terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A viabilização do desenvolvimento acelerado de Moçambique passa pelo isolamento do Afonso Dhlakama


Para os que pensam erradamente a meu respeito, eu nasci na Maternidade de Chongola, no Distrito de Inharrime, Província de Inhambane, República de Moçambique. A minha infância foi passada no povoado de Nyanzhokwe, na localidade de Dongane. A casa dos meus pais fica a 3 km da lista da costa Oeste do Oceano Índico. Vim do campo para a cidade e me tronei urbano da primeira geração na história conjunta das famílias de que meu pai e minha mãe são decendentes.
Durante a guerra dos 16 anos, a casa dos meus pais foi "visitada" e vandalizada por "guerrilheiros" da Renamo comandados por Afonso Dhlakama. Uma das minhas irmãs ficou no cativeiro da Renamo durante vários meses até conseguir fugir, quando ela ainda era menor de 10 anos. Até hoje, ela já adulta que é, ainda têm vivas as memórias horríveis do cativeiro a que os homens do Afonso Dhlakama que a puseram a viver sem razão aparente. Eu dormi no mato para escapar ser raptado e engrossar as fileiras da Renamo. Eu e a família dos meus pais, de que sou filho primogénito, vivemos o trauma da guerra dos 16 anos. A Renamo destruiu escolas e postos de saúde; pilhou machambas e currais de camponeses. Os homens armados do Afonso Dhlakama raptaram e violaram mulheres e crianças; mataram pais enfrente dos seus pais; violaram mulheres em frente aos seus maridos e filhos. Eu e outros tantos moçambicanos da minha geração, vivendo nas zonas rurais deste país, ficamos marcados pelos traumas da guerra sem qualquer objectivo político claro que o Afonso Dhlakama comandou com o apoio e protecção directos dos regimes minoritários brancos da Rodésia (hoje Zimbabwe) e da África do Sul. Os capitais para o financiamento das actividades terroristas da Renamo vinham do ocidente, onde está incluso Portugal, só para mencionar um dos países onde residem os conspiradores contra a nossa liberdade.
Terminada a guerra que o Afonso Dhlakama comandou contra todos nós, viajei por terra por este país. Vi carcaças de viaturas queimadas pelas estradas, de carruagens tombadas pelas vias férreas; vi ruinas de salas de aula e de maternidades e postos de saúde; vi pontes destruídas. Tudo isto resultado da acção terrorista da Renamo, comandada por Afonso Dhlakama. Há muitas mais estórias arrepiantes que se podem contar sobre a acção da Renamo contra este país, mas que não vou contar aqui porque o momento que vivemos é de reconciliação. A pobreza era muito mais gritante nessa altura da guerra do que é agora. As pessoas não podiam se movimentar livremente. Pouca gente tinha acesso à escola e aos serviços primários de saúde, porque as poucas escolas e os poucos postos de saúde que existiam no campo tinham sido destruídos pela Renamo, comandada por Afonso Dhlakama.
Agora pergunto: é a este homem que destruiu Moçambique por ambição pelo poder a quem hoje se chama "Messias"? Eu recuso-me a ver Afonso Dhlakama como um "Messias". Nem o Diabo deve ser assim tão monstruoso como o Afonso Dhlakama é para este país. Só delinquentes por tendência ou abjectos oportunistas políticos podem estar a ver um líder douto no Afonso Dhlakama. Este senhor é monstruoso, compatriotas! Às pessoas que o apoiam, se houver algumas de bom senso (como creio haver), apela-se que reavaliem a sua opção política. Afonso Dhlakama é um grande entrave para o desenvolvimento de Moçambique e é preciso que seja visto como tal. A sua estratégia para se popularizar é prometer vida fácil aos cidadãos que ainda vivem em dificuldades extremas neste país. Trata-se dum aproveitamento político que ele está a fazer das carrências das pessoas. Em nenhum lugar deste mundo é possível viver tão facilmente como Afonso Dhlakama promete que se pode viver. Ele mente ao povo para obter o apoio que lhe dispensado. O seu discurso promove a letargia intelectual e estimula a preferência pela vida de mão estendida. Ele não articula alternativas de soluções efectivas dos problemas deste povo que não passem por ele governar este país. A única coisa que lhe interessa é o poder! Para ele, este fim justifica todos os meios que usa, incluindo o recurso à menitra e ao crime.
Uma coisa curiosa que está a ocorrer—e que é muito suspeita—é que a nossa "sociedade civil" está muda ante estas práticas criminosas do Afondo Dhlakama. A razão deste mutismo da "sociedade civil" é aparente: muitas das organizações que constituem esta "sociedade" são financiadas pelas mesmas fontes que financiam o Afonso Dhlakama e sua Renamo! Não é por acaso que esta "sociedade" só se levanta em protestos quando é contra o Governo do dia. Não consigo vislumbrar outra razão que explique por que a "sociedade" civil não se levanta para exigir que o Governo tome medidas previstas na lei contra o Afonso Dhlakama, por este incitar os seus apoiantes a optar pela anarquia e violência.
A solução para a paz efectiva em Moçambique passa por nos livrarmos de indivíduos como o Afonso Dhlakama. Numa primeira fase, ele tem que ser isolado para que as pessoas possam concentrar-se na busca de soluções efectivas para os seus problemas. Humanamente, isso implica conversar com Afonso Dhlakama para ele aprender a viver debaixo da lei. Se se recusar a acatar os conselhos para viver pacificamente e persistir em viver fora da lei, terá mesmo que ser sacrificado com primado requinte, para que ele não se torne herói num estabelecimento prisional e a comer dos impostos do povo que ele sempre amedrontou e abusou!
As autoridades do Estado não devem (se bem podem) continuar a tolerar os desmandos que o Afonso Dhlakama vem protagonizando e promovendo neste país, desde 1979. Já chega de mendigar a paz a um maníaco pelo poder. O povo moçambicano não merece tanta chantagem assim para aceitar ser governado por um delinquente fingido de político. A Renamo que compreenda que só poderá transformar-se em partido político verdadeiro, comprometido com o desenvolvimento de Moçambique, se aceitar desfazer-se do Afonso Dhlakama. Se a Renamo se recusar a colaborar para o isolamento do seu "líder", terá que ser ilegalizada sem mais contemplações. Chega!
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  • Alexandre Devissone De facto chega de narcisismo,hipocresia,cinismo, demagogia,obscurantismo político, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
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  • Armando Tomas Fernando juliao ,estas a perder seu tempo ,ninguem e capaz de isolar dhlakama ,porque o povo ama ele ,sera que nao consegues ver ?
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  • Augusto Mhula "Já chega de mendigar a paz a um maníaco pelo poder"!
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  • Alívio Jopela Finalmente aparece alguém que tem a mesma história que a minha e principalmente com a mesma visão que a minha. Vénias Ilustre.
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  • Alexandre Zerinho O facto é que ha alguma percentagem do povo que acredita cegamente naquele senhor e ele se aproveita muito disso.
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  • Elson Ligendre Julião, agora, você, todos dias, escreve apenas sobre Dhlakama? Não tem outro assunto? Toda hora esse fulano!? Esquece lá esse aí e escreve sobre coisas que interssam. Investiga, por exemplo, porquê a CNE e STAE tem medo de disponibilizar os Editais? Porquê as mordomias foram aprovadas sem a observação de critérios, assim como fazem no salário mínimo todos anos? Fala sobre a educação em Moçambique. Fala também do fenómeno estranho ligado ao adiantamento do salário antes das eleições do 15 de Outubro. Dhlakama já chega. Nos já percebemos e, agora, queremos ler sobre outros assuntos.
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  • Manuel Luis Amosse Sr. Juliao Joao Cumbane, ao ler o teu post, fiquei tao emocionado, pq tambem passei disso, tive 1 irma ampuntada a sangue frio o braco esquerdo porque depois de lhe capturar, alguns dias depois, tentou fugir, e para servir de exemplo para os outros que estavam na mesma situacao. Assassinaram a minha avo em 1990, que lhe encontraram a lavar roupa no rio MUTAMBA, queimaram o carro do meu avo materno, carregaram 1 manada de bois ate a base de NHANGELE. Sao atrocidades que so vao se apagar depois que o PAI CELESTIAL me chamar. Para os que lhe apoiam sao distraidos ou nao passaram as atrocidades desse sem vergonha. ABAIXO DHLAKAMA, ABAIXO MATSANGAISSA, ABAIXO RENAMO.
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  • Augusto Santos Afonso Dhlakama pir si so nao poderia se tornar/transfirmar em Heroi, mais provavel ter sido a Frelimo que por vontade ou por eneficiencia o transformiu num Salvador e quer queiramos que nao tem muitos seguidores.
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