segunda-feira, 10 de junho de 2013

Responsável por fugas de informação nos Estados Unidos vai pedir asilo

 


 
 

O ex-técnico contratado da CIA e antigo consultor  da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, responsável por  fugas de informação nos Estados Unidos, disse hoje que vai pedir asilo a  qualquer país que "acredite na liberdade de expressão".  

Em entrevista ao 'Washington Post', Snowden, que se encontra atualmente  em Hong Kong, disse que tem a intenção de pedir asilo a "qualquer país que  acredite na liberdade de expressão e que se oponha a que a privacidade dos  cidadãos seja posta em causa".
O ex-técnico da CIA revelou hoje que foi a fonte dos diários 'The Guardian'  e 'Washington Post', que divulgaram os programas de espionagem dos Estados  Unidos que permitem consult ar os registos de chamadas e utilização de redes  sociais.
Em declarações ao jornal 'The Guardian', Edward Snowden disse ter divulgado  informações confidenciais do governo dos Estados Unidos motivado apenas  pelo desejo de informar o público sobre a "máquina de vigilância em massa"  daquele país, segundo a agência AFP. 
"Não tenho nenhuma intenção de esconder quem sou, porque sei que não  fiz nada de errado", afirmou o Snowden, numa altura em que o governo norte-americano  procurava indícios criminais sobre a fuga de informação.
Snowden foi ex-assistente técnico da agência de informações CIA, trabalhou  quatro anos na Agência de Segurança Nacional (NSA) como um empregado de  vários fornecedores externos, incluindo a Dell e a Booz Allen Hamilton,  o seu atual empregador.
"O meu único motivo foi o de informar o público sobre o que é feito  em seu nome e o que é feito contra ele", revelou Snowden na entrevista.
A CIA já tinha aberto uma investigação sobre as fugas de informação,  uma situação que classificou como "angustiante" e que poderia causar "danos  enormes" nos serviços de informação dos Estados Unidos, depois da informação  'secreta' ter sido divulgada pelos jornais 'The Guardian' e 'The Washington  Post'.
Lusa  
Islândia recorda que Snowden deve pedir asilo pessoalmente no país
REYKJAVIK — A Islândia informou nesta segunda-feira que qualquer pessoa que deseja obter asilo político, como declarou que pensa em fazer Edward Snowden, depois de ter revelado o programa americano de vigilância das comunicações, deve primeiro entrar em seu território.
A diretora do departamento responsável pelos pedidos de asilo, Kristin Volundardottir, afirmou ao jornal Morgunbladid que o país não recebeu qualquer pedido.
"E a regra é que você deve estar na Islândia para fazer este pedido pessoalmente", explicou.
Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, Snowden, de 29 anos, afirmou que se refugiou em um hotel de Hong Kong.
Ele citou "a sólida tradição de liberdade de expressão" na cidade e disse que esperava que as autoridades não o extraditassem para os Estados Unidos. Também afirmou que pretende solicitar asilo à Islândia, conhecida segundo ele por apoiar "os que defendem a liberdade na internet".
O jovem trabalhava para uma empresa que prestava serviços à Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos.
Snowden divulgou documentos sobre o programa de vigilância dos Estados Unidos das ligações telefônicas feitas pela operadora Verizon, e aparentemente por outras empresas, assim como das comunicações de internautas estrangeiros em nove grandes redes sociais, incluindo Facebook e Skype.
Uma fundação islandesa de defesa da liberdade de expressão, International Modern Media Institute, afirmou no domingo que tentava entrar em contato com Snowden e destacou que "a Islândia poderia não ser o melhor lugar" para evitar a extradição.
Hong Kong, um território semi-autônomo da República Popular da China, tem desde 1996 um tratado de extradição com os Estados Unidos, que reserva um direito de veto a Pequim.
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