A 5 de março de 1960, o fotógrafo cubano Alberto Díaz, conhecido como Korda, captou a uma imagem do líder Ernesto Che Guevara que entraria para a história. Há exactos 55 anos, Che foi imortalizado com a sua boina em Havana, durante uma cerimónia às vítimas de uma explosão de barco na cidade.
A foto, depois apelidada de “Guerrillero Heroico”, mostra o momento em que Che observa o protesto popular pelas mortes ocorridas no dia anterior. Compenetrado, o líder foi flagrado por Korda que trabalhava num jornal local.
Korda conta que entregou as duas fotografias ao jornal dos momentos de “concentração” do líder revolucionário, mas que esta – que era a melhor, ao seu olhar – não foi utilizada. A foto ficou famosa mundialmente apenas em 1968, quando o artista irlandês Jim Fitzpatrick usou-a para criar uma imagem de alto contraste e a registou em domínio público. Assim, o famoso rosto de Che tornar-se-ia um dos ícones mais reproduzidos no mundo.
No dia 4 de março, uma explosão atingiu o porto de Havana. As pessoas começavam a se ajudar, carregar alguns feridos, quando, de repente, uma segunda explosão acabou causando mortes, feridos e desaparecidos. O navio explodido que causou a tragédia era “La Coubre”, que vinha do porto de Antuérpia, na Bélgica. Ele carregava munições em mais de 400 mil caixas cheias.
O armamento iria para Cuba, que tentava fortalecer a sua defesa contra ataques e ameaças enfrentadas com o objectivo de destruir a Revolução, liderada por Che e Fidel Castro.
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