quarta-feira, 5 de junho de 2013

“Não há como resolver as exigências dos médicos”

 
 
- diz Guebuza alegando que“o País…é pobre”
 
2013 06 05 003
 
Maputo (Canalmoz) – Naquilo que constitui a sua primeira reacção pública à greve dos médicos e outro pessoal de saúde que já se arrasta há mais de duas semanas, o chefe de Estado, Armando Guebuza, disse que “não há como resolver as exigências dos médicos”. A justificação de Guebuza para tal posição não podia ser mais interessante. É que, segundo Guebuza, “o País é pobre”.
Só que Guebuza, que falava em Seul, capital da Coreia do Sul, não explicou como é que um País pobre consegue sustentar a vida de luxo que o batalhão de dirigentes do País e seus familiares levam. Aliás, só a filha do chefe de Estado é simplesmente uma das mulheres mais ricas de África, segundo escreveu a revista Forbes.    
Para responder à preocupação dos médicos, que paralisaram por completo quase que todas as unidades sanitárias, Guebuza diz que “o País é pobre”. O chefe de Estado reconhece legitimidade das preocupações dos médicos mas diz que “não há como resolver as exigências dos médicos, dado que o País é pobre e não pode dar mais, porque não são só os médicos que estão a exigir o aumento salarial, mas, sim, quase todos os moçambicanos”, eis a explicação de Guebuza.
 
Dossier “conversações com a Renamo”
 
Num outro desenvolvimento, Guebuza falou das negociações entre o Governo e a Renamo, mas concretamente no que tange à participação ou não da Renamo nos pleitos eleitores. O presidente da República disse que a Renamo deve participar nas próximas eleições por se tratar de um partido político “muito importante no País”.
Para Guebuza, não faz sentido que a Renamo não participe no processo. Recorde-se que a Renamo recusa-se a fazer parte de qualquer processo que vise a realização das eleições enquanto não forem sanadas questões que considera “pontuais” na Lei Eleitoral. (Raimundo Moiane em Seul)
 

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