sexta-feira, 17 de maio de 2013

Porque Angola não consta entre as melhores Universidades de África - Patrício Batsikama .

Porque Angola não consta entre as melhores Universidades de África - Patrício Batsikama

Luanda - Nenhuma Universidade angolana - apesar do petróleo e diamante - consegue estar entre as 100 universidade no ranking africano. Porque? Eu tenho verificado 10 razões que passo a enumerar apenas cinco por ser mais comuns entre nós:

Fonte: Facebook
Criar Revistas Científicas, patentear resultados de pesquisas...
1) O corpo docente é muito fraco quer na produção de pesquisa, quer na capacidade que se exige minimamente a um docente universitário; Os discentes, também, ora pagam as suas entradas, ora delegam outras pessoas fazerem provas para eles... E durante as suas formações, eles mostram quanto são inúteis!!!

2) Docência virou "kandonga" e a maioria dos professores são candongueiros: (i) ora dão aulas a mais de duas universidades, quando na verdade são recém-licenciados, sem experiência na docência nem possuir agregação para docência; (ii) ora, são Mestre, e utilizam seu "diploma" para enriquecimento rápido. Geralmente são jovens que se precipitam-se ter boas casas, bons caros... Uma verdadeira patologia mwângolê; (iii) Ora são Doutores, mas com a idade já avançada... e querem recuperar o "atraso" em relação aos colegas da escola que são ministros ou directores aqui e acolá. Mas, não aguenta 20 horas sequer numa só universidade, mas são professores em mais de 3 universidades.

3) As instituições académicas em Angola - pelo menos as públicas - estão a organizar-se, e são limitadas em "Local de Ensino", e quê ensino! Ainda falta que se torne a um "Local onde se ensina a pensar". Estas universidades não têm centros de pesquisas; nem laboratórios em frequentes actividades. Nas privadas, além de verificar minimamente a mesma coisa, o pior é que ainda parecem, na maioria, "Empresas" cujo "curso" constitui o lucro.

4) Os estudantes são tidos como "potenciais" mercadorias. Nas instituições públicas, alguns professores baixam muito, reprovando estudantes que em contrapartida pagam para passar de classe. Este estudante será inútil no mercado do trabalho. Nas instituições privadas, além de verificar o precedente, importa salientar que o administrativismo é tão grande (recuperar os investimentos) que acaba por amolecer o rigor académico;

5) Toda universidade possui sua academia. Isto permite a excelência por tornar o estudante a um potencial instrumento cognoscitivo dinamizador da vida social da região onde está instalada a Instituição do Ensino Superior. O que acontece em Angola é o contrário, quer na pública quer na privada: as autoridade político-administrativas (Reitor, Decano), as autoridades pedagógicas e científicas (Docentes, pesquisadores), autoridades administrativas (Secretários, Directores de Departamentos) e mesmo os estudantes preferem CLIENTELISMO face ao partido no poder. Todo mundo não está interessado a não perder o seu pão. Em vez do partido no poder precisar deles, são na verdade eles que "bajulam" passivamente. E, tudo morre. Eu acho que este partido no poder precisava das concorrências deles, o que mais levariam o país adiante...

Resultado? Nenhuma universidade angolana... Ora, temos condições para colocar - a partir da competência e do trabalho - mais de cinco universidade nesta lista! UAN - ancestral de todas universidades angolanas, pelo menos poderá fazer esforço. Deverá começar pelo rigor, na selecção dos professores, dos estudantes e dos auxiliares administrativos (corpo não-docente). E, o resto, deverá seguir este exemplo. Criar Centros de Estudos, Laboratórios, Núcleos... criar Revistas Científicas, patentear resultados de pesquisas, criar Bolsas de Pesquisas, estruturar órgãos que controlassem e oxigenassem as pesquisas, criação de
Fundações como suportes institucionais das universidades, criar novos conhecimentos (cursos, relacionados as realidades angolanas, e evitar as importações, etc.).

Será que isto significa PEDIR MUITO? 

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