terça-feira, 18 de junho de 2013

Mais uma vez diálogo terminou sem consenso

  Discussão do Pacote Eleitoral  
 
 

2013 06 18 001 
Maputo (Canalmoz) - A ronda de ontem do diálogo entre o Governo moçambicano e a Renamo, realizada no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, terminou cerca de 21 horas sem que  as partes alcançassem consenso. Estava em discussão o pacote eleitoral.
A sessão, tal como a anterior, teve muitas paragens para concertações e consultas a nível das partes.
“Mais uma vez estamos perante a segunda interrupção do nosso diálogo como aconteceu anteriormente, à volta dos mecanismos de remissão à Assembleia da República, a matéria apresentada pela Renamo em torno da legislação eleitoral”, disse o chefe da delegação do Governo, o ministro da Agricultura, José Pacheco.
De acordo com Pacheco, a Renamo não entende que deve ser ela a submeter o documento a Assembleia da Republica, como matéria do seu interesse.
“Apesar da cordialidade as sessões sofreram muitas interrupções. Entendemos que a Renamo precisa de se situar com clareza”, afirmou o ministro reconhecendo por outro lado que “as matérias apresentadas pela Renamo estão claras”.
“Nas actas e nas sínteses parece que há acordo, mas no fim a Renamo vem exigir que o documento seja submetido por ambas as partes” disse o chefe da delegação governamental, clarificando onde está o nó da discórdia.
O ministro admitiu que perante o impasse “tudo indica que podemos estar perante a necessidade de alargarmos os tempo indicados (30 dias) nos termos de referencia para podermos conversar mais”.
 
Posição da Renamo
 
“Queremos dizer ao Povo Moçambicano e ao Mundo que não chegamos a nenhum acordo político de levar os pontos apresentados pela Renamo a AR”, disse Por sua vez, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, justificando que o produto do diálogo tem que ser suportado por todas as partes.
“Continuamos sem resultados no nosso diálogo. Queremos resultados que garantem a estabilidade, a Paz, a democracia, eleições livres e transparentes em Mocambique” afirmou o chefe do Conselho Jurisdicional da Renamo.
“Não assinamos a acta porque há um trabalho que tem de ser concluído. A Renamo não vai passar para nenhum outro ponto sem que se chegue a consenso ao ponto do pacote eleitoral” avisou a fonte concluindo que “a Renamo quer consenso do documento e não diz para o ser o governo a submeter a AR”.
Recorde-se que a ronda de ontem estava dedicada à nova redacção da acta da sessão anterior que debateu sobre o Pacote Eleitoral (vsff Canalmoz de 17.06. 13). (Bernardo Álvaro)

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