quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Drone dos EUA mata novo chefe de Inteligência do Al Shabab na Somália


Mogadíscio, 5 fev (EFE).- O novo chefe de Inteligência do grupo jihadista somali Al Shabab, Abdi Nouri Mahdi, morreu no ataque de um avião americano não-tripulado na região meridional de Bay, confirmou a Agência de Inteligência da Somália.
O ataque do drone americano no qual morreu o líder de Al Shabab, conhecido como Yousef Dheeg, aconteceu no fim de semana passado, segundo um comunicado divulgado ontem à noite pelos serviços de inteligência somalis.
Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra a milícia somali nos últimos meses, um que matou o ex-líder de Al Shabab Ahmed Godane, cuja morte em setembro minguou a capacidade da milícia.
A Agência Nacional de Inteligência somali (NISA, por sua sigla em inglês) assegurou que tinha facilitado o lançamento dos ataques americanos e ameaçou localizar todos os dirigentes do grupo terrorista que permanecem escondidos no país.
Al Shabab ainda controla amplas zonas rurais no interior da Somália e tentou recuperar o poder na administração de áreas urbanas.
Embora atualmente careça de poder militar para enfrentar as tropas da União Africana (UA), que combate os jihadistas há anos em solo somali, a Al Shabab continua atentando e assassinando civis e dirigentes políticos na Somália e Quênia.
Yousef Dheeg é o quarto chefe de Inteligência que Al Shabab perde nos últimos quatro meses.
Na semana passada, o antigo chefe do serviço de Inteligência da milícia somali, Zakariya Ismail Hersi, comunicava de forma oficial que renegava seu passado no grupo islamita e acusava seus dirigentes de distorcer o Islã para conseguir seus fins.
Hersi era um dos sete líderes da Al Shabab que os Estados Unidos tinham colocado em sua lista de mais procurados desde 2012 e inclusive havia uma recompensa de US$ 3 milhões por qualquer informação que levasse a sua captura.
Em 27 de dezembro, Hersi se entregou às autoridades somalis após passar vários meses desaparecido por suas diferenças com o então líder do grupo, Ahmed Abdi Godane. EFE

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