quarta-feira, 5 de junho de 2013

Daviz Simango denuncia irregularidades no processo de recenseamento eleitoral

  Nas províncias da Zambézia, Sofala, Gaza e Maputo  
 
 
Maputo (Canalmoz) – O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, denunciou as irregularidades no processo de recenseamento eleitoral em alguns pontos nas províncias da Zambézia, Sofala, Gaza e Maputo. Alertou que se não forem tomadas medidas correctivas, todo o processo pode ficar viciado nas 53 autarquias.
Simango, que falava ontem em conferência de Imprensa, em Maputo, disse, por exemplo, que a directora do Secretariado de Administração Eleitoral da Beira instruiu no passado dia 1 de Junho, num encontro que teve lugar na Escola Secundária Samora Machel, aos supervisores para não deixarem recensear mais de 20 eleitores por dia e rejeitar outros documentos diferentes do Bilhete de Identidade.
Disse também que no município de Dondo, os secretários do partido Frelimo andam de casa em casa a registar pessoas para o recenseamento e de seguida fixam as listas do partido no posto de recenseamento.
O edil da Beira disse que no município de Gúruè, na Escola Primária Completa Contaco, os brigadistas não aceitam que um fiscal do MDM visualize os dados diários. Em Alto Molócuè, o secretário da Frelimo produz e distribui senhas para os eleitores, com carimbo da Frelimo. Em Quelimane, o director do STAE orientou os brigadistas para continuarem a violar a lei número 5/2013 no seu artigo 16 alínea d) que dá direito de conhecimento de todos os postos de recenseamento aos fiscais, fazendo com que os fiscais não tenham informações do que acontece nos cadernos de recenseamento eleitoral.    
Denunciou ainda que na província de Gaza, o recenseamento arrancou com sérios problemas como o caso de avarias nos equipamentos, principalmente nos postos de recenseamento da Unidade 1; Patrice Lumumba; 25 de Junho e Amílcar Cabral, o processo arrancou mas não davam cartões, dizendo que deveriam regressar no dia seguinte. Já em Chókwè, nem todos os postos de recenseamento arrancaram no dia previsto; o director do STAE falou com os fiscais do Partido Frelimo nos postos de recenseamento, proibiu a entrega de dados aos fiscais e intimida-os.
Disse que na província de Maputo, mas concretamente em Namaacha, o processo não havia arrancado até ao dia 2 de Junho esperando-se pelo material de recenseamento.      
 
Desafio ao STAE
 
O Movimento Democrático de Moçambique desafia o STAE a apresentar as projecções dos eleitores por autarquia e metas médias diárias a serem recenseadas por cada brigadista até ao fim do processo de modo a que nenhum moçambicano fique prejudicado por negligência, incompetência ou transferência político-partidário.
“Queremos viver em paz, queremos eleger e queremos cultivar confiança nos servidores públicos”, disse. (Cláudio Saúte)
 

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