O Presidente da República, Filipe Nyusi, participou este domingo, pela primeira vez, de um culto religioso na igreja Católica, após assumir o cargo, no fim do qual manifestou a sua satisfação com o evangelho pregado, particularmente no que concerne a promoção da confiança entre os Homens e a necessidade de alimentar o espírito.
O culto, no qual o estadista esteve com sua esposa, a Primeira-dama Isaura Nyusi, teve lugar na Igreja Santo António da Polana, na capital moçambicana.
“É preciso alimentar o espírito. A primeira leitura falava de não discriminação. A segunda leitura falava de perdão. O próprio evangelho evitava desconfiança. São valores que a gente ganha em comunidade. São comunidades diferentes, que podem ser de carácter desportivo ou cultural. Mas sempre há uma mensagem que a gente colhe e reflecte”, frisou em declarações à imprensa.
Todavia, o Presidente da República reconheceu haver muitas formas de alimentar o espírito. No seu entender, há quem vai varrer as campas ou debaixo de uma árvore. Mas os crentes de todas as religiões vão aos seus templos.
No seu caso concreto, explicou que escolheu a arquidiocese da Polana, onde desde já passará a pertencer, por se localizar perto da sua residência.
Nyusi disse ter sido também muito bom participar do culto, porque hoje faz um mês após a sua investidura ao cargo de Presidente da República.
“Deu para reflectir se de facto estamos a não discriminar, se de facto estamos a perdoar e se de facto estamos a confiar aos outros”, afirmou o estadista.
O mais alto magistrado da nação aproveitou a ocasião para enaltecer a nomeação do Dom Júlio Langa, o bispo emérito de Xai-Xai, recentemente consagrado como cardeal. “É um grande orgulho para Moçambique”.
Dom Júlio Duarte Langa foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco, na semana passada na sede da Igreja Católica, no Estado de Vaticano, em Roma, capital de Itália. O bispo emérito de Xai-Xai, na província de Gaza, faz parte de 20 cardeais nomeados pelo Papa.
O cardeal moçambicano é bispos não eleitor. Por isso, não tem direito de votar na escolha de um novo Papa, mas assiste o líder do Vaticano nas suas decisões.
(RM/AIM)
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