domingo, 19 de maio de 2013

Vozes da Razão (1)

Observações:
 
Em Moçambique não existem várias verdades, apenas uma, e essa não tem eco nas bocas amarguradas propaladas pelos porta-vozes da Renamo, nem do lixo que se pretende informativo
denominado Canalmoz. A verdade está no sentir do patriotismo nacional, que apesar dos circunstancialismos de subdesenvolvimento inerentes, défice infra-estrutural, défice de educação face à proporcionalidade das exigências, gravitam em torno do executivo de Armando Guebuza. Este voto de confiança no executivo tem sido o tónico e referencial de coesão política no partido Frelimo, e uma recompensa pela adopção de uma política económica admirável, com resultados tangíveis e que poderão, a curto prazo, levar os moçambicanos a patamares aceitáveis com o desenvolvimento sustentável.
 
Sabe-se também que está na forja a criação de um fundo com o objectivo de promover o desenvolvimento socioeconómico de Mocambique, a partir dos proventos do gás natural, carvão e energia, através do desempenho dos seus investimentos. A estratégia financeira do fundo será criar rendimentos atractivos de longo prazo e com a melhor relação de risco/benefício, através do investimento em diversas classes de activos em Mocambique.
Existem fortes convicções políticas e culturais em torno da obra do partido Frelimo e do executivo a requerer tempo, num plano em progresso a exigir formação e educação, melhor planeamento no empreendedorismo como motor de desenvolvimento económico iniciado pelo presidente Guebuza.
É verdade que o crescimento económico tem sido alimentado por factores externos, e muito pouco pela competividade interna. A competitividade interna tem muito a ser melhorada e a ausência de uma indústria transformadora que aumente os níveis de produção e produtividade, que permita a subida dos salários básicos, o seu principal Calcanhar de Aquiles. De qualquer forma, e apesar das cheias, o crescimento do PIB em 7,5 em 2012 é dos mais elevados do mundo o que reflecte a rápida expansão e o rápido aumento da produção do carvão, bem como dos serviços financeiros, transportes comunicações  e agricultura.
Segundo o FMI, o país deve obter maior assesoria com enfoque na legislação fiscal para a mineração e de hidrocarbonetos, que são sectores muito especializados e complexos. Moçambique, neste sector, deve actualizar-se dotando-se das melhores práticas internacionais.
Portanto, o estado de saúde da nossa economia é saudável e o estado de saúde da nossa democracia está no caminho certo.
A herança sociológica à esquerda adquirida pelo partido Frelimo, hoje, abrange um universo englobando quadrantes do centro a todas sensiblidades patrióticas. A verdade é que a política abomina o vazio, um vazio que uma oposição desorganizada por incapacidade e falta de tacto político não foi capaz de aglutinar.
 
Um vazio que o partido Frelimo capitalizou tornando-se em força irredutível e sempre presente ao responder aos anseios de várias classes sociais nacionais. O que na verdade preocupa a Renamo em se definir como partido político é a falta de espaço político por onde se possa expandir. Sentem-se asfixiados e politicamente uma ilha, daí não confiar na sociedade em geral. A culpa foi da própria direcção da Renamo, que se limitou-se a esbanjar os proventos acumulados do AGP e ficar de braços cruzados.
Para a oposição, especialmente para o maior partido da oposição, não bastava dizer que está comprometido com a democracia. O mais importante é a integração que tem a ver com a transformação das mentes. Apesar de vivermos numa sociedade por força de expressão, em densenvolvimento, a sociedade exige factores políticos e comportamentais democraticamente padronizados; sabe que globalmente ninguém com mínimo de conhecimento cientifico, em especial  jovens, se  permite a uma associação a concepções redutoras assumidas da Renamo.
 
Numa sociedade em permanente transformação como a nossa, a ideia expressa em sectores da oposição em conotar a acumulação de riqueza  à classe política dirigente, como arma de arremesso político, não sendo verdadeira, tem como implicação imediata  desacreditar o executivo como polo central de todo crescimento económico e o de promover  potencial crispação social. Discursos incendiários da Renamo visam manipular os anseios de incautos e frustrados da vida. Existe uma associação lógica entre poder político e económico, que mexem com vários conceitos sociológicos, políticos, históricos e até psicológicos, mas essa não é exclusiva de Moçambique. Este tipo de associação em sociedades subdesenvolvidas pode ser potencial argumento de agitadores para promover a sua agenda de destruição. Porém a ideia de que as discrepância socioeconómicas em Moçambique podem ser capitalizadas pela Renamo como trunfo político, apenas ilustram a falta de ideias e de imaginacao assim como ausencia de plano alternativo em relacao ao poder vigente. Apesar de tudo, os amuos recorrentes da Renamo em reavivar o AGP, não são inocentes nem casuais. Obedecem a uma cadência estratégica pensada, a que os seus mentores consideram apelativa em função da evolução económica de Moçambique.
 
O AGP visava as eleições gerais de 1994, tendo ficado plasmado na Constituição da República de 1990. Nessa constituição a Renamo  se propôs a depor as armas e a reconhecer a soberania  comprometendo-se como partido político a participar a democracia.
Do AGP foi-nos legado a constituição e os órgãos de soberania como instrumentos de poder, aprovação de interpretação da lei que nos regem na Assembleia da República.
E também na Assembleia do povo que o quadro constitucional pode ser revisto em função do regimento que se adequa  à vontade expressa de uma maioria correspondente.
 Discordo de que a revisão constitucional seja baseada por uma vontade política expressa fora da lei, para acomodar interessses políticos oportunistas. O político deve ser o primeiro a recorrer-se dos instrumentos legais que nos regem e a não permitir a estes que estejam a mercê de caprichos pontuais, para acomodar interesses fora do  quadro  político maioritário da Assembleia da República.As leis existem sim, mas não é inconstitucional revê-las para o bem dos moçambicanos»
 

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