domingo, 23 de junho de 2013

ATAQUES DA RENAMO: Moçambicanos clamam pela paz e condenam guerra

 

March pazMILHARES de pessoas saíram a rua , sábado passado, em todo o país,  em manifestações de protesto contra as ameaças da Renamo de retorno a guerra, na sequência do ataque perpetrado por homens armados do ex-movimento rebelde, em Muxúnguè, província de Sofala, de que resultou na morte de duas pessoas, ferimentos e destruição de bens móveis e imóveis.
 
Maputo, Segunda-Feira, 24 de Junho de 2013:: Notícias
                 
A palavra-chave que mais soou nas marchas de protesto, foi paz. Um apelo reiteradamente lançado numa iniciativa que pertenceu a sociedade civil, igrejas e que contou com a simpatia de alguns partidos políticos como a Frelimo.
Apelos à paz e a concórdia

Marcha de repúdio em Nampula e Nacala

Maputo, Segunda-Feira, 24 de Junho de 2013:: Notícias
NA cidade de Nampula a marcha de repúdio contra a violência armada protagonizada pelos homens da Renamo na região de Muxúnguè, contou com a participação do membro da Comissão Política do partido Frelimo e chefe da brigada central afecto àquela província, José Pacheco, o qual repudiou veementemente tal violência considerando que se trata de acções que atentam a paz, unidade nacional e democracia no nosso país.
Falando a jornalistas, Pacheco reiterou que a única via para a solução dos nosso problemas como um povo independente e unido do Rovuma ao Maputo, é o diálogo, daí que o Governo moçambicano vai continuar a dar privilégio conversando com a Renamo, para encontrar consensos mas sem ceder a imposição, por forma a manter a estabilidade política em Moçambique.
A governadora de Nampula, Cidália Chaúque, disse não justificar que num momento em que o Governo está a manter o diálogo com o partido de Afonso Dhalkama, os seus homens enveredem pelos caminhos violentos que perigam a paz, democracia, unidade nacional e estabilidade política do nosso país.
As centenas de pessoas que marchavam em Nampula entre governantes, políticos, religiosos, empresários e sociedade civil vinham na sua maioria trajadas de branco para simbolizar o desejo a paz.
“Não queremos mais a guerra no país, porque já nos ensinou que ela somente traz o luto e destruição”, esta foi a tónica das mensagens que a nossa reportagem pode colher por parte de alguns citadinos de Nacala-Porto que no passado sábado se organizaram e marcharam nas diversas artérias da urbe.
Uma marcha organizada espontaneamente por grupo de personalidades daquela cidade, arrastou consigo quase cinco centenas de pessoas, que afirmaram que estas acções da Renamo, tem como objectivo destruir a economia do país que está a florescer e vidas humanas e consequentemente desestabilizar o país.

Beira contra o belicismo

Maputo, Segunda-Feira, 24 de Junho de 2013:: Notícias
MILHARES de cidadãos fizeram-se à rua sábado último, na cidade da Beira para repudiar os ataques perpetrados pela Renamo que resultaram na morte de sete militares e dois civis e ainda cinco feridos em Savane e Muxúnguè, nos distritos de Dondo e Chibabava, na província de Sofala.
Além dos membros e simpatizantes da Frelimo, participaram membros de organizações religiosas, sociedade civil e de continuadores com dísticos num cortejo que partiu da rotunda do Goto indo desaguar no campo da Escola Pré-Universitária Samora Moisés Machel.
Em representação da sociedade civil, o cidadão João Pedro apelou ao Governo e à Renamo a sentarem à mesma mesa o mais rapidamente possível para encontrarem soluções para a paz porque a guerra não leva a lado nenhum. Já o representante do Estado na cidade da Beira, António Cuela, explicou aos presentes as consequências que a guerra pode provocar apelando a todos no sentido de repudiarem todas acções tendentes a desestabilizar o país.
Por seu turno, a Frelimo, pela voz do seu 1º secretário naquela urbe, Lino Masssinguine, falou aos presentes dos esforços que o Governo tem feito para a consolidação da paz. Falou dos passos negociais em curso e aproveitou a ocasião para apelar às pessoas a não apoiarem as ideias da guerra.
Já o governador de Sofala, Félix Paulo, explicou aos cidadãos que a Renamo está pôr o processo negocial de lado porque quer a todo custo chegar ao poder sem seguir os processos democráticos que tem as leis como a base.
“Nós condenamos a estas atitudes da Renamo e chamamos a atenção para pautar pela paz” - recomendou Félix Paulo.

Cidadãos repudiam violência em Tete

Maputo, Segunda-Feira, 24 de Junho de 2013:: Notícias
A POPULAÇÃO de Tete apelou a continuação do diálogo construtivo entre o Governo e a Renamo para evitar o retorno à guerra que atrasou o desenvolvimento do país e semeou luto nas famílias. O apelo foi feito durante a manifestação realizada sábado, na cidade de Tete, em repúdio aos ataques da Renamo em Muxúnguè, província de Sofala.
O religioso, Rosário dos Santos, do Conselho Cristão de Moçambique, disse na mensagem da instituição, que a paz tem um significado nobre e sagrado nas pessoas, tendo acrescentado que “sem ela a vida não tem sentido”.
Para as crianças de Tete, através de uma mensagem lida no final da marcha, por Rosária Wezulo, a paz é sinal de uma prosperidade para aquela geração porque “vamos crescer melhor, estudar e programar o nosso futuro”.
O diálogo é a forma principal para eliminarmos os nossos dividendos, segundo disse o representante do Estado na cidade de Tete, Celestino Checanhenza, que acrescentou que “a guerra provoca destruição, semeia a morte e luto nas famílias e instala a miséria”.
O desfile organizado pelo partido Frelimo foi bastante concorrido onde se notou uma grande presença de religiosos, quadros do partido e Governo, políticos entre outros segmentos da sociedade civil.

Cabo Delgado contra a linguagem das armas

Maputo, Segunda-Feira, 24 de Junho de 2013:: Notícias
ORGANIZAÇÕES cívico-religiosas, tendo à frente a Frelimo, marcharam, sábado na cidade de Pemba, em Cabo Delgado, numa manifestação destinada ao repúdio aos ataques protagonizados pela Renamo, na província de Sofala. 
As mensagens que foram lidas, depois de os manifestantes terem desembocado no local do comício, foram no sentido de que “ não queremos mais guerra em Moçambique, que haja diálogo e tudo seja feito para que não mais voltemos `a linguagem das armas”.
Por outro lado, cidadãos contactados disseram que “só uma loucura colectiva pode nos fazer retroceder do caminho que estamos a trilhar, cheio de esperanças a nível individual, colectivo, sobretudo no que respeita ao desenvolvimento económico que se anuncia, fruto de esforços que estão em curso em todo o país, mas também em função das descobertas de recursos minerais, principalmente aqui na nossa província”.
“Queremos continuar a viajar pelo país quando e como queremos, sem restrições de alguma espécie” passagem duma mensagem duma organização não-governamental, apelando ao fim das hostilidades e ao diálogo político para se ultrapassar a actual situação que considerou explosiva, do país.

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