O MALAWI “necessita desesperadamente do apoio de doadores”, afirmou domingo o seu Presidente no seguimento de uma missão do Banco Mundial no país, recentemente afectado por inundações devastadoras que provocaram pelo menos 176 mortos e 230 mil desalojados.
Os financiamentos estrangeiros cobriam cerca de 40 por cento do orçamento nacional quando pararam, depois de um escândalo de desvio de fundos públicos em 2013, no chamado caso “Cashgate”, em que, pelo menos, 30 milhões de dólares desapareceram em seis meses.
“O país enfrenta numerosos défices económicos e necessita desesperadamente do apoio dos doadores para acelerar o seu desenvolvimento económico e social”, refere em comunicado Peter Mutharika, à frente do Estado desde Maio de 2014 e irmão do falecido Presidente Bingu wa Mutharika, no poder entre 2004 e 2012.
“Tomamos as rédeas do país há nove meses e tivemos a herança de um determinado número de problemas (...) o Governo estava quase em falência pois a maior parte dos nossos financiadores deixaram-nos depois do escândalo 'Cashgate'", disse o Presidente do Malawi, citado pela agência Lusa.
“Vimos as consequências económicas do ‘Cashgate’ e nunca mais acontecerá neste país algo semelhante”, acrescentou.
O chefe da delegação enviada ao país pelo Banco Mundial, Alinter Smith, realçou, em declarações a um canal televisivo local, que a instituição “claramente estava pronta a ajudar somente os sistemas de gestão financeira”.
As dificuldades económicas do Malawi agravaram-se com as chuvas torrenciais ocorridas em Janeiro e que provocaram as piores inundações dos últimos tempos.
NOTÍCIAS – 17.02.2015
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