terça-feira, 7 de abril de 2015

Teorias e Verdades de uma Conspiração Silenciosa

A percepção política existente é de que niguém nem o observador mais atento, esperava pela demissão de Armando Guebuza, do cargo de presidente do partido Frelimo, e de que sairiamos da IV Sessão Ordinária do Comité Central, com um novo presidente.
Bem mas tudo terminou e é  passado, sendo que um novo ciclo teve o seu início.O que sucedeu foi a história a ser reescrita, uma passagem de testemunho de forma pacífica, com alto sentido democrático.Éque parafraseando Mariano Matsinhe, ``uma situação de  liderança  (Presidente da República e presidente do partido Frelimo, poderiam coabitar juntos, contudo a sociedade não está educada para o assumir.``
Por mim o partido Frelimo mostrou que tem momentos próprios para tomar decisões.O comité Central apenas ratificou que a pessoa deve congregar estes dois pólos de poder, para conseguir materializar tanto o trabalho governativo como político.Em Moçambique no quadro e espectro político democráctico,  a democracia interna partidária, apenas é  prática obrigatória no partido Frelimo,  tendo a sucessão surgido naturalmente com Armando Guebuza a dar lugar a Filipe Nyussi, como necessidade de   "união e coesão" no partido.
Mas um facto inusitado chamou-me a atenção.Logo no dia do início da IV Sessão Ordinária do Comité Central, já Alex Vines director do departamento africano no  instituto de estudos internacionais da Chatham House, mandava recados.Segundo ele a luta pelo poder  no partido Frelimo entre o antigo Chefe de Estado e Filipe  Nyusi estava a piorar, e a influenciar as decisões do Governo, nos esforços de diálogo com a oposição, e afectar os negócios de empresários.
Ele que apresentasse factos  e não o fez.Este tipo de retórica dado o seu conteúdo e o timingo  era a confirmação da  encomenda política engendrada de adversários do partido Frelimo.Tem origem em sectores neoliberais a conduzir a política de alguns governos, que se julgam com poder de ditar ordens à democracia mundial.
Fala-se que Chatham House que tem sede em Londres faz parte do Clube Bilderberg , uma aliança sinistra,formada de governos dos Estados Unidos e União Europeia, e grandes corporações internacionais , passando pelo banco Mundial e FMI, que por interesses económicos mantém certas democracias prisioneiras.Diz-se também que alguns dos seus  membros tem fortes  interesses nos recursos naturais de Moçambique, e tudo quanto pude indagar, usam a sua testa de ferro interna, para subverter o regime. Quanto pude perceber a táctica  do Clube Bilderberg é precisamente a mesma da Renamo: criar instabilidade política, para manter a  sociedade refém do  terror,medo, insegurança,angústia ,até que a sociedade exija do governo  cedências políticas e económicas.Afonso Dlhakama mencionou por diversas vezes o nome de Durão Barroso, que é também membro desta organização sinistra, sabendo-se que a família Jardim tentou uma aproximação perigosa junto ao camarada Alberto Chipande.
A ser verdade, parece-me o corrolário da vasta conspiração interna,e externa, em que a questão autarquias regionais ou sei lá o quê seja, é apenas a apêndice de recorrente  tramóia.
A minha militância e pensamento racional  recusa-me  pensar quanto mais a creditar, que a demissão de Guebuza, tenha a ver com a pressão de forças ocultas. Mas se a missão da Chataham House é ajudar a promover a democracia, desta vez excedeu-se, metendo as mãos pela cabeça.Moçambique necessita apenas de investimentos, e dispensa bitaites de outsiders políticos.A democracia  é sustentável, deste que cesse a ingerência  de algumas fundações estrangeiras, assim como a interferência de certas missões diplomáticas, sediadas em Maputo, nos assuntos internos do país.
   Periódicamente membros do parlamento, e governantes nacionais, têm sido convidados a marcar presença em palestras promovidas da Chatham House.Lembro aqui, que o presidente da Republica Armando Guebuza, no exercício da diplomacia económica, marcou presença em Londres, a convite da Chatham House, para proferir uma palestra sobre recursos naturais e possibilidades de investimentos em Moçambique.
No meio de tudo isto, o que vale é que a direcção do partido Frelimo não é inflexível a pressões externas, e como se viu nesta IV Sessão ordinária do Comité Central, o discurso é  de unidade, e de total confiança, e à luz dos estatutos Armado Guebuza continuará a ser membro da Comissão Política, e Filipe Nyusi presidente do  nosso partido Frelimo.
Unidade Nacional, Paz e Progresso
Inacio Natividade

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