sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Renamo - Moçambique vive hóje momentos de grande reflexão

Moçambique vive hoje momentos de grande reflexão face as suas escolhas do passado. É consensual para a maioria dos moçambicanos que o ter apoiado a ditadura militar, marxista-leninista, foi um erro crasso. Conquanto fosse no desconhecimento das reais intenções daqueles que substituiriam o colonialismo branco, por outro negro e também porque as opções de então se deram em condições bem mais adversas que as actuais. Hoje, diferentemente de 1975, ano da euforia da independência, o sistema opressor, instalado á força das armas, assassinando, prendendo e fuzilando em praça pública, a quem fosse suspeito de ser o que chamavam “o homem velho” com ideias coloniais, ou até por ostentar alguma riqueza ou ter estudado mais que os outros, tem sido alvo de merecido e generalizado
repúdio.
Depois de o país ter passado por situações de grande turbulência militar que aconteceu passados dois anos de independência e que duraria 16 anos de confrontos sangrentos, acirrados pela má governação e pelo recurso a violência generalizada contra o próprio povo que diziam estar a libertar, o nosso Moçambique, conheceu aquilo a que chamamos hoje democracia pluralista. Importante é reconhecer aqui, que o partido no poder jamais esteve interessado na adopção de um sistema que respeitasse os direitos do povo, daí o recurso aos insultos, ameaças, mentira, violência policial e militar e intoxicação mental através da propaganda, entre outros meios tendentes a lavagem cerebral dos moçambicanos.
Num momento em que desejamos que a consolidação da democracia, decorridos mais de duas décadas da assinatura do acordo geral de paz, em Roma seja indubitável, torna-se ainda mais notória a violência que a ditadura sempre representou contra o nosso povo. Aliás a FRELIMO não mudou, ainda que apresente um disfarce, ou seja uma roupagem cosmética, ela é a mesma de sempre. Assassina, mentirosa, vingativa, vigarista… É uma autêntica máquina que fabrica violência contra a população.
Olhando para a luta titânica pela manutenção do poder já a muito perdido, a FRELIMO continua privando o povo do direito elementar ao auto governo. É um regime exímio na violência contra os opositores, perseguidos por mero delito de opinião, quando não presos ilegalmente e até torturados psicologicamente, sobretudo neste momento de combate político, depois que este regime ilegal que governa Moçambique pautou pelo uso da força armada com o fito de assassinar Afonso Dhlakama, homem cuja popularidade ultrapassa o imaginável. E isso incomoda o regime.
Na verdade estamos perante um momento de feroz confronto entre dois modelos de sociedade, o marxismoleninismo à mistura com um capitalismo selvagem contra a democracia, liberdade, respeito pelos direitos humanos e a economia de mercado. Olhando para a situação, vimos uma força que governa por usurpação, esforçando-se por sabotar as fórmulas intermediárias e a própria confiança na solução pacífica das divergências, essencial à democracia representativa.
A RENAMO e seu líder Afonso Dhlakama, não tendo outra saída, estão a lutar pela sobrevivência, fazendo uma contra-revolução, destinada a impedir que seus adversários continuem a implantar ditadura ainda pior. Interessante é que o nosso povo está impulsionado na mudança e vimos a cada dia uma participação social surpreendente. O povo está catapultado, incluindo os que estão no silêncio.
Num passado muito próximo, a RENAMO forçou os limites da legalidade na urgência de participar nas eleições gerais do passado ano, reformas que tinham muito de construtivo. Logo após a realização das eleições, todos vimos e testemunhamos os acontecimentos do período pós votação. VERGONHA! As instituições que se pretende independentes, dobraram-se ao sistema político e viciaram sem dó nem piedade, a mando do Presidente da República cessante os resultados eleitorais.
Na tentativa de ver reposta a justiça ou ao menos que se respeitasse as regras do bom senso, a RENAMO propôs um modelo verdadeiramente inclusivo de governação que seria denominado Governo de Gestão. Eis o Governo de dia ensaiando algo no silêncio, dando a impressão de que estava ponderando algo para acomodar a preocupação apresentada. Quando despertamos, era tarde demais, resultados anunciados com todo o tipo de cinismo, vigarice e nervosismo a mistura, dando vitória à FRELIMO e Nyusi. E sem demora, aparecia um “Governo Inclusivo” a Nyusi.
Uma inclusão das alas desavindas dentro da FRELIMO. Muitos Guebuzianos, alguns Chissanistas e infimidade Nyusiana. Sim a única inclusão que se pode ver é mesmo esta.
Quando Dhlakama, o eterno vencedor das eleições moçambicanas levanta sua voz em exigência de entendimento e buscas de equilíbrio governativo, aí as vozes do sistema se levantam em uníssono, com desprezo a mistura a desacreditarem tais soluções. Contudo, o líder da RENAMO, vai mobilizando cada vez mais apoiantes a sua causa.
Multidões motivadas que não arredam pé até verem a situação solucionada. Na verdade, as responsabilidades pela espiral de violência pertencem sim ao extremismo, freli-guebuziano. Aqui, a maior parcela de culpa continua a caber ao lado que impôs a lei do mais forte, e o pior crime foi cometido por aqueles que fizeram do roubo de votos e tortura uma política de Estado.
Esperamos que este governo ilegal entenda que a vontade da RENAMO não é marcar uma ruptura, mas o prosseguimento de um rumo mais justo para Moçambique.
E

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