sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Sinais de diálogo

Sinais de diálogo
Sexta, 30 Janeiro 2015 00:00 

“UM Governo que privilegia a paz, a paz e ainda a paz e promova o diálogo acima de disputas domésticas pelo poder” – Filipe Nyusi no seu discurso de posse a 15 de Janeiro.

E PARECE-ME que os primeiros sinais de diálogo, dados pelo Governo do Presidente Filipe Nyusi, começam a despontar.

Em menos de uma semana de actividade e no meio de muita azáfama decorrente das cheias no centro e norte do país, o Governo começa a dar sinais de diálogo com o maior partido da oposição, visando encontrar o melhor caminho para a paz. É que sem a paz nenhum desafio pode ser vencido.

Com os sinais de diálogo dados pelo Governo pode ver-se, ainda que ténue, uma paz do fundo do túnel. Digo ténue porque não sei como são interpretados tais sinais da outra parte. Mas quero acreditar que se ambas as partes se dizem comprometidas com a paz, como condição primária para a estabilidade política, desenvolvimento económico, harmonia e equidade social, então ambos trabalharão para a consolidação deste bem social.

No seu discurso de posse, Filipe Nyusi reiterou que primará pela abertura ao diálogo construtivo com todas as forças políticas e organizações cívicas em prol da promoção da concórdia. Transmitiu aos moçambicanos e ao mundo a certeza de que tudo fará para que neste país jamais irmãos se voltem contra irmãos seja a que pretexto for.

Sinceramente, encorajo o Governo a prosseguir na senda do diálogo quer em sede da Assembleia da República ou no Centro Internacional de Conferencias Joaquim Chissano, quer ainda por outras vias que conduzam ao respeito aos direitos humanos, um dos quais é o direito à vida e às liberdades fundamentais.

Encorajo o Governo a promover uma convivência pacífica com todos os actores sociais para que tenhamos um Moçambique verdadeiramente comprometido com a democracia e com o desenvolvimento.

O Governo do Presidente Nyusi é o Governo da Frelimo e é o Governo de todos os moçambicanos. E ao anunciar a abertura ao diálogo devemos apoiá-lo porque é um diálogo que nos vai conduzir à paz, uma vez cansados da guerra, cansados das hostilidades militares.

Nós, moçambicanos, queremos viajar de um canto para o outro em paz e em liberdade. Queremos ir a Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa sem precisar de mostrar qualquer passaporte porque Moçambique é assim deve continuar a ser um país uno e indivisível. Ninguém quer Moçambique do Norte e Moçambique do Sul. Isso não cabe na cabeça de ninguém. E a melhor forma de ultrapassar as quezílias domésticas é por via do diálogo, um diálogo construtivo que está a ser prosseguido pelo Governo recentemente empossado.

Ao privilegiar o diálogo, o Governo mostra o seu compromisso de respeitar o seu único e exclusivo patrão que é o povo. E o que é que o povo quer? A paz e a unidade nacional para a construção de Moçambique.

Tudo bem: se da parte do Governo há esta abertura ao diálogo construtivo o que haverá da sua contraparte?

Quero acreditar que a Renamo cujo dirigente se encontra em digressão pelo centro e norte do país saberá acolher a iniciativa governamental, aceitando-a em busca da aproximação de posições quanto à forma como o país deve ser desenvolvido. E a forma não deve em nenhum momento atropelar a lei-mãe que é a Constituição da República e nem as demais leis.

Moçambique é um país democrático, guia-se por leis e essas leis devem ser cumpridas.

Quer ainda acreditar que a outra parte saberá respeitar a vontade do povo que é o alcance da paz e do bem-estar. Mas para tal também deve saber transmitir sinais de diálogo e de interesse na paz acabando com discursos incendiários que promovem a desordem, a desobediência civil e a divisão do país. Quando à outra parte fala de criação de república autónoma dentro do território nacional; quando fala da divisão do país viola as regras mais elementares de convivência democrática. Viola a Constituição e outras leis.

Esses discursos devem se expurgados do vocabulário da Renamo, sobretudo do seu dirigente. O que deve prevalecer é o discurso de união, de defesa da independência e da soberania como ponto de partida de todo o percurso de um povo. Nenhum moçambicano quer viver sob a ameaça do medo e sob o espectro das armas.

O Governo está a fazer a sua parte. E quero acreditar que a Renamo saberá também complementar a parte governamental contribuindo para que o diálogo que lhe é proposto seja conduzido a bom porto.

Se a Renamo corresponder ao diálogo estará a trabalhar com determinação para a melhoria das condições de vida do povo e estará a contribuir para a consolidação do Estado de direito democrático, para a boa governação. Estará a contribuir para um cada vez melhor ambiente macro – económico equilibrado e sustentável, de forma a consolidar o clima de confiança num investimento seguro.

O Governo está a fazer a sua parte. E tu, Renamo. Faça também a sua parte a bem deste povo sofredor.

Uphiwa Uphinda
Sexta, 30 Janeiro 2015 00:00
“UM Governo que privilegia a paz, a paz e ainda a paz e promova o diálogo acima de disputas domésticas pelo poder” – Filipe Nyusi no seu discurso de posse a 15 de Janeiro.
E PARECE-ME que os primeiros sinais de diálogo, dados pelo Governo do Presidente Filipe Nyusi, começam a despontar.
Em menos de uma semana de actividade e no meio de muita azáfama decorrente das cheias no centro e norte do país, o Governo começa a dar sinais de diálogo com o maior partido da oposição, visando encontrar o melhor caminho para a paz. É que sem a paz nenhum desafio pode ser vencido.
Com os sinais de diálogo dados pelo Governo pode ver-se, ainda que ténue, uma paz do fundo do túnel. Digo ténue porque não sei como são interpretados tais sinais da outra parte. Mas quero acreditar que se ambas as partes se dizem comprometidas com a paz, como condição primária para a estabilidade política, desenvolvimento económico, harmonia e equidade social, então ambos trabalharão para a consolidação deste bem social.
No seu discurso de posse, Filipe Nyusi reiterou que primará pela abertura ao diálogo construtivo com todas as forças políticas e organizações cívicas em prol da promoção da concórdia. Transmitiu aos moçambicanos e ao mundo a certeza de que tudo fará para que neste país jamais irmãos se voltem contra irmãos seja a que pretexto for.
Sinceramente, encorajo o Governo a prosseguir na senda do diálogo quer em sede da Assembleia da República ou no Centro Internacional de Conferencias Joaquim Chissano, quer ainda por outras vias que conduzam ao respeito aos direitos humanos, um dos quais é o direito à vida e às liberdades fundamentais.
Encorajo o Governo a promover uma convivência pacífica com todos os actores sociais para que tenhamos um Moçambique verdadeiramente comprometido com a democracia e com o desenvolvimento.
O Governo do Presidente Nyusi é o Governo da Frelimo e é o Governo de todos os moçambicanos. E ao anunciar a abertura ao diálogo devemos apoiá-lo porque é um diálogo que nos vai conduzir à paz, uma vez cansados da guerra, cansados das hostilidades militares.
Nós, moçambicanos, queremos viajar de um canto para o outro em paz e em liberdade. Queremos ir a Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa sem precisar de mostrar qualquer passaporte porque Moçambique é assim deve continuar a ser um país uno e indivisível. Ninguém quer Moçambique do Norte e Moçambique do Sul. Isso não cabe na cabeça de ninguém. E a melhor forma de ultrapassar as quezílias domésticas é por via do diálogo, um diálogo construtivo que está a ser prosseguido pelo Governo recentemente empossado.
Ao privilegiar o diálogo, o Governo mostra o seu compromisso de respeitar o seu único e exclusivo patrão que é o povo. E o que é que o povo quer? A paz e a unidade nacional para a construção de Moçambique.
Tudo bem: se da parte do Governo há esta abertura ao diálogo construtivo o que haverá da sua contraparte?
Quero acreditar que a Renamo cujo dirigente se encontra em digressão pelo centro e norte do país saberá acolher a iniciativa governamental, aceitando-a em busca da aproximação de posições quanto à forma como o país deve ser desenvolvido. E a forma não deve em nenhum momento atropelar a lei-mãe que é a Constituição da República e nem as demais leis.
Moçambique é um país democrático, guia-se por leis e essas leis devem ser cumpridas.
Quer ainda acreditar que a outra parte saberá respeitar a vontade do povo que é o alcance da paz e do bem-estar. Mas para tal também deve saber transmitir sinais de diálogo e de interesse na paz acabando com discursos incendiários que promovem a desordem, a desobediência civil e a divisão do país. Quando à outra parte fala de criação de república autónoma dentro do território nacional; quando fala da divisão do país viola as regras mais elementares de convivência democrática. Viola a Constituição e outras leis.
Esses discursos devem se expurgados do vocabulário da Renamo, sobretudo do seu dirigente. O que deve prevalecer é o discurso de união, de defesa da independência e da soberania como ponto de partida de todo o percurso de um povo. Nenhum moçambicano quer viver sob a ameaça do medo e sob o espectro das armas.
O Governo está a fazer a sua parte. E quero acreditar que a Renamo saberá também complementar a parte governamental contribuindo para que o diálogo que lhe é proposto seja conduzido a bom porto.
Se a Renamo corresponder ao diálogo estará a trabalhar com determinação para a melhoria das condições de vida do povo e estará a contribuir para a consolidação do Estado de direito democrático, para a boa governação. Estará a contribuir para um cada vez melhor ambiente macro – económico equilibrado e sustentável, de forma a consolidar o clima de confiança num investimento seguro.
O Governo está a fazer a sua parte. E tu, Renamo. Faça também a sua parte a bem deste povo sofredor.
Uphiwa Uphinda

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