sábado, 23 de agosto de 2014

António Muchanga exige reposição da sua imunidade


Antonio Muchanga em discurso directo:

"GORONGOSA NAO TEM PORTO PARA BARCOS DA EMATUM"



António Muchanga exige reposição da sua imunidade (#canalmoz)

Maputo (Canalmoz) – António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, exigiu na quarta-feira ao Presidente da República, Armando Guebuza, a reposição da imunidade que mandou... retirar no passado dia 7 de Julho deste ano.
“Estive hoje na Presidência da República a entregar o meu mandato de soltura, para ver se o Presidente da República vai repor a minha imunidade, retirada ilegalmente, uma vez que o crime de que era acusado prescreveu”.
Em conferência de imprensa um dia depois de ter sido restituído à liberdade, António Muchanga disse que está pronto para assumir todas as consequências da luta pelo bem do povo moçambicano.
“Continuo porta-voz do presidente Afonso Dhlakama, continuo porta-voz da Renamo, por isso estou pronto para assumir todas as consequências na luta pelo bem do povo”, declarou Antonio Muchanga.
O porta-voz da Renamo afirmou também que não sabe por que foi preso. Acusou o porta-voz do Presidente da República, Edson Macuácua, e do Governo de terem mentido ao povo, quando afirmaram que Muchanga foi “detido no Xénon”. Disse que, no Xénon, passou nesta mesma quarta-feira [ontem, dia 20], quando foi apresentar o seu mandato de soltura à Presidência da República.
“Estou satisfeito por voltar para junto da minha família. Antes, quero agradecer a solidariedade que recebi da imprensa, da sociedade civil e das comunidades religiosas, do partido Renamo, do presidente Dhlakama e de todo o povo moçambicano” disse o dirigente da Renamo, lamentando contudo: “Fiquei sem saber por que fui preso”.
Assumiu que tudo que disse antes de ser preso visava alertar as pessoas que pretendiam viajar, – algumas dessas viagens sem muita necessidade – sobre o que estava a acontecer na estrada e as autoridades omitiam, ou não davam a informar sobre a realidade.
Mas negou a acusação de incitação à violência e de ordenar ataques armados, argumentando: “Os generais como aqueles que estavam naquele encontro do Conselho de Estado do dia 7 de Julho sabem muito bem que os militares não recebem ordens pela imprensa”.
António Muchanga afirmou que o Conselho de Estado não pode continuar a ser “o Conselho dos Ímpios, como foi o de 7 de Julho”.
Por outro lado, ainda acerca da sua detenção, acusou Armando Guebuza de ter tentado “lavar as mãos dum pecado que é dele”.
Questionado sobre o regresso de Dhlakama, após esta sua soltura, o porta-voz disse que o presidente da Renamo não pode sair enquanto não houver cessar-fogo.
“Antes de ontem assisti pela televisão ao porta-voz do Governo a dizer que o Governo está disposto a mandar barco, helicóptero, motorizada ou bicicleta para trazer o presidente Dhlakama a Maputo.”
"O que todos sabem é que Gorongosa não tem porto para um barco da EMATUM atracar. Talvez o porta-voz do presidente quis dizer que o Governo vai criar condições para construir uma doca, um canal que ligue Gorongosa ao Oceano Índico, a fim de um barco ir levar o presidente Dhlakama. Mas, até lá, não há condições”, concluiu o porta-voz do presidente da Renamo. (Bernardo Álvaro)
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Photo: António Muchanga exige reposição da sua imunidade (#canalmoz)

Maputo (Canalmoz) – António Muchanga,  porta-voz do presidente da Renamo, exigiu na quarta-feira ao Presidente da República, Armando Guebuza, a reposição da imunidade que mandou retirar no passado dia 7 de Julho deste ano.
“Estive hoje na Presidência da República a entregar o meu mandato de soltura, para ver se o Presidente da República vai repor a minha imunidade, retirada ilegalmente, uma vez que o crime de que era acusado prescreveu”.
Em conferência de imprensa um dia depois de ter sido restituído à liberdade, António Muchanga disse que está pronto para assumir todas as consequências da luta pelo bem do povo moçambicano.
“Continuo porta-voz do presidente Afonso Dhlakama, continuo porta-voz da Renamo, por isso estou pronto para assumir todas as consequências na luta pelo bem do povo”, declarou Antonio Muchanga.
O porta-voz da Renamo afirmou também que não sabe por que foi preso. Acusou o porta-voz do Presidente da República, Edson Macuácua, e do Governo de terem mentido ao povo, quando afirmaram que Muchanga foi “detido no Xénon”. Disse que, no Xénon, passou nesta mesma quarta-feira [ontem, dia 20], quando foi apresentar o seu mandato de soltura à Presidência da República.
“Estou satisfeito por voltar para junto da minha família. Antes, quero agradecer a solidariedade que recebi da imprensa, da sociedade civil e das comunidades religiosas, do partido Renamo, do presidente Dhlakama e de todo o povo moçambicano” disse o dirigente da Renamo, lamentando contudo: “Fiquei sem saber por que fui preso”.
Assumiu que tudo que disse antes de ser preso visava alertar as pessoas que pretendiam viajar, – algumas dessas viagens sem muita necessidade – sobre o que estava a acontecer na estrada e as autoridades omitiam, ou não davam a informar sobre a realidade.
Mas negou a acusação de incitação à violência e de ordenar ataques armados, argumentando: “Os generais como aqueles que estavam naquele encontro do Conselho de Estado do dia 7 de Julho sabem muito bem que os militares não recebem ordens pela imprensa”.
António Muchanga afirmou que o Conselho de Estado não pode continuar a ser “o Conselho dos Ímpios, como foi o de 7 de Julho”.
Por outro lado, ainda acerca da sua detenção, acusou Armando Guebuza de ter tentado “lavar as mãos dum pecado que é dele”.
Questionado sobre o regresso de Dhlakama, após esta sua soltura, o porta-voz disse que o presidente da Renamo não pode sair enquanto não houver cessar-fogo.
“Antes de ontem assisti pela televisão ao porta-voz do Governo a dizer que o Governo está disposto a mandar barco, helicóptero, motorizada ou bicicleta para trazer o presidente Dhlakama a Maputo.”
"O que todos sabem é que Gorongosa não tem porto para um barco da EMATUM atracar. Talvez o porta-voz do presidente quis dizer que o Governo vai criar condições para construir uma doca, um canal que ligue Gorongosa ao Oceano Índico, a fim de um barco ir levar o presidente Dhlakama. Mas, até lá, não há condições”, concluiu o porta-voz do presidente da Renamo. (Bernardo Álvaro)


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