segunda-feira, 10 de junho de 2013

Traição ou mera estratégia

Fazendo uma crítica interna (própria de historiadores) da carta aberta dos médicos eis que me surgem algumas conclusões provisórias: seis foram os ideólogos, três desistiram de dar a cara - traição ou mera estratégia?. Enxerguem-se os locais deixados em branco, a quem pertenciam?
  • Eusébio A. P. Gwembe Ainda mais um aspecto a acrescentar: o nome de Pascoal Mocumbi não foi escrito pelo punho do próprio! Repare-se onde se escreve «Ver anexo».
  • Taisse Sigaúque Kikikikikikiki

    Dr° Mocumbi perdeu o número dele?
    K aconteceu???

    Hu
  • Eusébio A. P. Gwembe Taisse Sigaúque, mais um elemento a acrescentar. hehehehehe.
  • Antonio A. S. Kawaria Mana Taisse Sigaúque, já estás a perder o focus?
  • Antonio A. S. Kawaria Estou a imaginar AEG sentado com os seus conselheiros durante mais de 3 semanais, que se somarão as que passaram em greve, só a procurar saber quem seriam os donos dos espacos em branco, e qual é o nr de Dr. Mocumbi na AMM.
  • Eusébio A. P. Gwembe Atention, Antonio A. S. Kawaria, aqui pretendo apenas e unicamente emprestar o conhecimento que os historiadores usam para analisar e interpretar os diferentes vestígios materiais deixados pelo homem. Nada de politiquice nem de greve. KKKKKK
  • Taisse Sigaúque Ah ah ah ag ah
    Felizmente para o país não sou assessora do PR mano Antonio A. S. Kawaria.
    Mas se fosse teriamos algumas questoes para o Dr Mocumbi e algumas ideias (advise) sibre como lidar com esta greve.

    Mas... Estou como tu mano, nao tenho acesso ao Chefe de Estado.

    Kikikikiki
  • Eusébio A. P. Gwembe Dando um passo a mais para a crítica da autenticidade (também próprio dos historiadores) parece-me que o próprio documento a que se atribui ao Dr. Pascoal Mocumbi não foi por ele redigido. Pode ser que alguém o tenha redigido com o conhecimento daquele colocando o que era pomo da dúvida e de ambiguidade. Há muitas evidências para esta conclusão preliminar.
  • Antonio A. S. Kawaria Eusébio A. P. Gwembe, ainda tornas-te enganador. Ora, há que está a espera que todos os 84 médicos escreveram a carta? Há que está a espera que era ele a escrever todos os documentos do gabinete do PM?
  • Eusébio A. P. Gwembe Antonio A. S. Kawaria, este erro histórico acompanhou a História da Humanidade. Falo do erro da falsificação das intenções na qual atribuiu-se a autoria de um documento a alguém com um poder elevado de modo a garantir a sua credibilidade. A Bíblia está cheia de livros desta natureza e podemos estar diante do mesmo erro, na falta de autoridade.
  • Taisse Sigaúque Kikikikikiki
    Mas has de convir k ele assinava e sim, colocava o nr° mano.
    Ainda por cima, pelo imperativo do assunto, é preciso deixar claro e inequívoco que ele é uma pessoa deligente e que nao poe os asessors a "ponderarem" sobre a veracidade de ele ter empestado seu nome e prestígio a causa.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo A critica interna das fontes busca apurar a autenticidade "abwana" Eusébio A. P. Gwembe. Felizmente "abwana" nao precisa fazer esta critica porque as pessoas estao vivas. Va pergunta-las, que sao acessiveis. Nao nos "mate" com a sua critica interna de fontes. Deixe esta tarefa a historiadores do Sec. XXII. Mesmos estes, quando fizerem a critica externa, terao fontes alternativas para aferir a autenticidade do documento, por exemplo, recorrendo ao nexo da carta, assinada pelo Dr Mocumbi ou ao livro de ponto dos hospitais para ver se os medicos assinantes estavam ou nao de servico, ou mesmo para ver se pascoal mocumbi foi ou nao fundador da frelimo. Se me permitir sugerir, a critica interna que vejo possivel eh mesmo a de verificar se os olhos dos actuais dirigentes ainda continuam os mesmos ou nao, desde que a carta esta acessivel para a leitura. Eh que de tanto fazer a critica "interna" ao documento, algo de errado deve estar a acontecer. Sao pessoas vivas que assinaram a carta. Eh so ir ter com eles.
  • Eusébio A. P. Gwembe Mano Vaz, como interpreta os três espaços vazios, logo no começo da folha, dos quais um espaço intercalado?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Eu posso interpreta-los como quiser. Por exmeplo, que as pessoas nao puderam fisicamente assinar pelo seu punho seja porque a carta chegou tarde ou porque nao foram a tempo ou porque estavam longe. Uma vez que deviam faze-lo pelo seu proprio punho, ficaram em branco. Mas tambem pode ser interpretado como sinal de que mudaram de ideia e nao se aliaram...para o seu deleite. Porem, no momento como este eh necessario primar pelo razoavelmente compreensivel. A situacao esta mesmo pessima. Voce nao precisa de mais assinaturas para se convencer que os medicos estao em greve. E mais espaco, menos espaco nao retira a autenticidade muito menos a seriedade do documento. A discussao que pretende trazer nao eh cientifica como alias era o proposito do seu post. A discussao que pretende liderar eh meramente propagandistica...politica de bombeiro, diga-se tentando desacreditar, tirar o merito ou descridibilizar os mensageiros; a fonte.
  • Taisse Sigaúque Foi um erro de "visão" Eusebio.
    Nao vimos os espaços.

    Lol
  • Eusébio A. P. Gwembe Bom, vamos deixar para os historiadores do futuro. Um passo está dado. Este documento suscita muitas dúvidas, mas como disse, o momento não é próprio, Egidio.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Duvidas de que caro Eusébio A. P. Gwembe. De que nao foram eles os signatarios? Algum sitio vem o desmentido? Ou de que foram coagidos a assinar? Ou porque pelo espaço em branco perde toda a credibilidade? De que lado do acordo de cessar-fogo mario soares assinou em 1974? e porque o fez daquela maneira? tera sido pela forma e sequencia das assinaturas motivo bastante para se lancar o documento ao caixote do lixo? tera sido o desmentido ulterior de mario soares em que desmentia ter asinado o acordo, motivo suficiente para se considerar mocambique ainda uma colonia de portugal 30 anos depois? factos históricos sao construidos. acontecimento sao independentes deles. porem, a construcao de factos historicos obedece criterios claros. os factos politicos sao na sua maioria fortuitos....
  • Eusébio A. P. Gwembe Disse E. H. Carr. no seu What is History que, «os factos não se assemelham aos peixes expostos na montra do comerciante. Assemelham-se aos peixes que nadam no oceano imenso e muitas vezes inacessível; o que o historiador apanhará depende em parte do acaso, mas sobretudo da região do oceano que tiver escolhido para a sua pesca e do isco de que se servir». Estes três factores são, evidentemente, determinados pelo tipo de peixe que se propõe apanhar. Em geral, o historiador obterá os factos que deseja encontrar, contrariamente ao político. Todas as perguntas que formula são legitimas e tem a sua razão de ser. Ainda bem que as fazes como contemporâneo do acontecimento. No fundo Egidio Guilherme, podem ser perguntas na mente dos decisores desta situação capazes de os cegar a olharem o ângulo exacto do problema e a respectiva resposta. Este exercício de dúvidas pode dar um contributo acrescido aos que se agarram em questões marginais.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Ilustre Eusébio A. P. Gwembe quem me dera uma revista critica da historia de Moçambique. Voce pode ajudar a reescrever a historia, questionando por exemplo o papel de Chipande e as declaracoes de Nihia em relacao ao primeiro tiro. Na verdade, Chipande tirou proveitos politicos, economicos e ate sociais de longa duracao ao ter beneficiado da impunidade ao longo de todo este tempo em virtude de ter sido o tal do primeiro tiro. Mas Nihia contesta dizendo que foi uma questao de distancia, uma vez que Chipande "correrra" para documentar o seu tiro, que de resto, nao matou ninguem. Mas porque eventualmente vai-lhe convir nao tocar neste e noutros assuntos, a nossa revista critica de historia fica limitada ao documento dos medicos. Vamos a isso. Abracos e boa noite
  • Eusébio A. P. Gwembe Pela História Ciência, teria todo o prazer de pôr estas questões em revista, aliás, a própria História é reescrita em função de novos dados que em determinada altura tinham escapado intencional ou propositadamente ao historiadores de então. Pode contar comigo, Egidio Guilherme Vaz Raposo. Boa noite

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