Não será imperativo nacional respeitar-se a vontade do povo e o vai ser desprover de equipamento de defesa o guarda em quem o povo confia! Será?
A FRELLIMO, que trata a RENAMO por inimigo e tudo faz para elimina-la, ao dizer publicamente que esta deve ser desarmada enquanto viola os acordos de sessação das hostilidades esta fazendo perceber sua fraqueza militar e buscando tornar presa fácil ao alvo ou teremos que acreditar que fala mesmo de assuntos de interesse da nação. E que entenderíamos de nação nesse contexto: a terra? O partido? As elites interessadas nisto mais aquilo? Custa-me acreditar que se refira da Terra e dos Homens no contexto geográfico Rovuma a Ponta do Ouro com os contornos de que é feito o território moçambicano.
Pois, se a FRELIMO quisesse falar em nome do povo teria deixado esse povo ser interlocutor audível e respeita-lo em seu diálogo através das urnas e não roubar-lhe sua vitória, coisa que vinha sendo apregoado muito antes de o povo se expressar: já muitos frelimistas da FRELIMO diziam, antes das eleições, que “ganhar ou não a FRELIMO iria governar”.
Alias, para quê tanto divagar, se a FRELIMO e o POVO MOCAMBICANO falam linguagens diferentes ou pelo menos os vocábulos são interpretados pela inversa: Quando a FRELIMO diz “ Esse Fulano e Boko Haran, mata muito, fujam dele” o povo faz ao contrario. Quando apregoa este aqui é o melhor filho da nação, como ele ninguém mais fez por este povo maravilhoso” o povo diz: ‘não te queremos mais sai daqui besta sanguinária’. Quando aquela se apresenta como governo o povo manifesta que tem outro governo.
É daqui que duvido que esta preocupação da FRELIMO seja mesmo do povo, esse povo desrespeitado pela própria Frelimo.
Eu não disse que as forcas residuais da RENAMO não sejam desarmadas, apenas quis dizer como Agostinho de Hipona: “ A tua maneira de ser falou-me tao alto que me impediu de ouvir as tuas palavras”.
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