa a ganhar 4.676 mzn com um
agregado familiar de 5 membros
tem as seguintes dispesas basicas:
• saco de arroz que custa 700 ou 800
meticais,
• luz por mês 700mtn,
• água que oscila, podendo se pagar
acima de 500
• óleo 250 mtn,
• açúcar 200 mtn,
• pão para o mês inteiro 500mtn,
• carvão 900 mtn
• caril 1500,
• transporte semi-colectivo,
incluindo ( my love) com ligações
chega a custar 900 por pessoa para
ir ao serviço e vice-versa , e os
filhos que também precisam de se
deslocar para a escola.
Como podemos ver, aqui falámos de
algumas necessidades básicas e não
incluimos material de higiene e limpeza,
didáctico, mensalidades dos filhos,
entre outras despesas inevitáveis.
Assim, já vimos a razão da lamentação
da classe dos assalariados exigindo
salário justo. Com as despesas acima
mencionadas fica claro que nenhuma
família honesta pode sobreviver
neste país, pois feitas as contas, o
saldo fica negativo para o nosso
amigo funcionário do Estado. Estas
simples despesas superam de longe o
salário da classe acima mensionada.
Agora, a pergunta que não cala
é se será possível existir unidade
com toda esta desigualdade?
Enquanto um grupo de cidadãos
consegue passar 4 refeições bem
recheadas por dia, manda os filhos
estudarem nas universidades ou
colégios muito caros no estrangeiro,
trabalha numa província onde deslocase
todos os dias de avião indo e voltando
para passar a noite em Maputo. Parece
irreal mais é verdade que temos este
tipo de cidadãos em Moçambique.
Em contrapartida, existe o pacato
cidadão que trabalha honestamente
e nada consegue para passar
condignamente o dia a dia
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