Os rostos da sucessão de Nhancale
SAÍDA DE ARÃO NHANCALE ABRE CONCORRÊNCIA FEROZ NA MATOLA
Arão Nhancale deixou, anteontem, formalmente, de ser presidente do município da Matola e, ontem, foi ao seu gabinete, pela derradeira vez, esvaziar os seus pertences e despedir-se daqueles que foram seus colaboradores nos últimos quatro anos e meio. Mas há muito que os candidatos à sua sucessão se perfilam para lhe ocupar o lugar.
O “O País” mergulhou pelos bastidores adentro do partido Frelimo, na Matola, e ficou a saber que há cinco nomes disponíveis a avançar, se o partido o permitir, como é apanágio desta formação política.
Casimiro wate
É deputado na Assembleia da República e membro do Comité da Frelimo na cidade da Matola. Tem experiência política, fruto de vários mandatos no Parlamento e nos órgãos de base do partido Frelimo, mas também experiência de gestão como PCA do FUNAB.
Galiza Matos
Galiza Matos Júnior já admitiu publicamente o seu apetite pelo cargo, em duas ocasiões: em Nampula, no mês passado, e na última semana, em Maputo, à margem do informe do procurador-geral da República. Disse-o, de viva voz, que está disponível, se a Frelimo assim o entender.
Lázaro Mbambamba
Fez parte da equipa de Nhancale, mas foi um dos 16 vereadores que o agora ex-presidente trocou em quatro anos e meio de mandato. Assumiu-se, a partir daí, como um forte opositor à governação “nhancaliana”.
Sábado Malendza
É deputado e membro do Comité da Frelimo na Cidade da Matola. Foi um dos autores do manifesto eleitoral de Arão Nhancale e seu aliado desde a primeira hora.
Telmina Pereira
É, porventura, a mais cotada candidata ao cargo, porque tem capital político nas estruturas de topo do partido,foi chefe da Comissão dos Assuntos Sociais e Género no Parlamento e subiu, este ano, à relatora da bancada da Frelimo, portanto, para perto de Margarida Talapa, chefe da bancada e membro da Comissão Política, órgão que sanciona as candidaturas.
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