domingo, 7 de dezembro de 2014

MALAWI: GOVERNO RECUSA AUMENTAR SALÁRIO NA FUNÇÃO PÚBLICA

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    O presidente malawiano, Peter Mutharika, recusou o aumento salarial de oitenta por cento até a recuperação da crise económica. O seu vice, Saulos Chilima, também descartou o incremento salarial, alegando o mesmo motivo.
    Na semana passada, as autoridades malawianas reajustaram os salários do Presidente da República, dos ministros e dos parlamentares, alegando que os seus rendimentos eram insuficientes para fazer face ao custo de vida.
    Ao abrigo dos recentes aumentos, o presidente Peter Mutharika teve um incremento de oitenta por cento, passando a ganhar dois milhões e setecentos mil kwachas, mais ou menos cinco mil e trezentos doláres.
    Até agora, o chefe de Estado ganhava mensalmente um milhão e meio de kwachas, o equivalente a três mil doláres.
    O salário do presidente mantinha-se inalterável desde 2009, quando o seu irmão, Bingu wa Mutharika, estava no poder. Ele viria a morrer em 2012, vítima de paragem cardio-vascular. No entanto, a sua sucessora Joyce Banda optou por cortar o seu salário.
    O porta-voz governamental, Kondwani Nankumwa, confirmou que a renumeração do presidente foi aumentada apesar de ter dito no passado mês de Agosto que o seu salario não iria aumentar tão cedo.
    Em relação aos ministros, estes passam a beneficiar de um aumento salarial de cerca de três mil doláres, mais o subsídio de combustível. Pelo contrário, os 170 mil funcionários públicos no Malawi, ganham em média, cem doláres por mês.
    Os salários dos deputados também foram revistos para cobrir o elevado custo de vida. Os parlamentares conseguiram um aumento salarial de 367 por cento, passando a ganhar 1150 doláres para além de outros subsídios.
    O Malawi está a batalhar para travar a crise económica depois dos doadores que contribuem com quarenta por cento para o orçamento nacional, terem congelado a ajuda devido a corrupção generalizada. O país também é confrontado com ameaças de greves por parte de várias instituições, com os funcionários do gabinete de combate a corrupção exigindo a revisão das suas condições de trabalho. O mesmo acontece com o sector judiciário que exige aumento salarial.
    Os docentes e o corpo técnico-administrativo da Universidade do Malawi também reivindicam um aumento salarial de quarenta e cinco por cento.
    Algumas greves no Malawi acontecem aqui e acolá sem apresentação ou discussão prévia do caderno reivindicativo.
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