sábado, 8 de novembro de 2014

Ser por merecer

 
BLOGANÁLISE -
Sexta, 07 Novembro 2014 00:00 | E-mail | Acessos: 133
"A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em... pessoas comuns.” - Abraham Lincoln
É espetacular fazer um percurso na vida e, a dado momento, olhar para trás e ver os sinais do passado. Ajuda a perspectivar o futuro. Só quem consegue extrapolar e valorizar as peripécias do seu passado saberá melhor sonhar com um futuro melhor.
Porém, futuro exige sonhos criativos e realizáveis, exige visão orientada para um objectivo específico prévia e devidamente traçado.
Na vida nada acontece por acaso. Tudo é fruto da nossa atitude e proactividade. O fracasso não é culpa do diabo. É resultado da forma como conduzimos o passado. O diabo é uma justificação “esfarrapada” para o nosso fracasso, assim como usamos outros subterfúgios como: Deus é que sabe, Deus é pai e tantas outras atribuídas às identidades artificiais e cómodas para a nossa vergonha.
Caros jovens moçambicanos, diz-se que casa de carpinteiro não tem porta, que o sapateiro anda com sapatos estragados e, por isso, não se riam de mim nem se guiem por mim.
Fiz muito pouco. Sigam o que eu muitas vezes digo e vocês concordam. Tentem ser melhores do que eu porque isso, mesmo sem eu saber, realiza-me espiritualmente.
Vivemos num mundo que exige cada vez mais de nós. Já não tem o mesmo significado a fórmula mágica que os nossos avós usaram para com os nossos pais quando estudar bastante, tirar boas notas e encontrar um bom emprego era sinónimo de segurança e estabilidade para toda a vida.
Actualmente já não existem empregos vitalícios, empresas sólidas. O cenário das relações de emprego mudou: continua existindo muito trabalho, porém cada vez menos empregos formais.
Estou muito preocupado com o crescente número de jovens que aderem à política com visão de realizar a vida, trabalhando como funcionários públicos obviamente. É frustrante ver jovens correndo atrás de um posicionamento político tendo em vista um bom emprego, de nomeação, ao invés de servir dessa oportunidade para aumentar a sua rede de contactos, juntar algum dinheiro e abrir um negócio próprio.
O jovem deve, sim, optar pelo empreendedorismo. Contudo deve, antes do mais, estar consciente de que a sua opção pelo negócio está exposta numa pista cheia de curvas e buracos, por onde ele transita à alta velocidade.
Infelizmente o nosso país não tem estatísticas sobre empresas fracassadas pois seria assustador observar, com números, a quantidade de iniciativas de negócio que não comemoraram o seu primeiro ano de existência.
Antes de perder tempo e dinheiro é necessário simular virtualmente ou no papel o funcionamento da sua iniciativa de negócio através de estudos de viabilidade e planos de negócios estruturados. Estes estudos simulados transformam os nossos sonhos ou aventuras e projectos concretos com riscos mensurados e mitigados.
Eder Luiz Bolson, que para mim é um dos maiores promotores do empreendedorismo do mundo, escreve no seu livro, (best seller) “Tchau Patrão” que, passo a citar: “ Os artistas de circo se expõem diariamente ao risco, contudo, eles rarissimamente acidentam porque planeiam, treinam exaustivamente antes de executar suas performances. O mesmo procedimento ocorre quando um empreendedor coloca sua ideia ou sonho no papel através da elaboração de um bom plano de negócio.” fim de citação.
Um dos pressupostos básicos do estudo é o seu objectivo e a sua finalidade. O plano de negócio traz, geralmente, uma explicação clara de como vai funcionar o negócio, nomeadamente a sua localização, dimensão, o potencial de mercado, as vantagens competitivas, o estudo da concorrência, as ameaças, um fluxo de caixa projectado e as análises económico-financeiras do investimento elementos que servirão, antes do mais, para convencer a si próprio sobre a viabilidade do negócio e a robustez da sua iniciativa.
O meu camarada candidato, o agora eleito, Filipe Nyusi, disse repetidamente e em várias ocasiões, que no seu coração cabem todos os moçambicanos. Devemos nos sentir felizes por saber que somos moçambicanos e, consequentemente, dentro deste grande coração.
Porém, lá dentro, temos que desempenhar o nosso papel de veias respiratórias com a devida eficácia para garantir que este grande coração continue a bater eficientemente. Não nos tornemos colesterol para dificultar o normal batimento do coração grande que, à priori, está aberto para todos nós.

1 comentário:

Anónimo disse...

mas a maior parte do povo nao escolheu ele.