sexta-feira, 17 de abril de 2015

Município de Nampula vai despedir mais de 70 funcionários por preguiça


Escrito por Luís Rodrigues  em 17 Abril 2015
Pelos menos 72 empregados, dos quais 32 do sector de Mercados e Feiras, 17 de Salubridade e Gestão Funerária e 23 dos restantes pelouros, que incluem as Finanças, vão ser demitidos sem direito a qualquer ressarcimento, pelo Conselho Municipal de Nampula, alegadamente porque são preguiçosos e não se apresentam regularmente aos seus postos de trabalho.
Mahamudo Amurane, edil de Nampula, explicou aos membros da Assembleia Municipal da sua autarquia, durante a VI Sessão Ordinária, que tem conhecimento de que determinados funcionários se fazem aos seus locais tarde, assinam o livro de ponto e depois ficam à espera da hora de saída. Em casos extremos, alguns aguardam pelos seus salários em casa.
Naquela sessão da Assembleia Municipal, os membros apreciaram, entre vários assuntos, o desempenho do município, que actualmente conta com mais de mil trabalhadores, parte dos quais contratada no ano passado. É neste grupo que Amurane considera haver muita ociosidade e falta de cultura de trabalho.
A Direcção dos Recursos Humanos confirma a medida que vai culminar com despedimentos. Contudo, os elementos daquele órgão deliberativo procuraram saber do presidente do município de Nampula o motivo que dita o aumento de trabalhadores sazonais quando as artérias da urbe continuam esburacadas, menos limpas e o saneamento do meio deixa a desejar.
Filomena Mutoropa, representante do Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), falou da existência de trabalhadores que já deviam ter sido aposentados, mas que continuam no activo. Segundo ela, o matadouro municipal está em precárias condições de higiene, o que dificulta o trabalho do pessoal nele afecto. A situação é a mesma noutros sectores da edilidade; porém, a reclamante não especificou quais.
A bancada da Frelimo queixou-se do uso desordenado e caótico do solo urbano, da atribuição de talhões e imóveis de certos cidadãos a pessoas que recorrem a esquemas para o efeito e da apetência pelo enriquecimento ilícito por parte de alguns gestores municipais em Nampula.

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