quarta-feira, 22 de maio de 2013

Colonização


Asslix Asslam


Por: Amade Camal



Quando alguns dirigentes do governo (di)gerem os recursos do Estado como se fosse a machamba da família (…) usam a força repressiva para impedir direitos constitucionais (…) praticando alguns actos semelhantes aos de colonos, é caso para perguntar: a quem serve este (des)governo ?
... Colonização é uma forma de subverter a soberania de um povo e seu território sob governação e benefícios de outros sem legitimidade.
Na história, os europeus foram os maiores colonizadores, dentre eles os ingleses, franceses, espanhóis, holandeses, portugueses, belgas, italianos e alemães.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1946 iniciou-se um processo de descolonização global.
Moçambique foi dos últimos a adquirir a sua independência em 1975

De entre muitos ganhos com a independência os moçambicanos podem destacar:

1- Acesso à Educação
2- Acesso à Saúde
3- Restituição da dignidade
4- Reforma agrária
5- Educação político-social
6-Igualdade de direitos
Passados 38 anos da independência a maioria dos moçambicanos jovens não conheceram o sabor da colonização, e tão pouco a sua história, talvez devido ao deficit na educação e literatura acessível.

Contudo cada vez mais moçambicanos através de manifestações, começam a por em duvida os benefícios de serem governados por alguns dirigentes que se comportam-se como colonizadores que se caracterizavam por:

7- Descriminação racial
8- Descriminação étnica
9- Descriminação religiosa
10- Descriminação cultural
11- Bloqueamento de oportunidades aos nacionais
12- Desvio e roubo do Tesouro Público
13- Políticas de exploração económica humana
14- Expropriação de terras ilegais e violenta
15- Proibição da liberdade de expressão, com censura e intimidação
16- Polícia repressiva contra os nacionalistas
17- Submissão dos pseudo-intelectuais contra favores da elite no poder
18- Intimidação para conseguir alinhamentos políticos

Quando alguns dirigentes do governo (di)gerem os recursos do Estado como se fosse a machamba da família, e adjectivam intimidatoriamente os críticos, perseguem os denunciadores, castigam os justiceiros, usam a forca repressiva para impedir direitos constitucionais, deixam a impressão que manipulam os pleitos, enfim (des)governam a seu bel prazer, praticando alguns actos semelhantes aos de colonos, é caso para perguntar a quem serve este (des)governo ?
Quando Nós moçambicanos começamos a questionar a independência é um sinal de alarme!
A Frelimo é uma organização política admirada no País, região, continente e no mundo, tem uma história dignificante, um legado insubstituível, pelo que os moçambicanos clamam por bom senso.
Independência sim e sempre a qualquer preço. Colonização não, nem a indígena, nunca mais.See more
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Like · · · 5 hours ago near Maputo, Mozambique
  • José de Matos and 6 others like this.
  • Tiago Ribeiro Com um único reparo... há 50 anos, o país exportava, hoje, importa...
  • Nuria Waddington Negrao Neste momento Moçambique exporta: energia eléctrica, carvão mineral, gás natural, alumínio, camarão, castanha de caju, citrinos, algodão, mão de obra, e mais outras coisas. Podemos não estar ainda a exportar as mesmas quantidades que o governo colonial mas que exportamos exportamos. A diferença, se vamos falar em diferenças não é que antes exportávamos e agora importamos é que antes os ladrões eram estrangeiros e agora os ladrões são nacionais. Mas isso não é uma mudança muito grande, se antes 1% vivia bem e agora 1% continua a viver bem não é mudança. A mudança verdadeira é que antes 1% era alfabetizado e agora 50% são alfabetizados, é que antes 1% podia votar e agora 100% podem votar, etc... Reduzir a independência à produção e exportação é injusto e revela falta de sensibilidade para com os que antes nem direito a cidadania tinham.
  • Tiago Ribeiro Bem dito! Mas mais uma vez a Nuria exagera, vê coisas onde elas não existem! Fico feliz, contudo, por ser a primeira a reagir!
  • José de Matos Exportamos sim, mas é lamentavel que 4 decadas depois ainda possamos comparar com o regime colonial! É mais aceitavel termos ladroes nacionais do que ladroes estrangeiros? Nao me parece! Evidentemente que a indepencia nao pode ser medida em exportaçoes, fez-se muita coisa boa, mas algumas das questoes levantadas aqui sao pertinentes.
  • Nuria Waddington Negrao José de Matos, quer discutir o texto em epígrafe, o comentário do Tiago, o meu comentário ou os 3?
    É que assim, tudo junto fica confuso.

    O texto em epígrafe está bom e pouco ou nada tem a ver com o governo colonial. Eu ainda não fiz nenhum comentário
    sobre o mesmo.

    O comentário do Tiago Ribeiro leva a conversa para comparações entre o governo colonial e os governos desde 75. Eu respondi ao comentário do Tiago (ele provocou, eu provoquei de volta, e nós nos entendemos).

    Agora o seu comentário:
    Dizer 4 décadas depois como se não soubesse da história é malandrice sua, logo a seguir à independência Moçambique entrou em guerra e no fim desta em 92 era um país completamente destruído e sem Infraestruturas nenhumas. Só esse período atrasou-nos o desenvolvimento em 17 anos efectivos e em mais 10 de reconstrução. Seria mais correcto reclamarmos falta de desenvolvimento a partir de 2000 mais ou menos, quando já temos a Mozal a funcionar e o gás de Pande a ser explorado. Por isso não concordo com a ideia dos 40 anos, acho que 13 é uma figura mais justa e real.
    Quanto aos ladrões estrangeiros e nacionais. Nenhum tipo é aceitável. Mas já que estamos a comparar ladrões, os nacionais têm sido melhores sim, afinal os sistemas nacionais de saúde e educação são muito mais nacionais agora que antes, a democracia nacional é muito mais democrática que antes, etc etc etc
  • José de Matos Nuria, estou a generalizar o tema, nao estou a responder a ninguem, ate porque o tema é vasto e tem varias nuances.
    O tema pouco ou nada tem a ver com o governo colonial? Como assim?
    Mais uma vez reparo que interpreta mal o que eu escrevo, e isso p
    ode sempre perguntar se tem duvidas, dai o recurso a termos que acho inaceitaveis, como malandrice, nao gosto, ate porque eu nao uso essa agressividade. Para começar, nao fui eu que trouxe este tema, mas eu nao gosto muito da comparaçao com o regime colonial, por varios motivos, sao realidades distintas, gosto mais de comparar com o que foi feito depois da independencia e/ou o que poderia ter sido foi e nao foi feito.
    Quanto aos ladroes, eu nao vou por ai, ladroes sao ladroes, nao me interessa a nacionalidade deles. E atençao, eu nao neguei que nao se fizeram coisas boas.

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