sábado, 13 de dezembro de 2014

As Reprovaçõea na UEM

Muita coisa precisa de mudar em Moz

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  • Adelino Inacio Assane Eu acho que esses resultados não são para os alunos, mas sim para os próprios professores. Andaram todo semestre a enganar que estão a trabalhar! Isto é caso de policia meus irmãos. O estado nos paga não para reprovar alunos mas sim para fazer aprender os alunos, se a aprendizagem não ocorre imputa-se a responsabilidade para quem podia fazer aprender!
  • Valquiria Mangule Nao eh possivel que isso traduza a verdade. Que pena...
  • De la Casa 84 estudantes....
  • Antonio Carlito E se passassem todos alunos sem nada saberem, o que diriam?
  • De la Casa N é disso k se fala. N tem nada a dizer, remain quiet bud
  • Antonio Carlito Voce está acusar uma camada (professores). Isso tem haver. Ja trabalhei como um deles e vive isso.
  • Antonio Carlito Os DAPs (directores adjuntos pedagogicos) obrigam k mais d 80% passem d classe. Agora que estamos para mudar, ja reclamam.
  • De la Casa Dispenso esse papo.
  • Antonio Carlito Com razao ou sem razao?
  • Tony Ciprix Vergonha publica. Está a desqualificar a nossa classe. Isso de passar Certificado de burrice aos estudantes não vale. A quem dignifica esses resultados? De que se orgulha esse Prof. Doutor e o assistente doutorizinho?
  • Antonio Carlito Por isso mudei.
  • Abel Zico Amigo Tony Ciprix nao lance pedras aos professores...Eu sou professor na UEM a cerca de 8 anos, agora em formacao fora do pais...e olha, os ultimos 4 anos foram os piores do meu trabalho. Estudantes do ensino superior que nao sabem escrever ate os proprios nomes correctamente, nao conhecem matematica basica da tabuada, escrevem na prova da mesma maneira quando fazem mensagens para seus amigos ou comentam postagens em redes sociais. Isso 'e fruto dos fracassos do ensino geral, lutaram para atingir os objevtivos do milenio e encaixar fundos. Eu pessoalmente nao tenho receio de reprovar a quem nao sabe, nem que seja para ir entregar a pauta a vermelho. Eu deixar passar alunos que nao sabem nada 'e vender os meus creditos como profissional e nao valorizar-me em primeiro lugar. Olha essa disciplina 'e ECONOMIA MONETARIA, os alunos nao sabem e aprovam, depois vao trabalhar para instituicoes finanaceiras e la nao fazem patavina alguma. Quem foi seu professor da disciplina X? Fulano...e o fulano possivelmente 'e reconhecido na praca, logo acaba recebendo certificado de incopetencia. A alguns anos atras eu deixei de ensinar num instituto comercial no pais porque queriam que eu passasse alunos que frequentavam a minha disciplina de CONTABILIDADE GERAL e nao sabiam definir conta, dizer que tipo de contas conhece e fazer movimentos nem falo. Tudo porque deviam completar as estatisticas, 85%. Porras, em jeito de desaforo "chutei" as pautas na carra do director pedagogico e dei-lhes a prerrogativa de fazerem o que quizessem. Uma semana depois dei entrada a carta de rescisao de contrato e prontos. A verdade 'e que o sistema de educacao em Mocambique esta caotico, e os problemas do basico e secundario se reflectem no superior....
  • Antonio Carlito So percebe quem viveu.
  • Tony Ciprix Abel Zico, quem não é professor da UEM aqui? Antes de vc fazer formação fora do país eu passei 12 anos a estudar fora do país, dei aulas numa das maiores univesidades brasileiras e numa Escola superior. Hoje lido com estudantes de todo tipo aqui em Moçambique, desde a Licenciatura até ao Doutoramento. A minha experiencia e vivencia pessoal manda-me afirmar que andamos a passar certificado de burrice nos estudantes. Uma turma toda reprovada, once ja se viu isso? Tornamos as coisas dificeis e misteriosas, no lugar de ajudar os estudantes a decifrarem is codigos da ciência. Isso é uma vergonha: como especialista em Educação, esses dois colegas da Faculdade de economia deveriam ler e entender bem a pedagogia do oprimido de Paulo Freire, let Marcel Tardif e Phillip Perronoud: ser professor reflexivo. Acredito que la onde estás a estudar notaste a diferença de tratamento e o certificado de burrice que te passaram aqui. Será que te tornaste mais inteligente agora?
  • Tony Ciprix A minha pergunta Abel Zico é: voce é professor ou é técnico do ensino? Qual a pergunta que você se faz: o que os meus estudantes devem aprender ou o que voce vai ensinar? Já se preocupou em ajudar esses supostos burros a sairem do lamaçal? Não estou a dizer que não existem problemas sistemicos no nosso sistema de Educacao. Apenas me questiono sobre is 100% de reprovacao numa turma.
  • Ariel Sonto Que significado trazem estes resultados de aprendizagem, Abel?
  • Tony Ciprix Signigicam arrogancia do professor, Ariel Sonto. Esses meus dois colegas parece que não aprenderam do que Brazao Mazula andou a falar na oracao de sapiencia deste ano. O texto está disponivel na pagina web da UEM.
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  • Tony Ciprix Uma outra questao Abel Zico: como se explica que estudantes tenham admitido com notas até 14 valores se sao burros, como você apregoa? Essas notas foram uma oferta razao porque chumbaram no exame?
    23 hrs · Like · 1
  • Daniel Boe A maior VERDADE que ouvi até aqui é do ilustre Tony Ciprix...muito obrigado pela sua humildade e honestidade intelectual, pois a maioria dos professores aqui em moz funcionam como se de curandeiros se tratassem(ocultam as chaves do conhecimento e passam a maior parte do tempo da aula a contarem nos que sao os unicos nisto e naquilo)...é algo que senti na pele...
    23 hrs · Like · 2
  • Daniel Boe ...e felizmente tive professores que estudaram fora do pais e que tinham o humildade como a do ilustre Tony Ciprix e agiam duma forma muito diferente dos seus pares...ficavam super preocupados quando a turma tirasse negativas... contavam nos como eram tratados lá fora...faziam muita diferença....
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  • Tony Ciprix Curandeiros é pouco: deuses académicos. São meus pares, mas não compactuo com essas desgraças academicas.
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  • Daniel Boe ...Eu quando frequentava o instituto industrial de maputo tive algums episodios muito interessantes dentre os quais:
    1. Num teste estávamos nós a matutarmos sobre um problema de termodinamica na disciplina de Quimica-Fisica... É que no enunciado do problema referenciava que a caldeira em estudo usava "fuel oil" para gerar vapor, não é que todos tibemos problema com a palavra fuel oil e perguntamos qual era o nome tecnico comum para podermos efectuarmos o calculo da massa do material...o professor todo sorridente negou decifrar nos aquele pequeno permenor (palavra em ingles)...resultados TODOS erramos o problema... Agora que sou profissional entendo que existem nomes genericos ou nao oficiais de todos os materiais e que só já tenha lidado com eles os possa dominar...Agora imaginem a maioria de nos que vinhamos do "mato" onde essas expressoes sao raras como é que podiamos nos safar? Se ele tibesse informado o nome em portugues teriamos acertado o problema e muitos nao teriam ficado sem notas oara irem ao exame final... Sao muitos episodios tristes de PURA OCULTAÇÃO DO CONHECIMENTO que passamos...mas emfim...
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  • Mario Barbito Um professor Cubano, em 1980 me disse que o professor que tiver mais que 20% de reprovacoes e um SABOTADOR DA ECONOMIA e atentava contra a seguranca do Estado. De facto, isto para mim nao deixa de ser verdade, ate hoje!
    21 hrs · Like · 6
  • Abel Zico Tony Ciprix parece que despejou todo seu CV aqui para mim, kkkkk, muito boa experiencia. Portanto, felizmente conheco tambem a realidade brasileira, ja estive la a estudar na Universidade Federal da Paraiba, penso que conhece pelo menos de nome, por onde o Prof. Doutror Brazao Mazula, o qual o amigo citou, tambem passou durante a sua caminhada estudantil. Como especialista em Educação como você mesmo aqui diz, devia saber amigo que a primeira educação 'e respeitar quem quer que seja, grande, pequeno, gordo, magro, inteligente, "burro", etc. Quando chama o seu colega, pelo menos de profissão, de doutorzinho ja comeca a falhar na sua explanação, 'e um ataque pessoal e não uma analise da situação. Feliz ou infelizmente são esses mesmos, "malta nos", que asseguramos a educação em Moçambique. Respondendo uma das suas questoes, eu como professor devo me preocupar com o que os meus alunos devem aprender porque o que devo ensinar ja vem nos planos e programas curriculares. Se sou professor ou tecnico de educacao nao sei, talvez seja uma questao de conceitos e nomenclaturas, a ultima muito a sistema brasileiro mesmo, talvez o amigo, da area em raiz pode dizer. Apenas me formei na UEM e tenho algumas formacoes/treinamentos psico-pedagogicas. Portanto, acredito que o ser professor nao 'e essencialmente a formacao, a especialidade em formacao, mas sim a execucao da profissao e o "Dom" de saber se-lo.
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  • Abel Zico outra coisa Tony Ciprix, o que você faria ou faz como professor no ensino superior quando se depara com alunos que não sabem escrever, nem mesmo ao usar o computador quando erram não conseguem escolher a opção certa que o corrector da? Você esta a dar alguma disciplina de economia, que tem conteúdo matemático, e eles simplesmente mostram desconhecimento de matemática básica? Alunos que você atribui actividade, com datas para discussão e correccao, 15 dias depois grande parte aparece sem nem sequer o enunciado que foi disponibilizado em copia para reprodução e em formato digital no e-mail da turma? Aparece depois desse tempo todo e ainda fica surpreso quando o professor diz que vamos discutir as actividades, e com cara de espanto ainda consegue perguntar de que actividade se trata. E depois, os mesmos exercícios, ou idênticos em termos de objectivos de resolução são os que aparecem nas provas, e logicamente não fazem patavina alguma. O que faria com alunos que nessa era das TIC's estão na sala de aulas só em redes sociais, e a chamada de atenção 'e sinonimo de ser chato, orgulhoso, etc.? Mas atencao, nao digo que sao todos assim...Tenho tido a alegria de acompanhar estudantes excepcionais, exempleres, contudo infelizmente nos tempos de hoje esses sao casos excepcionais mesmo, o que devia ser a moda. A verdade 'e que o sistema esta mau, esta mesmo ruim e não podemos fugir dessa analise sistemica. No entanto amigo, DELEITE-ME COM A SUA NOBRE EXPERIÊNCIA E ESPECIALIDADE SENHOR PROFESSOR, AINDA SOU VERDE E GOSTO DE APRENDER.
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  • Adelino Inacio Assane Eu fico frustrado quando ainda temos pessoas que se veneram por reprovarem alunos em massa! E quem disse que esses alunos nao aprenderam? Infelizmente a nossa abordagem continua ainda por ensino e não por aprendizagem! Precisamos de mudar. A reprovação ou aprovação é avaliação do professor também! Nao estou a dizer que deve-se passar todo mundo no ensino superior mas também reprovar todos é uma desgraça funcional!
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  • Abel Zico Adelino Inacio Assane nesse caso real deve se analisar nas duas vertentes. O que tem acontecido tambem com os colegas da UEM e que se tem discutido muito nos ultimos tempos 'e que os professores nao dao aulas, nao se entregam, e quando ha regente e assistente pior, o regente que 'e o responsavel pela disciplina nem sabe o que esta acontecendo, simplesmente assinam as pautas no fim, pois estao sempre ocupados com seus "business", consultorias, etc. Eu pessoalmente nunca tive situacoes de 100% de reprovacao mas, ja tive de 80%. Portanto, os 20% que aprovaram e muitos com altas notas tinhas algumas caracteristicas comuns: assiduidade com praticamente 100% de assistencia das aulas, realizavam sempre e todas actividades, mesmo que nao totalmente correctas ja faziam esforcos de conhecer os passos, o que torna mais facil na altura de correccao do professor para saber onde falhou, preocupacao e consulta activa e esclarecimento de duvidas, participacao na aula e discussao de ideias. Contudo, ha colegas tambem que nos deixam a desejar, uffffffff...que ate criam condicoes de nos envergonharmos. O problema 'e sistemico e esta a atingir proporcoes alarmantes...
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  • Adelino Inacio Assane Mas Abel Zico e a direçao do curso cade? Concordo com a autonomia docente, mas autonomia docente não é fazer o que quer! esse é caso de policia! Francisco GaitaFrancisco Wache Wache,Nkadibuala Arlindo,
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  • Tony Ciprix Abel Zico, voce mesmo acaba de anunciar um dos maiores problemas: confiar aulas aos assistentes. Os estudantes aqui em causa sao da cadeira de economia monetária. Vai me dizer que reprovaram por dificuldade de escrita? Ou foi a dificuldade de leitura e compreensao do enunciado do exame? Como os meos estudantes tiveram notas de frequencia aceitaveis? La em Joao Pessoa era assim mesmo?
    Quanto ao CV é uma interpretacao e um ponto de vista. Focalizemo-nos no debate. O que tentei dizer é que os nossos colegas, quando conseguem a Licença(ciatura) para falarem algo com sentido, ja se acham os tais. Infernizam a vida dos estudantes, gostam do adjectivo Dr. e querem mostrar qie sao donos da verdade. É muita pequenes que merece um diminuitivo, pois de douto não têm Nada. Não sei como foi na Praia de Cabo Branco e de Tambau?
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  • Abel Zico Sim Professor Tony Ciprix, esse 'e um dos grandes problemas da casa, pontapear os regulametos e esquecer quais sao as reais funcoes do assistente. Mas, 'e um problema sistemico, deve ser analisado nas duas vertentes, pois os alunos actuais nao sao nada faceis e nem entregues a ciencia. Joao Pessoa 'e uma conjuntura diferente, outra dinamica e outro comprometimento tanto dos professores tanto quanto dos alunos. As praias de Tambau e Cabo Branco sao lindas, saudades daquela linda regiao.
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  • Antonio A. S. Kawaria Jeremias Luis Chauque, estás a ver aqui que os professores não têm problema de discutir não apenas sobre os seus alunos, mas sobre a conduta de colegas?
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  • Francisco Gaita Este nao eh caso de fraqueza dos alunos, mas problema do professor com a direccao. 100% de reprovacao significa que nao ocorreu nessa turma nenhum processo de ensino e aprendizagem, o professor nao deu aulas, pq nap eh possivel numa turma como aquela nao existir um unico que tenha aprendido algo que se abordou ao longo do semestre. Esse eh caso de ajuste de contas entre o prof e a direccao.
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  • Francisco Gaita Tem problema de discutir sobre oque mano kwaria?
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  • Tony Ciprix Abel Zico, vamos fazer uma viagem virtual a Av. Epitacio Pessoa e ali pegamos onibus para bairro Mandacaru e dos Ipes. Depois rumemos para o Manaira Shopping e sentemos para discutir a justeza dessa reprovacao em 100% dos estudantes em economia monetária. Sao essas atitudes que fazem com que boa parte dos estudantes não tenham saudades das nossas universidades. Acredito que para você é contrario: se pudesse, ficaria mais um tempinho na UFPB pelo clima e acolhimento dos professores que lhe apoiaram o tempo todo , incentivando a fazer outros graus academicos.
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  • Antonio A. S. Kawaria De la Casa é verdade que muita coisa tem que mudar em Moçambique. Quando 100% são reprovados, quem reprovou é o professor/docente. Na minha opinião, por questão de honestidade, ele devia demitir-se e procurar um outro emprego onde ele possa produzir algo. O mesmo diz respeito à direcção da instituição. Abel Zico, se tu sabes o que faz com que um estudante tenha sucesso, então, é o que um docente tem que transmitir a todos estudantes. Não se pode arrumar ratoeiras para justificar a reprovações.
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  • Tony Ciprix Francisco Gaita, veja que há estudantes nessa lista que admitiram com 14...e reprovaram todos no exame...
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  • Antonio A. S. Kawaria Mano Francisco Gaita estou a dizer ao Jeremias Luis Chauque que os professores não têm problemas em discutir os assuntos que dizem respeito a eles mesmos.
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  • Francisco Gaita Ai esta a razao, a admissao com 14 eh mais uma vez prova que o problema nao eh dos estudantes, mas do professor com a direccao, eh o que quiz dizer.
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  • Abel Zico Quando faz essa descricao toda de Joao Pessoa me faz sentir la, muito bom lugar. Com certeza tive optimos professores, uma abertura e maneira invulgar de relacionamento, incentivo, etc. Aqui onde me encontro estou tendo tambem outras boas experiencias. Eu nao defendo essas reprovacoes massivas, pois se assim for os alunos nao aprenderam praticamente nada e eu como professor devo ficar deveras preocupado e triste com isso. Tive um professor de Fisica na 9 classe la ja vao muitos e longos anos atras nas bandas de Sofala que quando um aluno tirasse 12, 13 ate mesmo 14 valores chamava o aluno e perguntava se estava com algum problema, alguma dificuuldade, etc, por nao ter conseguido ter maior pontuacao. Bom, a realidade actual 'e outra, tanto do ponto de vista dos professores e dos alunos, existem algumas excepcoes mas sao poucas. Quanto a essa pauta no concreto penso que a direccao da faculdade deve intervir e perceber o que tera e estara a acontecer. Talvez mesmo pegar no enunciado da prova com as proprias provas e entregar a outros professores da mesma area de conhecimento para analisar. E tambem estudantes com 14, pela regra geral ficam dispensados do exame. PORTANTO, duma forma geral, devemos revisitar o nosso sistema de educacao, esta a amputar os alunos no ensino basico e secundario geral e encontram mais dificuldades quando entram para a universidade.
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  • Tony Ciprix Alexandre Zerinho, não sou Santo nessa coisa de dar aulas. Concordo contigo que há problemas de empenho por parte dos estudantes. Mas um professor com formação pedagógica ( o que boa parte dos nossos professores universitarios não possuem) sabe como contornar este problema e garantir uma efectiva aprendizagem e interesse por parte dos estudantes. Não adianta ficar reclamando. Não poucas vezes ali na UEM eu simplesmente obrigava os estudantes a lerem o texto no tempo da aula quando me apercebia que vieram a aula sem ler. Em cima da minha mesa e em casa tenho um monte de resumos manunscritos dos estudantes referente a cada texto que serviu de base para as aulas. Veja, estou a falar de RESUMO MANUNSCRITO. O que me interessa é que leiam alguma coisa antes de virem as aulas. Ao corrigir os exames agora notei que valeu a pena.
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  • Tony Ciprix Abel Zico, foi em Joao Pessoa onde senti que os meus professores do ensino secundario passavam-me Certificado de burrice. Durante os dois anos que ali passei no Instituto Pe. Gabriel Malagrida renasci das cinzas. A estadia mostrou-me que de burro eu não tinha nada. Nunca tinha sido reconhecido academicamente no meu país. Joao Pessoa foi uma Escola da vida para mim. A simplicidade dos professores que, do resto, achei em Minas, muduram os meus paradigmas.
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  • Alexandre Zerinho Pois é Tony Ciprix. Por engano deixei aqui um comentário incompleto por isso apaguei logo para ver se escrevia de novo. Mas o que eu dizia é que geralmente, segundo o que tenho visto, as reprovações podem ser causadas pelo fraco empenho dos estudantes e, também, da metodologia dos docentes. Uma coisa que constatei nesse meu curto percurso estudantil eh que docentes com grau de Doutor (Doutor de verdade) e que foram formados fora de Moaçbique tendem a usar métodos mais sofisticados. Que ajudam o estudante, Já os doutores de casa tendem a dificultar a vida dos estudantes. Mas olhando a foto, o caso de reprovação a 100 porcento, sem dúvidas que é questionavel e arisco me a dizer que não tem a ver com o fraco empenho dos estuantes. No eh possível. Tambem nao creio que naquele universo todo nem se quer um estudante tenha assimilado bem a materia num contexto em que o docente fazia o seu real papel. Principalmente quando lembramos que o 100 porcento em causa não envolve 10 studantes e sim 84.
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  • Tony Ciprix Alexandre Zerinho, a rapida expansao do ensino superior não foi directamente proporcional a politica de formação de professores. Este é um dos nossos problemas aliado à certa preguiça mental de certos estudantes. Como professores e não como biscateiros, é nossa obrigacao achar metodos eficazes que garantam a aprendizagem dos estudantes. Deitar culpas ao ensino basico e secundario não adianta.
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  • Tony Ciprix Grato Miller Rolder Manzili. Apenas jogando conversa fora.
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  • Antonio A. S. Kawaria Vou aproveitar da desabafar e com razão. Lamento que muiitos professores amantes de reprovar os seus alunos tenham estudo em países que não têm essa cultura. Lembrei-me agora do recentemente falecido Raxide Ackiyamungo Gogo que há anos alguém descreveu como terrível na UEM. Foi escandaloso saber que ele passou por Suécia.
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  • Antonio A. S. Kawaria Há muitos colegas que depois de se beneficiarem da JUSTICA noutros países, voltados à terra se tornam em piores injustos. Temos que combater esse espírito.
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  • Tony Ciprix Que Deus o tenha. O problema é a cultura que se instalou no ensino superior. Se não houver uma vigilancia epistemologica e ética por parte do professor, por mais que tenha estudado fora do país não adianta, Xará Antonio A. S. Kawaria.
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  • Abel Zico Meus caros Antonio A. S. Kawaria e Professor Tony Ciprix, eu penso que as instituicoes que deviam ser academicas, de producao de conhecimento e ciencia, estao muito politizadas em Mocambique, particularmente as Universidades Publicas. Tudo comeca pelas formas de empossamento dos seus dirigentes, desde os Magnificos Reitores e ir descendo. Claramente esses senhores pertencem a academia mas, ao ascenderem muitos comecam a fazer mais servico politico e os objectivos da instituicao comecam a ficar desviados. A academia ate pode formar politologos mas, nao devia se usar para fazer politca. Muita coisa vai acontecendo, muitos professores, chefes de departamentos, directores de faculdades, etc atropelam e atropelam as normas, as formas de saber estar numa instituicao de ensino e sao autenticos impunes, estao la por confianca da chefia maxima e esta do PR. Acho urgente comecar a se fazer uma limpesa na forma como os professores sao integrados, quais as exigencias, controlo de posturas, cuidados e monitorias constantes, o que nao acontece nas nossas casas academicas.
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  • Antonio A. S. Kawaria Xará Tony Ciprix sou da opinião que tu que estás nessa área de epistemologica e ética tenhas que trabalhar muito na investigacão sobre o nosso baixo nível em ética. Para mim é mesmo grave a falta de gosto pela justica em muitos dos nossos compatriotas. Muitas vezes sinto-me embaracado perante os meus colegas aqui na Suécia. 
    Em 2005 estive num seminário de uma semana em Estocolmo com sueco que tinham ido para África e outros que estavam para ir e uma dessas pessoas foi a Kajsa Johansson que já trabalhou por muitos anos em Niassa. Uma vez senti-me muito embaracado quando um dos colegas (participante) contou sobre como um professor em Namíbia que regozijava por cada reprovacão. 
    Da última foi mesmo ontem com dois episódios. Primeiro foi quando perguntei pelo nome a uma aluna de origem somaliana. Ela disse um outro nome. Eis que uma outra aluna de origem tailandesa diz: tu mentes para o professor? Vais apanhar F (no nosso sistema F é reprovado). Eu pergunto-lhe de como ela podia reprovar se não era minha aluna? A tailandesa diz que geralmente os professores têm um pacto. Eu tinha que explicar-lhe que felizmente na Suécia não há disso e se há pacto é de como um aluno ou uma aluna pode aprovar e nunca como reprovar. É por isso que até quando descobrimos que o nosso método não é adequado a um certo aluno, pedimos logo socorro a um pedagogo especial.
    No segundo episódio: a tailandesa faz muitas piadas e o meu colega, um sueco originário, pergunta-lhe se ela fazia o mesmo na Tailândia. Ela responde que sim, mas isso só entre alunos porque fazer isso perante a um professor levava porrada.
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  • Tony Ciprix Pedagogia do oprimido, Xará Antonio A. S. Kawaria a que esses estudantes estao habituados, reflexo da estrutura vertical nas relacoes sociais. Resulta numa Educação bancária, opressora, onde o professor equivale ao dirigente ditador. Um amigo da Guine-Bissau quando eramos estudantes em Belo Horizonte, dizia para a turma da Africa que um dos problemas de boa parte nós está no facto de sofrermos de bloqueios mentais. Parece ser verdade. Herdamos a cultura do colonizador
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  • Antonio A. S. Kawaria Xará Tony Ciprix, infelizmente e mesmo infelizmente não vemos esse problema de termos herdado a cultura do colonizador, a colonialista como um dos factores que nos atrasa em quase todas áreas. Tenho tocado esse problema sobretudo ná área de administracão é toda do estilo colonial.
    Quanto à nossa área, a de educacão, há mesmo que assumirmos a nossa responsabilidade.
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  • Tony Ciprix Existe o problema do consciente colectivo e da reprodução geracional que dificulta a descolonizacao das mentes Xará Antonio A. S. Kawaria. A nossa responsabilidade é a de fazermos sempre diferente. Ao menos alguns estudantes irao aprender pelo exemplo.
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  • Francisco Wache Wache Amigos, prof. Antonio kawaria, prof. Toni e outros amigos, eu ler aqui o os vossos comentario e tenho de dizer que estou a gostar, têm um bom duscurso. Agora, o que eu penso é que voces estao a concentrar demasidamente a culpa desses resultados ao professor. o profssor é assado, guisado por ai... Acho, pessoalmente, que a analise devia começar num nivel mais baixo, por exemplo, perguntando-nos: que tipo de aluno que as universidades recebem das escolas secundarias? sera que esses alunos possuem uma base solida para receberem o conhecimento daquele nivel? o Ministerio da edicaçao faz o mesmo, impõe ao professor pra entregar ao sector pedagogico uma percentgem igual ou superior a 80% e nao cria condiçoes para que haja, de facto, 80% que correspondam a a realidade. eu poderia descer mais: que tipo de alunos a escola secudarias recebem das escolas primarias. a este nivel so me restaria perguntar: que tipo de polliticas educativas existem no pais? sao ou nao adequadas a nossa realidade? o que se esta a analisar aqui é uma extremidade, a outra extremidade tambem ocorre. por exemplo ha pautas com todos dispensados. e por fim poderiamos ate dizer, que tipo de lincenciado o pais oferece ao mercado. o que pretendo dizer é que este facto deve ser analisada de uma forma diacronica e sincronica. isso sem deixar de lado o facto de o professor ter exagerdo, nao ter descido, na elaboraçao da prova, ao nivel do aluno que ele tinha na sala. esta pauta tambem nos fornece a informaçao de que todos os alumos estavam excluidos e que ele arranjou formula para levar todos aoa exames

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