domingo, 10 de maio de 2015

CARTA A MUITOS AMIGOS POR SÉRGIO VIEIRA


Comments


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Inocencio Sorridente said...

O título basta e dispensa de ler o resto. O mal é da humanidade toda. Faz parte do vício de ocultação de culpas e de desresponzabilização dos criminosos.

2
Mateus Ngonhamo said...

POis pois, Moçambique da Frelimo é o paraíso
dos ladroes dos colonos negros do sul para o norte e do racismo, querem enganar quem? 
O fim deste bando de bandidos assassinos esta proximo

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João Cabrita said...

Mais erros nesta Carta a Muitos Amigos:
Erro № 2 (na sequência do 1° erro detectado por António Barreto): «A expropriação das terras à população negra manteve-se e ninguém recebeu indemnização. Os bantustões não tinham água, ou terra, só pedras.»
Desde 1994, ano de tomada de posse do governo do ANC, está em curso um programa de expropriação de terras na África do Sul. A meta a atingir até 2014 era a transferência de 30% dos 82 milhões de hectares na posse de fazendeiros brancos. Essa meta não foi alcançada, mas das terras já adquiridas pelo Estado muitas delas estão votadas ao abandono. Grandes plantações de cana sacarina no KwaZulu-Natal, expropriadas pelo governo, deixaram de produzir, levando ao encerramento de refinarias de açúcar nessa província.
Na Província do Limpopo, fazendas de gado lacticínio adquiridas pelo Estado no âmbito do mesmo programa de expropriação de terras, faliram e a produção de leite simplesmente paralisou. O gado leiteiro aí existente morreu por fala de assistência veterinária.
O Land Bank, instituição criada pelo governo do ANC para financiar o programa de expropriação de terras, aconselhou as autoridades sul-africanas a reverem a meta acima referida pois a maior parte das terras já adquiridas não havia sido transferida para agricultores negros, e muitas delas tornaram-se improdutivas. O Land Bank realçou a necessidade de se dar formação intensiva a pequenos e médios agricultores negros. Há fazendas ainda na posse de fazendeiros brancos que cooperam no programa de formação de fazendeiros negros em moldes comerciais, tal como recomendado por essa instituição bancária.
É erro crasso afirmar-se que “Os bantustões não tinham água, ou terra, só pedras.” O bantustões do KwaZulu-Natal e de KaNgwane, para citar os mais próximos de nós, dispunham das terras mais férteis da África do Sul. O perfil geográfico sul-africano não altera de forma radical consoante a raça do proprietário, ao contrário do que pretende fazer crer o autor da Carta a Muitos Amigos.
De forma alguma estou a negar o facto dos bantustões terem sido criados à base do reassentamento forçado de populações. Mas isso não pode o autor da Carta a Muitos Amigos utilizar como arma de arremesso pois, ele próprio como ministro da agricultura, assim como antecessores seus do mesmo governo da Frelimo, seguiram política idêntica no contexto de uma suposta socialização do campo que consistiu em forçar populações rurais a abandonar zonas ancestrais para irem viver em aldeias comunais e trabalhar como mão-de-obra barata em machambas colectivas e machambas estatais. Isto, depois do governo ter destruído a base tradicional dessas populações, mediante uma campanha sistematicamente movida contra autoridades étnicas em nome do combate ao “tribalismo” e da “destruição da sociedade tradicional-feudal”, conforme vem enunciado no programa do Partido Frelimo, tido, aquando da execução desse programa, como “força dirigente do Estado e da sociedade”.
Mas há ainda uma outra diferença entre a bantustanização do apartheid e a socialização da Frelimo: esta transformou o Niassa e Cabo Delgado em colónias penais, para aí desterrando pessoas sem qualquer afinidade étnica com essas províncias, presas arbitrariamente em cidades e outros centros urbanos, primeiro sob a capa da “reeducação”, depois ao abrigo da famigerada “Operação Produção”, esta em escala maior. Basta referir que a meta planificada nesta operação foi a da transferência forçada de 20,000 pessoas por capital provincial para as referidas colónias penais. O desastre de ambos os projectos «socializantes» do governo da Frelimo, em termos humanos e materiais, ainda está por contabilizar na sua totalidade.
O programa de bantustanização do apartheid processou-se em moldes diferentes. Recomendo ao autor da Carta a Muitos Amigos o estudo da autoria de Laura Phillips, Arianna Lissoni e Ivor Chipkin divulgado pelo Public Affairs Research Institute da África do Sul, do qual extraio este breve trecho:
“The homelands fostered the development of a black middle class and a black elite that had its base in traditional authorities. They expanded over the years to include an emerging bourgeoisie of farmers, businesspeople, teachers and, perhaps most importantly, bureaucrats. In many ways, it was a precursor of contemporary processes of class formation and capital accumulation in the broader context of a free-market capitalist economy, and there are significant continuities with post-1994 socioeconomic transformations.”

4
António Barreto* said...

Errado; não foi o Cristianismo que impôs a estrela amarela aos judeus; foi a Santa Inquisição,a polícia do catolicismo criada pela Santa Sé. Cristo foi o fundador da maior revolução social que a humanidade conheceu até hoje, fazendo precisamente o contrário; opondo-se aos dogmas e tradições judaicas, integrando todos, independentemente das suas diferenças, incluindo ímpios, blasfemos, pobres, ricos, degradados,etc Jesus Cristo deu a homem a possibilidade de sair da barbárie proporcionando-lhe um mecanismo de restituição da inocência, independentemente da crueldade dos atos que tenha cometido. O mecanismo do arrependimento e do respeito pelos outros, ainda que inimigos, pelo seu próprio sacrifício. É isso que representa a sua crucificação; o sacrifício derradeiro e a abolição de todos os outros, prática tradicional à data. Jesus Cristo lutou contra qualquer tipo de descriminação entre seres humanos. O Catolicismo é outra coisa e este, sim, foi responsável em Portugal e Espanha pela discriminação dos Judeus e perseguição feroz, cruel, desumana, dos Cristãos Novos, os marranos, até há bem pouco tempo, 1821! Este sim é um mal de que ainda hoje Portugal padece; pois se é certo que foi abolida a Inquisição, também é certo que por cá ficou a cultura persecutória, bem visível n os dias de hoje. Foi só agora que, finalmente, Portugal, rabriu as portas da nacionalidade aos descendentes dos judeus expulsos no reinado de D. Manuel II; esse sábio que osescorraçou para os países nórdicos para onde levaram os seus capitais e estruturas comerciais, que lhes permitiu arrecadarem os ganhos do comércio marítimo. Assim contribuíram para o enriquecimento dos países de colhimento enquanto Portugal terminou o ciclo das descobertas na miséria e nas mãos dos espanhóis. Mas, não, não foi o cristianisdmo!

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