segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Vamos tomar posse depois do Governo de Gestão”

Na Assembleia da República e nas Assembleias Provinciais

– Afirma Manuel Bissopo, secretário-geral da Renamo

A Renamo já boicotou a tomada de posse nas Assembleias Provinciais, como forma de protesto contra os resultados eleitorais. E em algumas Assembleias nas quais a Renamo detém a maioria não houve a primeira sessão por falta quórum. Na quinta-feira, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, veio a público informar que os candidatos da Renamo que foram eleitos como deputados da Assembleia da República e como membros das Assembleias Provinciais só tomarão posse depois da criação do Governo de Gestão.
Bissopo disse à imprensa que essa decisão foi tomada pela direcção do seu partido, que entende que tomar posse depois da fraude é legitimar o roubo de votos. Bissopo diz que nenhum cidadão eleito pela Renamo vai tomar posse antes da criação de um Governo de Gestão, que vai dirigir o país até à organização de outras eleições. 
O secretário-geral da Renamo disse que, após o boicote registado em todas as Assembleias Provinciais no país, agora será a vez da Assembleia da República. “A não tomada de posse dos nossos deputados tem em vista a criação de condições para um Governo de Gestão, tal como o partido propõe”, disse Manuel Bissopo.

O secretário-geral da Renamo diz que o seu partido não reconhece Nyusi e a Frelimo como vencedores das eleições de Outubro passado.
Questionado sobre o que vai acontecer, caso a Frelimo não aceite o Governo de Gestão, Bissopo foi muito cauteloso. “Caso isso não aconteça, não posso aqui afirmar os próximos passos”, respondeu.
Recorde-se que a exigência da formação de um Governo de Gestão é decorrente dos resultados considerados fraudulentos, que não são reconhecidos pela oposição. Até hoje, a Comissão Nacional de Eleições não conseguiu apresentar os editais com base nos quais produziu os resultados apresentados como definitivos. Mesmo o Conselho Constitucional não teve acesso aos editais e validou os resultados sem qualquer base legal. (José Jeco, na Beira)

CANALMOZ – 11.01.2015

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