terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ENTRE GOVERNO E RENAMO: ADMINISTRAÇÃO OBAMA POR MAIOR COLABORAÇÃO


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Entre Governo e Renamo: Administração Obama por maior colaboraçãoDouglas Griffiths, embaixador dos EUA acreditado em Moçambique (Foto AIM)
A administração norte-americana incentiva uma maior colaboração entre o governo moçambicano e a Renamo, o maior partido da oposição, como forma de aproximar ambas partes à busca de soluções para o diferendo actual.
“É de saudar o encontro que aconteceu e que representa um incentivo para a busca de soluções de uma forma pacífica”, disse esta terça-feira em Maputo, o embaixador dos EUA acreditado em Moçambique, Douglas Griffiths.
O diplomata norte-americano respondia a uma questão colocada pela imprensa sobre a sua interpretação do encontro havido último sábado, em Maputo, entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Griffiths, que falava a margem da cerimónia de graduação dos parceiros do Programa de Parceiros Competentes (CAP), disse ainda que quanto a criação de regiões autónomas nas regiões centro e norte de Moçambique, um projecto de Lei a ser submetido pela Renamo a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, que cabe aos moçambicanos darem o seu veredicto. “Os moçambicanos é que vão decidir”, afirmou.
Num outro desenvolvimento, a administração norte-americana manifestou a sua vontade de ver uma maior colaboração entre o governo moçambicano e as Organizações de Sociedade Civil (OCS’s) para se alcançar a uma geração livre do HIV/SIDA.
Este sentimento foi expresso pelo embaixador norte-americano durante a cerimónia de graduação dos parceiros do Programa de Parceiros Competentes (CAP), uma iniciativa acoplada ao Programa Presidencial de Emergência de Assistência para o SIDA (PEPFAR), conectado a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
No evento foram graduadas três Organizações Não-Governamentais (ONG’s) moçambicanas nomeadamente, a Associação Nacional para o Desenvolvimento Auto-sustentado (ANDA), Núcleo das Associações Femininas da Zambézia (NAFEZA), ambas das províncias centrais de Manica e Zambézia, respectivamente, e Associação para o Desenvolvimento Sócio-Económico (Ophavela), da província de Nampula, no norte do país.
A homenagem destas ONG’s surge como reconhecimento ao seu trabalho, tendo provado através de acções concretas que é possível travar o flagelo do HIV no seio das suas comunidades e a nível nacional.
Falando durante a cerimónia, Griffiths frisou que as OSC’s são também representantes do povo e devem assegurar que as preocupações sejam transmitidas aos decisores políticos.Disse que aquelas ONG´s possuem uma responsabilidade enorme, uma vez que devem assegurar que os recursos financeiros, ora disponibilizados pelo CAP, sejam investidos e fiscalizados.
“Têm que agir pelo bem público, e não por ganância pessoal”, disse o diplomata.
De 2011 a esta parte, o CAP já ofereceu às três OSC’s cerca de 62 milhões de meticais (equivalente a dois milhões de dólares).
O diplomata vincou que apesar da prestação de serviços e cuidados a nível comunitário e o fortalecimento das diferentes estruturas comunitárias ser crucial e constituir uma das áreas de intervenção mais fortes da sociedade civil, “deve haver um maior envolvimento da sociedade civil em iniciativas viradas para a participação do cidadão, advocacia e monitoria”.
Até então, apenas oito, das 38 organizações, demonstraram capacidade para alcançar os altos padrões de cumprimento de requisitos estabelecidos pelo CAP.
Desde o início do CAP, em 2009, a USAID já alocou mais de 44 milhões de dólares para a capacitação de cerca de 200 organizações locais.
(RM/AIM)
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