terça-feira, 21 de maio de 2013

Médicos chineses e indianos garantem serviços básicos

  Na província de Inhambane  
 
 
Inhambane (Canalmoz) – Os médicos, enfermeiros e outros técnicos dos serviços de saúde estão em greve na província de Inhambane desde a manhã de ontem, segunda-feira. Numa ronda efectuada pela Reportagem do Canalmoz em algumas unidades sanitárias desta província, foi possível notar-se que os doentes estavam à sua sorte, sem ninguém, pois a maioria dos profissionais interrompeu a sua actividade.
 
Enfermeiros presentes, mas inactivos
 
Nos centros de saúde da cidade de Inhambane foi possível ver-se os profissionais de saúde presentes no recinto hospitalar, mas não para trabalhar, estavam aglomerados para fazer sentir a greve que foi declarada à escala nacional.
No centro de Saúde Urbano só havia funcionários estrangeiros, indianos e chineses, que estavam a prestar serviços básicos aos utentes. Neste centro ninguém quis falar sobre o assunto, visto que a direcção máxima do hospital estava em reunião com os responsáveis dos sectores da saúde. 
Enquanto isto, o hospital provincial de Inhambane estava sem o pessoal de saúde nacional, ou seja, quase que todos aderiram à greve. Só estavam médicos  estrangeiros e enfermeiros estagiários a garantirem serviços mínimos.
 
Cidade de Maxixe
 
No Hospital Rural de Chicuque, na cidade de Maxixe, a equipa de Reportagem do Canalmoz escalou por volta de dez horas (10 horas). Até esta altura os doentes ainda esperavam para serem atendidos, eram longas filas de pacientes que aguardavam pelos enfermeiros e médicos. 
O director do Hospital Rural de Cicuque disse que tudo estava a ser negociado para que os profissionais de saúde retomem os seus postos de trabalhos. 
O Hospital Rural de Chicuque é um dos maiores centros de saúde que atende vários doentes idos dos distritos vizinhos de Morrumbene, Homoine, Panda para além de alguns da cidade de Inhambane. No hospital estiveram a trabalhar médicos estrangeiros  alemães, indianos, suíços. 
Por isso, aqui os serviços básicos de saúde estavam garantidos, apesar das longas filas que, aliás, são comuns nas unidades sanitárias públicas. 
 
Homoine
 
No distrito de Homoine o cenário era triste, fomos ver doentes a dormirem no soalho das varandas de espera nas consultas externas sem  nenhum funcionário para atender ali no Hospital Distrital de Homoine, médico e enfermeiros não foram trabalhar na manhã de ontem segunda-feira porque estão em greve. Tentámos contactar o director distrital de saúde e o administrador local, todas tentativas redundaram em fracasso porque ninguém quis nos atender no seu gabinete, alegando lotação da agenda.
 
Vilanculos
 
No Hospital Rural de Vilanculos, a maior unidade sanitária na região norte da província de Inhambane, onde este assegura os doentes idos de Mabote, Inhassoro, Vilanculos e Govuro, segundo informações com o pessoal da saúde local disseram que os serviços básicos estavam  encerrados, incluindo o   banco de socorro. Mas por volta das10 horas quando a administrador local apercebeu que no hospital ninguém estava a trabalhar foi obrigado a deixar o seu Gabinete  e foi ao hospital para apaziguar os nervos dos profissionais de saúde. 
Num encontro que durou cerca de 2 horas e meia, o administrador de Vilanculos, António Mandlate, e os profissionais de saúde minimizaram a greve tendo pedido para que pelo menos funcione o banco de socorro e maternidade, pedido que até ao momento está a ser assegurado pelos enfermeiros estagiários do nível básico. (Luciano da Conceição, em Inhambane)
 

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