segunda-feira, 16 de março de 2015

Renamo movimenta homens armados em I’bane

GOVERNO DENUNCIA VIOLAÇÃO DO ACORDO: 

Escrito por  Jornal Notícias
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O GOVERNO denunciou ontem, através da comunicação social, a movimentação de homens armados da Renamo na província de Inhambane, naquilo que considerou violação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares.
GOVERNO DENUNCIA VIOLAÇÃO DO ACORDO Renamo movimenta homens armados em Ibane
O chefe da delegação governamental no diálogo com o maior partido da oposição no país, José Pacheco, disse, em conferência de imprensa, no final da 98.ª ronda, que terminadas as hostilidades militares na sequência da assinatura do Acordo, a 5 de Setembro de 2014, homens armados da Renamo na província de Inhambane fixaram base em Rigué, no posto administrativo de Zimane, distrito de Mabote.
Segundo José Pacheco, no dia 27 de Fevereiro último, homens armados da Renamo movimentaram-se e fixaram base em Chissanhane, localidade de Tsemane, no distrito de Funhalouro, onde permanecem até ao presente momento. A 26 do mesmo mês, uma parte daquele grupo de homens armados movimentou-se de Chissanhane e fixou base em Comane, no distrito de Xigubo, na província de Gaza, onde também permanece até ao presente momento.
“A presença de homens militares acaba sempre criando mal-estar aos nossos concidadãos e neste caso específico estamos perante uma violação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares por parte da Renamo, quando ainda mantém força residual”, disse José Pacheco, acreditando que essa movimentação de homens armados denota preparação PARA alguma situação irregular.
É expectativa do Governo que essa movimentação seja para efeitos de integração, segundo afirmou o chefe da delegação do Executivo.
Entretanto, Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo, disse a jornalistas que o assunto não foi discutido na ronda de ontem, acrescentando que apenas o Governo apresentou a questão e prometeu trazer à mesa um documento sobre a matéria.
Na ronda de ontem, as partes chegaram a consenso sobre a prorrogação da missão da Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) para 60 dias, contados a partir de ontem, 16 de Março de 2015. Os peritos militares do Governo e da Renamo devem fazer o ajustamento da matriz de actividades que vão ser realizadas no âmbito da implementação do Acordo.
Depois da cessação das hostilidades militares, o Acordo prevê o enquadramento e integração dos homens residuais da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e na Polícia da República de Moçambique (PRM), um assunto que tem estado a encalhar o curso do diálogo, porquanto o Governo exige a apresentação de listas e a Renamo um modelo para o efeito.
No quadro do modelo em causa, a Renamo pretende que o enquadramento e integração sejam feitos observando-se o princípio de paridade nas FADM e na PRM. O maior partido da oposição no país pretende que se olhe para situações que considera injustas, nas Forças Armadas, de militares provenientes das suas hostes.
José Pacheco disse que como no passado em situações similares, o Governo predispôs-se a ter acesso às informações com precisão sobre as alegadas injustiças, a fim de levá-las às FADM para o devido tratamento.
As partes voltaram a discutir o ponto número três da agenda do diálogo, atinente à despartidarização da Administração Pública, não tendo, no entanto, chegado a consenso relativamente ao impedimento do exercício de actividades políticas aos titulares dos órgãos do Estado, incluindo o Presidente da República. O Governo considera que a actividade dos dirigentes superiores do Estado é política, não obstante serem servidores públicos, mas acolhe a medida para outros escalões, incluindo os funcionários das instituições estatais.
A Renamo pretende que esse impedimento esteja plasmado na declaração de princípios da despartidarização do Estado.
Saimone Macuiana disse que a Renamo aceitou o período de 60 dias de prorrogação da missão da EMOCHM em nome da paz, estabilidade e progresso e reafirmou a importância e a necessidade do enquadramento e integração dos seus homens nos postos de chefia das FADM e da PRM.
Entretanto, alguns oficiais internacionais da Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares já deixaram o país, por solicitação das respectivas autoridades nacionais. Trata-se dos oficiais da Grã-Bretanha, Botswana e Itália. José Pacheco revelou informações dando conta que ontem os oficiais portugueses também haviam manifestado intenção de regressar ao seu país.
Assim, a EMOCHM vai contar apenas com observadores militares de quatro países, nomeadamente Zimbabwe, África do Sul, Quénia e Cabo Verde. Os Estados Unidos da América estão ausentes desde o início do processo da sua constituição.
Felisberto Arnaça
A EMOCHM està a desfazer-se?
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  • Alcidio Do Rosario Porque? Quais são os paises que se mandaram?
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  • Manuel J. P. Sumbana Fala-se em 4 paises. Entre os 'desertores' parecem estar Portugal e Botswana.
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  • Jossias Ramos Acho melhor. Não somos sérios.
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  • Jorge Matine Eu estou apreensivo com estas saídas e a radicalização do discurso
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  • Dércio Ernesto 60 dias!
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  • Ismael Chutumia Sim, fartaram-se dos impasses que duram uma semana no mínimo...
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  • Luciano Mapanga Estamos sentados num barril de pólvora. Os sinais não são bons.
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  • Manuel J. P. Sumbana É preocupante, Jorge Matine. E os discursos sáo de preparaçâo para a guerra. Uma deputada da Frelimo, acho que em Tete, e o Dlhakama em Chimoio expressaram-se de forma que mostra pouco tacto, como sói dizer.
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  • Mávelasse Zacarias A deputada da Frelimo esta na Beira.
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  • Manuel J. P. Sumbana E Macuiane e Pacheco pareciam numa peça de teatro que nem entendi. Tom & Jerry.
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  • Manuel J. P. Sumbana Logo la na Beira, Mavelasse Zacarias.
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  • Luciano Mapanga As mentes, tanto da FRELIMO assim como da RENAMO, estão armadas. As balas vão sobrar para o povo... Chato!
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  • Mávelasse Zacarias Nao eh isso? Eh melhor nao brincarem na Munhava ou Chipangara esses ai.
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  • Egidio Vaz Os seus governos precisam deles. Aqui não há trabalho. Apressaram vir quando muito ainda estava por acertar. Os moçambicanos não têm como fugir do seu próprio país.
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  • Abdul Karim As tantas concluiram que os nossos problemas sao criados por nos mesmos, e nao temos qualquer vontade de os resolver 
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  • El Patriota Ja vao tarde os paises... Tirando o Pacheco, ninguem aguenta aquilo...
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  • Gracio Abdula Infelizmente o clima não é nada bom!!! Há uma grande crispação e cepticismo! Há muita confusão no seio dos grandes partidos. Há interesses de grupos que ja não consegue unir ninguém num e noutro partido. Gostava de estar enganado!
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  • Elecas António Carvao quente pra o Nyusi pois o Guebas assimulou naquele encontro so pra sair limpinho e tentar estar como quem esta fora do jogo enquanto nao esta. So do tempo que duram aquelas negociacoes da pra entender que ha quem quer a guerra mas fingiu como um bonzinho. Sao coisas da frelimo
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  • Geraldo Mandlate Nao há como um observador/mediador possa ter sucesso na sua mediacao enquanto uma das partes (há duas partes em conflito) for superior do mediador e a outra parte em materia da logistica e controlo das actividades do mediador.
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  • Antolinho André Os que se desfazem da Emochim são conscientes. Sabem o que querem não se preocupam com mordomias mas sim contra as manobras dilatorias que a renamo recorrentemente apresentam. É triste este exercício infantil da renamo.
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  • Eusébio A. P. Gwembe Será que os generais (de ambas as partes) estão falidos?
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  • Cachamba Amaral Dá para antever o discurso que vem aí: os moçambicanos sabem e podem resolver os seus problemas, não precisam de estrangeiros.
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  • Jeremias Luis Chauque Nao faltou avisos a navegacao. Os britanicos ja haviam alertado que iriam embora ha muito.
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  • Alexandre Jemusse Martins Trata-se de Botswana, Itália, Portugal e Gra-Bretanha. Parece não haver seriedade no diálogo.
  • Eusébio A. P. Gwembe Manuel J. P. Sumbana, que nos garante que não vieram espiar e, em caso de novas escaramuças, usarem da informação obtida para jogarem um papel de relevo nos equilíbrios/desequilíbrios operativos?
  • Julio Lilito Boene O governo já não os queria por cá.
  • Jorge Matine penso que ha muito que estudar, nao se esquecam que parte dos observadores representam paises que foram "tirar" o lider da renamo de satungira e fazem parte do quarteto do peso dos tradicionais interessados no acordo de paz devido ao seu tradicional papel no acordo de Roma.

    Agora sobre a falta de avancos na joaquim chissano parece que os dois partidos endureceram as posicoes. engracado que parece estar claro que o governo eh a terceira parte que menos opina sobre o estagio das coisas, o governo assume a factura dos despesismo deste processo mas "afastou-se". Neste momento parece que so falta a coisa ficar feia na AR para entrarmos num impasse com consequencias terriveis. se os dois partidos nao resolverem de maneira responsavel estou a prever escaramucas e violentas reacoes entre os simpatizantes. ha um clima de desconfianca e endurecimento de posicoes que pode conduzir para uma situacao onde sera "necessario" legitimar algumas posicoes atraves de imposicao da violencia politica.
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  • Ser - Huo Nao sei grande coisa de Portugal, mas os restantes 3 que "lavaram as maos" nao precisam de muito para justificar sua partida: são brutalmente sérios, que com certeza aqui encontraram um campo de piada sem nexo, e está de lhes pedir mais tempo era um insulto a sua noção de trabalho por resultado. Vamos ficar com os primos de Zuma e do tio Mugabe, esses falam a mesma língua que a nossa, a gentee se entende e vai se entender até aos EMOCHM versão 30 e tal....
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