segunda-feira, 20 de maio de 2013

Greve dos médicos confirmada para hoje

 
 
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Maputo (Canalmoz) – os médicos voltam hoje à greve geral, em todo o País. Uma semana após ter anunciado o retorno à greve, acusando o Governo de não cumprir com o acordo alcançado em Janeiro para pôr fim à 1ª greve, parece que não houve entendimento entre o Governo e os médicos e a partir de hoje irá ocorrer a segunda paralisação nas unidades sanitárias públicas.
A última nota de Imprensa distribuída pela Associação Médica de Moçambique reafirma a convocação da greve para hoje e desmente e denúncia, alegada campanha de desinformação do Governo para dividir a classe.
Desta vez, para além dos médicos, a greve deverá também alargar-se a “outros profissionais de saúde” que através da Comissão de Profissional de Saúde Unidos (PSU) criada em Janeiro passado, anunciou greve simultânea com os médicos. 
 
As reivindicações dos médicos
 
Segundo o caderno de reivindicações submetido ao Ministério da Saúde, os médicos exigem:
Aumento de 100% de salário base dos médicos (o Governo aumentou 15%); aumento de subsídio de risco de 10% de salário base para 35%; aumento do subsídio do valor pago nas urgências hospitalares de 450 actuais para 2000 meticais durante o período normal, de 750 meticais para 3500 nas noites do meio de semana e por fim aumento de 1.500 meticais para as noites de fins-de-semana e feriados.
Os médicos exigem ainda que o estatuto do médico seja aprovado na presente sessão da Assembleia da República e seja removido o artigo que obriga os médicos formados em universidades públicas a trabalharem para o Estado no mínimo um período igual ao que durou a formação. Esta exigência é feita exclusivamente aos médicos.
Exigem ainda os médicos a habitação conferida pelo Estado e que esta não seja partilhada com outros profissionais de saúde, alegando razões de “privacidade”.
 
Pontos não cumpridos pelo Governo
 
No acordo assinado pelo presidente da AMM e o ministro da Saúde a 15 de Janeiro passado, havia três pontos fundamentais que o Governo não cumpriu. São eles a não penalização dos médicos estagiários, o aumento de salário base em 100% e um diálogo constante entre as partes. Nenhum destes pontos se verificou.  (Redacção)

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