segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Estado norte-americano quer "câmaras de gás" para executar condenados


 | Hoje às 14:44
Com as execuções de prisioneiros suspensas devido a problemas constitucionais, o estado norte-americano de Oklahoma pretende executar condenados à morte com recurso a uma câmara de gás. A proposta é feita pelos republicanos, mas está a gerar ainda mais polémica do que aquela que habitualmente se associa à pena capital.
 
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Republicanos do estado de Oklahoma estão a tentar fazer passar uma lei que permita o uso de azoto para executar prisioneiros
O recurso à injeção letal nos EUA está a ser alvo de críticas, depois de execuções com este método em dois estados terem falhado e originado grande nível de sofrimento nos condenados. EmOklahoma, três execuções estão suspensas, enquanto o Supremo Tribunal decide se um dos químicos usados no cocktail mortal é compatível com a Constituição dos EUA, onde se indica que o condenado não pode sofrer.
Para tentar desbloquear a situação, os republicanos do estado de Oklahoma estão a forçar o uso de azoto para executar prisioneiros. A"hipóxia por azoto" seria realizada numa câmara de gás, ou com um saco carregado com azoto em volta da cabeça, levando a uma morte por asfixia. A realizar-se esta mudança no método de execução, este seria o primeiro estado no Mundo a matar prisioneiros com este método.
Os defensores do uso de azoto afirmam que o gás leva, de imediato, à perda de consciência e posterior morte, sem sofrimento. "Não é necessário que um médico o faça", assegura o republicano Mike Christian, um antigo polícia, que afirma que este é o método mais "prático e eficiente". Mas uma especialista em pena de morte nos EUA, Deborah Denno, recorda ao "Huffington Post" que estas afirmações são semelhantes às utilizadas para introduzir a injeção letal no país, não existindo estudos que corroborem as afirmações.
A Comissão Judicial do Senado estadual aprovou, sem questões ou debate, a proposta por 9 votos sem oposição e uma lei semelhante foi aprovado numa outra reunião da Câmara dos Representantes de Oklahoma.
Com a suspensão pelos tribunais de algumas execuções com injeção letal e corte no fornecimento de químicos por parte de empresas europeias contra a pena de morte, os EUA ponderam novas formas de executar prisioneiros. No Utah, o Governo estadual pretende voltar a usar esquadrões de fuzilamento e, no Tennessee, tentou-se instituir, em 2014, a morte na cadeira elétrica.

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