sábado, 29 de junho de 2013

Genebra 2: boatos, provocações e ações reais : Voz da Rússia

Serguei Lavrov RIA Novosti O Ministério das Relações Exteriores russo desmentiu a informação sobre possível fechamento da embaixada e de base de apoio técnico na Síria. Serguei Lavrov qualificou de boatos e provocação semelhantes comunicados. Em coletiva de imprensa na sexta-feira (28 de junho), o ministro russo também falou dos esforços conjuntos com os EUA para solucionar a crise na Síria. Jogadores externos atrapalham resultados positivos – salientou Lavrov. Estas e outras "questões surgidas" ele planeja debater com o colega americano já na próxima semana, durante as conversações no campo da cúpula ministerial do ASEAN em Brunei. A questão síria, como se esperava, foi o tema principal da coletiva de imprensa no ministério do exterior russo na sexta-feira. Em face de comunicados surgidos sobre o possível fechamento da embaixada russa em Damasco e da base de Tartus, não foi nem mesmo feita uma pergunta sobre Edward Snowden. A informação sobre a saída da Rússia da Síria foi divulgada no início da semana pelo jornal britânico Guardian. A Edição citou também a data exata de fechamento da missão diplomática – 1º de julho. O ministro do exterior russo declarou que tudo isto são boatos – os diplomatas, como também os funcionários da base em Tartus, continuam a trabalhar normalmente. "Estes são boatos da categoria de especulações e provocações, que têm a finalidade de preparar, pelo visto, na opinião pública, terreno para aceitar os esforços visando a mudança do regime. Nossa embaixada trabalha em regime normal, cumprindo as funções de missão diplomática, mas, naturalmente, em condições muito perigosas. Também funciona o ponto de abastecimento material técnico da frota russa em Tartus. Não se fala de evacuação do ponto nem de seu pessoal. Há muito tempo já o serviço do ponto é prestado exclusivamente por pessoal civil, que faz tudo para que ele funcione." Outro palpitante "tema sírio" são os fornecimentos de armas aos rebeldes sírios. Inclusive a informação sobre a intenção dos EUA de começar o envio de armas em trânsito através da Irlanda. Os comunicados surgiram uma semana depois da cúpula significativa do G8 e nas vésperas das conversações de Lavrov e Kerry. O ministro russo declarou que os possíveis fornecimentos de armamentos à oposição violam a concepção da nova Conferência de Genebra: "Quando nós promovemos a iniciativa conjunta russo-americana, nós salientamos que a participação na conferência, tanto do governo como da oposição, deveria ser feita sem condições prévias. Os oposicionistas, que são apoiados pelo Ocidente e alguns países da região, declararam que eles não iriam a Genebra, enquanto não restabelecessem o equilíbrio militar no teatro de operações. Considerando isto, a ação de encher de armas a oposição significa apenas que esta condição prévia é apoiada tanto pelo Ocidente, como por outros países. As questões surgidas neste sentido em relação à posição dos EUA eu irei debater obrigatoriamente com John Kerry, no início da próxima semana." Não se exclui que Lavrov e Kerry debaterão também outra questão incômoda – os fornecimentos de armas aos rebeldes sírios, que já são feitos a partir da Líbia. Semelhante "contrabando" – segundo os meios de informação de massas – parte da Europa através do Golfo Pérsico há bastante tempo já. E semelhantes casos de violação do embargo devem ser investigados no âmbito da ONU – salientou o ministro russo. Todas estas declarações foram feitas por Lavrov na conferência conjunta com o colega marroquino – Saad ad-Din Al-Osmani. Ambos os ministros, avaliando a situação na Síria, salientaram: Moscou e Rabbat são a favor da solução de paz no país, sem interferência externa, O ministro do exterior de Marrocos declarou: "Se houver concordância da Rússia e EUA, isto influirá positivamente sobre a situação na Síria". Serguei Lavrov assinalou em resposta que se tudo dependesse apenas deste fator, o resultado seria alcançado. Mas, infelizmente, influem sobre a situação "muitos outros jogadores" cujas intenções podem não coincidir absolutamente com os planos conjuntos de Washington e Moscou. Polina Tchernitsa Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/2013_06_29/genebra-2-boatos-provocacoes-e-acoes-reais-3030/

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