segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Imprensa relaciona desaparecimento de Bachir Suleman com prisão de barões da droga do Quénia


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O desaparecimento do empresário moçambicano Mohamed Bachir Suleman poderá estar relacionado com prisões efectuadas recentemente no Quénia, numa operação em que foram presas quatro pessoas por alegado envolvimento no tráfico de heroína. As informações são da imprensa queniana e indiana.
A primeira ligação deve-se ao facto de na operação no Quénia, em que foi apreendida heroína,  estar envolvida a agência de combate à droga dos Estados Unidos, a Drug Enforcement Agency, conhecida por DEA.
Como se sabe, os Estados Unidos, em 2010, colocaram o empresário moçambicano na lista de barões da droga afirmando que ele liderava uma bem financiada rede de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro em Moçambique.
Este facto e a operação em Mombassa, no Quénia, podem por si sós não indicar uma ligação com o rapto de Suleman, mas as suspeitas de uma ligação entre os dois casos avolumam-se, não só devido ao facto do desaparecimento de Suleman ter acontecido poucos dias depois da operação em Mombassa, como também pelo facto de haver notícias de ligações indirectas do empresário moçambicano à operação que se desenrolou no Quénia.
Segundo a imprensa queniana, que cita autoridades nacionais, os presos são  Vicky Goswami, Baktash Abdallah ( que aparece também com o nome de Akash Abdallah) , o seu irmão Ibrahim Abdllah e Kulam Hussein.
Vicky  Goswami era um antigo sócio de Dawood Ibrahim de quem se afastou depois deste último ter sido acusado de ser o mentor de uma série de atentados bombistas em Bombaim, na India, que causaram a morte de 350 pessoas.
Por sua vez, a  imprensa indiana lembra que Goswami tinha sido preso em 1997, e condenado no Dubai a 25 anos de prisão  por tráfico de drogas. Entretanto, ele foi libertado ao fim de alguns anos por bom comportamento, tendo então partido PARA o Quénia
As mesmas fontes dizem que Vicky   Goswami associou-se  a Baktash (Akash) Ibrahim no negócio de drogas que expandiu-se rapidamente PARA a África do Sul.
Segundo o jornal indiano Mumbai Mirror, o empresário moçambicano Mohamed Bashir Suleman deu então ordens para se eliminar  Goswami e, para isso, contava com o apoio de Dawood Ibrahim.
O Mumbai Mirror vai mais longe e afirma que, como não conseguiu localizar Goswami,  Dawood teria passado informações sobre o tráfico de drogas à policia queniana, na esperança de que quando as autoridades quenianas prendessem os irmãos Abdallah pudessem então localizar Goswami.
Foi isso que aconteceu há cerca de duas semanas, quando a polícia prendeu não só os irmãos Abdallah, como também Goswami e um quarto acusado. Poucos dias depois, mais precisamente a 12 de Novembro, Mohamed Bachir Suleman desaparecia em Maputo sem deixar rastos. Até hoje a família não informou se foi ou não contactada pelos sequestradores.
No Quénia, as autoridades disseram que os Estados Unidos querem a extradição das quatro pessoas presas na operação levada a cabo em Mombassa, em que teriam participado agentes da DEA.
Até agora, o nome de Mohamed Bachir Suleman não foi mencionado pelas autoridades quenianas.
VOA – 17.11.2014

1 comentário:

Anónimo disse...

Você insiste em destruir o MBS. Existe alguma razão pessoal? O Mumbai Mirror não fala de Moçambicano. De onde você pressupõe isso?