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Sexta, 13 Fevereiro 2015
FINALMENTE os deputados da Assembleia da República pela bancada da Renamo tomaram posse, depois de 30 dias de suspense, em cumprimento de uma ordem do dirigente do partido para o boicote às actividades do órgão.
Valeu a astúcia do Presidente da República, Filipe Nyusi, que conseguiu persuadir Afonso Dhlakama a se deslocar à Maputo a fim de com ele dialogar sobre os vários aspectos da vida política, económica e social do país. Depois do encontro, foi o próprio Afonso Dhlakama que deu orientações aos seus correligionários no sentido de tomarem posse ou seja os seus lugares na magna casa do povo.
Mais do que me cingir sobre as consequências políticas e sociais da não tomada de posse pelos deputados eleitos pela Renamo e das consequências também para este partido, pois essas seriam severas, importa, isso sim, destacar a flexibilidade com que Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama conseguiram em tão pouco tempo “dar a volta ao texto”, como sói dizer-se e afastar o espectro da desordem que se pretendia instalar em solo pátrio.
Não restam dúvidas que a decisão da tomada de posse dos deputados eleitos pela Renamo agradou a todos os moçambicanos que cansados da palavra “Guerra”, dos seus efeitos algo perniciosos, clamam constante e permanentemente pela palavra “Paz” e suas consequências.
Enquanto que a guerra mata, destrói e provoca luto e dor, a paz ressuscita a esperança, constrói o bem estar e traz a felicidade, isso que cada cidadão aspira.
O jogo da democracia tem como um dos pilares o diálogo para a solução dos problemas. E é o que Nyusi e Dhlakama nos dão a entender, com firmeza e toda a razão. Não importa, portanto, a ninguém reclamar ganhos neste jogo, porque no final de contas todos saem a ganhar.
Neste jogo ganhou todo o povo moçambicano e ganhou sobretudo a democracia moçambicana.
Foi bonito ver os deputados da Renamo a tomarem os seus lugares na Assembleia da República e mais do que isso a participarem dos debates tendentes à busca de soluções para os problemas que o país atravessa.
A ser assim, a nossa jovem democracia tem condições para ser mais adulta e com isso, abrem-se alas para o genuíno crescimento da nossa bela pátria amada. Crescimento político, económico e social de fazer inveja a qualquer outro país da região, do continente e do mundo.
GILDA BANZE
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