quinta-feira, 6 de junho de 2013

Guebuza fala de “Moçambique estável e democrático” para atrair investimentos

 Na Coreia do Sul  
 
 
Maputo (Canalmoz) – O chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, vendeu ontem a imagem de um Moçambique democrático e estável para convencer empresários sul-coreanos a investirem no País. Guebuza chegou mesmo a dizer que “Moçambique tem segurança e leis que protegem os investimentos tanto públicos como privados”, como se alguém tivesse dito o contrário.
Guebuza falava em Seul durante a sessão de abertura do Fórum de Negócios que contou com a participação de empresários moçambicanos e do País anfitrião.
No seu discurso de abertura, o presidente da República destacou o facto de Moçambique possuir um bom ambiente de negócios, o que propicia atracção de investimentos públicos e privados tanto internos como estrangeiros.
“O nosso País possui um bom ambiente de negócios, uma vez que há paz, segurança e leis que protegem os investimentos tanto públicos como privados”, disse o chefe de Estado moçambicano, para depois acrescentar: “É por isso que estamos aqui não só para reforçar as nossas relações de cooperação bilateral no domínio político e diplomática, mas, também, para convidar os empresários deste País a investir em Moçambique, dado ao facto de possuir enormes oportunidades de investimentos e de negócios em diversas áreas tais como: agricultura, pesca, turismo, agricultura, exploração mineira, energia, entre outros”.
Neste encontro com empresários, Guebuza testemunhou a assinatura de três memorandos de entendimento. Primeiro entre a Federação Industrial Coreana e o Centro de Promoção de Investimentos (CPI). Em segundo lugar entre a Federação Industrial da Coreia e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). Por último, entre a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e (ENH) e a KOGAS.
Os três memorandos de entendimento rubricados e a abertura da embaixada coreana em Moçambique, segundo o chefe de Estado moçambicano, vão impulsionar cada vez mais a confiança que os coreanos precisam para investirem em Moçambique.
“Esta confiança será completada pelas leis nacionais de protecção do investimento estrangeiros e por acordos com várias organizações internacionais com as quais Moçambique coopera na protecção de investimentos”, explicou Guebuza.
 
“Vamos realizar eleições” 
 
Sem mencionar que a Renamo, o maior partido da oposição, está a boicotar o processo eleitoral e que o recenseamento eleitoral anda de mal a pior, Guebuza, para convencer ainda mais o sector privado e público sul-coreano para investir em Moçambique, disse que o País tem respeitado as regras de democracia, um dos principais factores que atrai qualquer investimento.
“Em Novembro próximo vamos realizar as quartas eleições e em 2014 vamos ter as quintas eleições gerais, assegurou o presidente da República para depois realçar: “São estes e outros feitos que demonstram o nosso cometimento com as principais regras da democracia e criação de um ambiente político favorável à atracção de investimentos. Portanto, é chegada a hora de a Coreia e Moçambique juntarem as forças e avançarem unidos nesta longa caminhada rumo ao alcance de crescimento rápido e sustentável”, finalizou.
 
Ainda ontem o chefe de Estado recebeu em audiência o presidente da GS Engineering and Construction, Woo Sang-Ryong, o governador da província de Gyeongsangbuk-Do, Kim Kwan-Yong, e visitou a Assembleia Nacional, onde foi recebido pelo respectivo presidente. (Raimundo Moiane, em Seul)

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