“Se o Governo nos enganar, e usar a maioria e quiser
brincar, as consequências serão para o Presidente,
porque ele não vai governar” foi assim que declarou
o presidente Afonso Dhlakama no dia 9 de Fevereiro
de 2015, a saída de um encontro com Filipe Nyusi.
São declarações que embora válidas, parecem
terem caído no esquecimento de Filipe Nyusi e
a sua Frelimo que na passada quinta-feira, 30
de Abril, reprovaram o projecto das Autarquias
Provinciais que havia sido submetido em sede da
Assembleia da República pela RENAMO, diga-se
encorajado pelo Presidente da República depois de
um encontro com o Presidente Afonso Dhlakama.
As emocionais e improvisadas declarações de Filipe
Jacinto Nyusi, Presidente da República que como
todo o mundo sabe foi “parido” de uma monstruosa
fraude eleitoral e de uma vitória “arrancada”,
no comício popular no distrito de Marracuene,
província de Maputo em mais uma dispendiosa
Presidência Aberta, de que não precisava de ajoelhar
e pedir a um outro moçambicano a Paz, tinham sido
o prenúncio de que o projecto seria chumbado.
Ao reprovar a proposta da Renamo com
argumentos legalistas e não políticos, a Frelimo
e Nyusi vieram mais uma vez demonstrar que não
estão interessados em negociar a paz, mas sim
em manter o país numa situação de incertezas,
para melhor fazerem tudo fora do controlo.
Na verdade, Nyusi que prometera respeitar
as opiniões de todos independentemente da
cor partidária, tratou agora de arremessar
insultos a maioria do Povo moçambicano e a
Renamo, principais prejudicados nas últimas
eleições legislativas, provínciais e presidenciais
pelos órgãos eleitorais e pelo Conselho
Constitucionais na pessoa de Hermenegildo Gamito.
Filipe Nyusi e a Frelimo se esqueceram que não
ganharam as eleições e que o povo daqui em diante
tem a legitimidade de usar todos meios ao seu
dispor para sair às ruas a fim de repor a verdade
eleitoral arrancada aos verdadeiros vencedores.
Queremos chamar a atenção de todos os
moçambicanos e da comunidade internacional,
de que daqui em diante a Renamo não terá
responsabilidades sobre o que vier a acontecer. A
Frelimo terá que se queixar de si própria, por ter
escolhido a via da arrogância e não de negociação
política como acontece em parlamentos e
democracias civilizadas. A Frelimo e Nyusi vieram
negar as aspirações das populações das províncias
abrangidas pelo projecto das Autarquias Provinciais.
Resta saber se com esta manobra da Frelimo, quem
saiu a perder e quem sairá a perder daqui para
frente. Esperamos que nos próximos tempos fique -
se a saber quem é entre a Renamo e o povo de um
lado, e a Frelimo do outro, deverá ajoelhar para
pedir a Paz que todos sabemos não lhes interessa.
Voltamos a lembrar que Nyusi não deixa de ser
um belicista, se tivermos em conta que foi ele
que comandou a 21 Outubro de 2013, o ataque à
Sandjundjira para assassinar o Presidente Afonso
Dhlakama. Lembramos sim que foi este Nyusi que disse
que “quem provoca a sarna tem que aguentar coçar”
e que esta foi uma promessa a cumprir a todo o custo.
Claramente Nyusi e a Frelimo estão
numa manobra de desestabilizar e
alimentar o desespero dos moçambicanos.
Continuamos a afirmar perante todos
moçambicanos e a comunidade internacional,
que mais uma vez quem não está interessada na
manutenção da paz, não é a Renamo, mas sim
quem diz que não está interssada “a ajoelhar
para pedir” para garantir a pacificação do país.
Qualquer descalabro da situação política deve ser
responsabilizado a quem não compreendeu e ainda
não está convencido de que não tem legitimidade
para governar porque não ganhou as eleições.
Não deixa de ser uma ironia digna da tragicomédia
política, se tivermos em conta que foi o próprio
Filipe Nyusi que na tentativa de acalmar a decisão
popular de ir as ruas exigir a verdade eleitoral
propôs que a Renamo submetesse a proposta em
sede do parlamento para discussão e aprovação.
Hoje com o país à beira do precipício, Nyusi dá
sinais claros de se identificar ainda com Armando
Guebuza, entendendo que aprovar o projecto
seria ajoelhar aos moçambicanos para pedir a
Paz, uma posição que os radicais habituados a se
alimentar de sangue torceram para que acontecesse
para verem o rumo que o país vai tomar.
Sabemos como bem disse o Presidente Afonso
Dhlakama, que para tomar esta decisão “suicida”,
Nyusi que ainda não tem pernas para andar por
falta de reconhecimento como Presidente, contou
com o encorajamento de grupos sinistros que
pululam nas instituições como a Faculdade de Direito
que urdiram a conspiração de que um projecto
político como o é das Autarquias Provinciais,
não tem condições legais para ser aprovado.
Finalmente, podemos afirmar que a
actuação da Frelimo resulta na diminuição
da liberdade e do poder da acção humana.
Perante este cenário como dissemos anteriormente, a
Renamo não se deixará subalternizar por aqueles que
querem a guerra como pretexto de a responsabilizar
enquanto alimentam as suas ganancias.
Em Moçambique há que se restabelecer a primazia
da pessoa humana, sua dignidade e valor superior
frente a qualquer organismo colectivo. Para isso,
a Renamo vai lutar porque entende que o Estado
e a sociedade não são fins em si mesmo, mas
apenas meios para a realização da pessoa humana.
Ficha técnica Director: Jeronimo Malagueta; Editor: Gilberto Chirindza; Redacção: Natercia Lopez; Colaboradores: Chefes regionais de informação; Maquetizadores: João Mazingo e Marcial Macome Sede Nacional da Renamo: Av. Ahmed Sekou Touré nº 657; Email: boletimaperdiz@ gmail.co.mz Cells: 829659598, 844034113; www.renamo. org.mz
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