quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quem atacou o paiol de Savane?

 

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Guebuza não acusa a ninguém
Assalto a quartel em Sofala.
  • Governo diz que não tem dúvidas que foram homens de Afonso Dhlakama   
  • Polícia em Sofala desmente e sublinha que nenhum dado leva a crer que seja a Renamo
  • Fontes ligadas à área militar dizem que quem assaltou o paiol de Savane conhece-o muito bem
O governo moçambicano e a Polícia da República de Moçambique contradizem-se em relação aos autores do assalto ao paiol de Savane, em Sofala. O ministro do Interior, Alberto Mondlane, disse ontem que não há dúvidas que foram os homens armados da Renamo que atacaram o quartel e adiantou que a polícia está à procura dos responsáveis.
O porta-voz do XIX Conselho de Ministros, Gabriel Muthisse, alinha com a afirmação do ministro do Interior e disse mesmo que “não existe uma outra entidade que possa ter levado a cabo esta acção.” 

“O percurso deste partido, as ameaças que vem proferindo ao longo dos últimos meses, até diria ao longo dos últimos anos, os antecedentes de Muxúnguè e de outros locais e tentativas, que se assistiram nos últimos meses, de concentração de homens armados em vários locais do nosso país, o ‘modus faciendi’, tudo isso, mostra-nos que esta é uma acção da Renamo”, disse o porta-voz do governo.
Entretanto, a polícia em Sofala, que acompanha todas as operações em Savane, discorda do posicionamento do governo, incluindo do próprio ministro de tutela, o do Interior, Alberto Mondlane.
O comandante da PRM em Sofala, Joaquim Nido, disse ontem que não há dados que evidenciem que foram os homens armados da Renamo que assaltaram o paiol de Savane e preferiu falar de perturbação à ordem pública.
“Em nenhum momento conseguimos identificar se são indivíduos que pertencem a uma formação política como a Renamo. É mais um caso de perturbação à ordem pública, daí que apelamos à calma da população de Sofala”, disse Joaquim Nido.
Mais cauteloso, o presidente da República reagiu a partir de Niassa, onde se encontra em presidência aberta. Armando Guebuza não acusou a Renamo nem mesmo chegou a falar desta formação política.
A ausência de Armando Guebuza no Conselho de Ministros reflectiu-se no desalinhamento entre as afirmações do Chefe do Estado, Alberto Mondlane e Gabriel Muthisse. O Chefe de Estado tem dúvidas sobre quem são os autores do ataque a Savane, tal como o comandante da PRM em Sofala. Só os ministros do Interior e o porta-voz do Governo, curiosamente sem estarem no terreno, acusam elementos de Afonso Dhlakama.
O PAÍS – 19.06.2013


Aviso? Antes avisaram? Porque avisam hoje? E avisam a quem? A Moçambicanos? Quais moçambicanos? Qual é o interesse em informar hoje se antes isso nunca aconteceu? Não será para gerar medo e pânico? Para paralisar as actividades? Para criar prejuízos incalculáveis? Seja como for, até amanhã o discurso pode mudar, falta ainda algum tempo e se podemos falar!
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