quarta-feira, 8 de maio de 2013

Síria sem Internet nem ligações telefónicas


 

Activistas da oposição responsabilizam Damasco pelo corte no serviço. Governo diz que está a tratar da avaria.
Gráfico da Google que mostra o "blackout" que se vive actualmente na Síria
Há dois dias que a Síria está sem serviço de Internet, e também com a rede telefónica interna inactiva, alegadamente por causa de uma avaria.
“Os serviços de Internet e as ligações telefónicas foram cortadas na terça-feira, na sequência de uma falha no cabo de fibra óptica”, justificou um responsável oficial do sector de telecomunicações, Bakr Bakr, citado pela agência estatal SANA. “Estamos a fazer todos os esforços para reparar a falha e restabelecer as conexões de Internet e telefone o mais rapidamente possível”, acrescentou a mesma fonte.
A Google e várias empresas que supervisionam o fornecimento global de Internet detectaram a interrupção do serviço na Síria na terça-feira à noite (às 21h45, hora local). A perda da conexão foi imediatamente comentada em fóruns internacionais: “Parece que a Síria desapareceu completamente da Internet”, escreveu Dan Hubbard, o chefe de tecnologia da Umbrella Technology Labs.
Em declarações à CNN, aquele especialista lembrou que “episódios” de corte do serviço de telecomunicações no país ocorrem com alguma frequência. “Embora não se possa comentar sobre as causas da perda do serviço, os incidentes passados estiveram ligados ou a danos da infra-estrutura, tanto eléctrica como de telecomunicações, ou a desligamentos por ordem do Governo”, referiu.
Para a oposição ao regime do Presidente Bashar al-Assad, o “silêncio” da rede de telecomunicações no país é um “mau sinal” do Governo de Damasco. “Qualquer violação dos direitos humanos ou massacre de civis [durante este período] será responsabilidade exclusiva das forças do regime”, criticou o Comité de Coordenação Local da Síria, a rede que agrega activistas de oposição.
Um activista que falou com a AFP sob anonimato explicou que os grupos de oposição utilizam a Internet não só para comunicar com o exterior, mas para se organizarem internamente e marcarem acções contra o Governo. A alternativa, para ultrapassar a vigilância do regime, é utilizar meios de comunicação por satélite. “Mesmo as ligações por satélite estão muito lentas”, notou – temendo por uma contra-ofensiva do Exército sírio. “Isto acontece de cada vez que a Internet é cortada. O regime está a preparar um ataque algures”, estimou.

1 comentário:

Anónimo disse...

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