terça-feira, 7 de maio de 2013

Quatro observadores filipinos da ONU capturados nos Montes Golã

Síria:

Publicado ontem às 23:41

Um grupo armado capturou quatro filipinos observadores da ONU que patrulhavam os Montes Golã, zona tampão entre Israel e Síria, e onde o chefe da diplomacia iraniana veio hoje demonstrar apoio ao regime de Damasco.
O «grupo desconhecido» tem quatro prisioneiros filipinos observadores da ONU nos Montes de Golã, que foram capturados perto da cidade de Al-Jamlah, disse o porta-voz da ONU, Josephine Guerrero, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Na página da rede social Facebook, os rebeldes Martyrs Brigade Yarmouk explicam que capturaram os capacetes azuis da ONU, num momento em que se registam violentos combates naquela região e que se trata de uma operação para os «proteger» dos bombardeamentos e dos combates.
A página da Internet revela uma fotografia dos quatro homens com coletes azuis à prova de balas, e três com símbolos "UN" (Nações unidas) e "Filipinas".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH confirmou a escalada de violentos combates na região dos Montes Golâ.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, disse, após uma reunião em Moscovo com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, que a Rússia e os EUA estão empenhados em incentivar o regime sírio e os rebeldes a encontrar uma solução política e incentivar a organização de uma conferência internacional sobre a Síria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Akbar Salehi, reuniu-se hoje com o Presidente sírio, Bashar al-Assad e disse que era hora de dissuadir Israel de realizar ataques como os aqueles que efetuou sobre a Síria na semana passada.
"O Irão está do lado da Síria face à agressão israelita, cujo objetivo é danificar a segurança da região e enfraquecer o eixo de resistência", disse Ali Akbar Salehi, cujo país é um aliado próximo de Damasco.
"Chegou a hora para dissuadir o ocupante israelita de realizar esse tipo de agressão contra os povos da região", disse por seu lado Bashar al-Assad, citado pela televisão síria.
Também hpje, o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, disse que seu país "não se iria envolver na guerra civil na Síria", mas acrescentou que continuaria a impedir a transferência de armas sofisticadas do Hezbollah xiita libanês.
O Governo do movimento islamita Hamas, no poder em Gaza, também se pronunciou sobre a crise e condenou a «agressão sionista» contra a Síria e exortou a Liga Árabe a agir com o objetivo de impedir que se repitam as agressões.
«O Governo denuncia a agressão das forças de ocupação [israelita] contra a Síria. Trata-se de uma grave interferência, que alega que a nação [árabe e islâmica] tome medidas adequadas para as enfrentar», afirmou o Governo do primeiro-ministro, Ismaïl Haniyeh, num comunicado publicado dias depois dos ataques aéreos de Israel.

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