domingo, 7 de dezembro de 2014

Renamo pediu apoio à Igreja para facilitar encontro com Frelimo e acabar com a guerra

15/09/2012


comments

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Francisco Moises said in reply to Nthorro...
Nao ha duvida que a experiencia me ensinou a ser um pouco astuto, senao mais esperto do que bruto que infelizmente fui e nasci naturalmente como bruto. A nao acreditar cegamente o que se diz. A nao ser por demais curioso como o gato que a propria curiosidade acaba por matar (proverbio ingles: "curiosity has killed the cat"). A nao me associar com coisas que ainda nao estao bem claras a minhas vista e visao. A me afastar de cousas que nao estao claras e podem ser perigosas.
Foi por isto que os convites do Chissano e Marcelino dos Santos em 1994 que eu regresssasse para viver em Mocambique porque havia entao a democracia, so mereceram um silencio alto e completo com grande desprezo.
Ha la muitos misterios que estao por desvendar. Parece que Dhlakama e um astuto militar. Outros como o malogrado Baventura Lemane falecido alguns anos nos Estados Unidos reprovaram esta tese, adiantando que eram os sul-africanos que dirigiam a guerra e nao Dhlakama. O General Raul Domingos disse que era a pessoa que fazia marchar as coiasa na Renamo e nao Dhlakama, o seu antigo chefe que ele agora despreza.
O proprip Dhlakama disse me algures nas matas de Sofala em Dezembro de 1988 que "os meus comandantes discordam comigo que facamos a paz com a Frelimo; que e inutil fazer a paz com a Frelimo porque a Frelimo nao se pode confiar." Se isto era relamente o que os seus comandantes lhe diziam porque ele mais tarde fez a paz que fez que permitiu a Frelimo guardar o poder e continuar a exercer a sua ditadura? Uns dizem que ha a democracia em Mocambique; talvez que estes outros tenham razao de acordo com a sua logica, mas eu nao compartilho esta maneira de ver as coisas.
Haverao muitas perguntas que infelizmente nunca receberao respostas visto que e aspecto da historia mocambicana ter misterios que nunca sao investigados e nunca recebem explicacoes. Como a Frelimo como a Renamo. Como o pai como o filho. .... O pequeno de cobra e cobra, como diz o ditado africano.
Sera que a pressao dos sul-africanos, da Igreja catolica em colaboracao com o Conselho cristao das Igrejas de Mocambique, de alguns subornitos do Tiny Rowlands, chefe da Lonrho britanico; do governo do Quenia cujo presidente Chissano tinha contactado muitos antes do fim de 1988 para ajudar para acabar com a guerra vieram a ter mais influencia do que os conselhos dos comandantes do Dhlakama. o Generalissmo Afonso Dhlakama? Como ja disse nao tenho respotas e talvez nunca terei. Somente Dhlakama e que pode dar as respostas.
Como e que Dhlakama que me disse que podia tomar Maputo a qualquer tempo que quizesse faze-lo ter feito a declaracao que o clergo Jaime Goncalves alega lhe ter feito? Porque nao tomou Maputo como disse que podia faze-lo?
Ha uma coisa que sei como um preto que ainda entende e fala a minha lingua materna. Mesmo quando os os pretos falam em linguas europeas, falam ainda com um pensamento africano em que quase tudo e exprimido superlativamente, exageradamente com a logica dos imperialistas lancada fora da janela visto que os imperialistas nao prestam para nadam, sao os nossos inimigos que nos escravisaram duante muitos seculos... e tanta outra coisa....
De qualquer maneira, a guerra civil ja passou. Agora temos outros desafios que temos que enfrentar. Enquanto que a guerra civil passou para a historia, a realidade actual e enfrentar as consequencias da paz inegual que o fim da tal guerra nos trouxe. A Guerra acabou, mas as suas consequencias continuarao connosco ou com os mocambicanos como se diz da Grande revolucao francesa cujas consequencias reverberam e se fazem sentir ate hoje.
E eu ainda na minha toca na zona do Pacifico, a espreitar e observar e a me rir do que acontece la onde os espiritos dos meus antepassados jazem. Os meus desafios aqui na terra de su[erabundancia de todas as coisas materiais sao outros.
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Nthorro said in reply to umBhalane...
Parabens senhor umBhalane, apresentou aqui em poucas linhas a sua grandeza de sabedoria. E realmente isto que estava a faltar sobre os acordos de paz e sei que daqui ha mais alguns anitos outras coisas que nao sairam ainda a luz do dia, serao proclamadas em telhados e nos microfones.
Obrigado
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umBhalane said...
Quando se é forte na guerra, quando se é capaz de fazer bem a guerra, normalmente se é também forte a fazer a paz, capaz de fazer a paz.
"Outros" preferem a debandada, a traição, a mesquinhez, o renegar dos seus, da Pátria,...
Lamentável foi que a RENAMO entregou o ouro ao bandido - em linguagem rasteira:
- Foi comida em cebolada.
Mas esse assunto deixo para os mais versados.
Não estou bem preparado para os discutir.
Ainda estou estupefacto/perplexo,...embora desconfie.

A LUTA É CONTÍNUA
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Veritas et Visus said...
Dom Jaime conta que foi a Renamo a contactar a Igreja Católica para iniciar o processo de paz. Dom Jaime falou com Dhalkama em Gorongosa.
Foi assim que começa o processo de paz moçambicano para acabar a guerra civil.
Há os que pretendem ser vistos como os pioneiros e obreiros da paz. Dom Jaime desmente-os finalmente.

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