sexta-feira, 24 de maio de 2013

Bastonário da Ordem dos Advogados propõe cortes nas regalias de dirigentes do Estado

Para resolver o problema dos médicos  
 
 
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Maputo (Canalmoz) – O Bastonário da Ordem dos Advogados, Tomás Timbana, acaba de juntar-se ao coro de vozes que criticam o excessivo despesismo por parte do Governo e defendem cortes nas despesas supérfluas. Segundo Tomás, há condições para resolver o problema dos médicos no lugar do extremismo e arrogância que está a ser demonstrado pelo Governo.
Segundo escreveu na sua página do Facebook, “a greve é um dos direitos mais importantes de que goza o trabalhador, que deve ser exercido com regras claramente definidas, sem qualquer intimidação, quer aos grevistas, quer aos que não aderem à greve”. Timbana diz que impedir uma reunião/encontro dos grevistas, mesmo que se discorde das motivações da greve, é ilegal, apontando a negociação como a via mais recomendável. 
“Parece faltar o diálogo, desde o Memorando de Janeiro”, escreveu o bastonário no seu Facebook, acrescentando que o Governo deveria pensar em medidas que não se resumissem no salário para moralizar os médicos. “Porquê não pensar em outras prestações como isenções, terrenos...ou mesmo começar a emagrecer o Estado”.
 
Excesso de viaturas de alta cilindrada 
 
O Bastonário questionou no seu Facebook o gasto de USD 10 milhões com viaturas na Assembleia da República. Na opinião de Tomás, “a inequidade salarial crescente é injustificável na Autoridade Tributária, Banco de Moçambique”.
Tomás Timbana até propôs cortes em algumas gorduras do Estado. “Temos 3 tribunais superiores: Conselho Constitucional, Tribunal Supremo e Tribunal Administrativo - cada um deles tem o mínimo de 7 juízes e 7 procuradores-gerais adjuntos, ou seja, 28 Mercedes, 28 motoristas, 28 ajudantes de campo e 28 carros de afectação pessoal. Temos ainda cerca de 30 juízes desembargadores, 30 sub-procuradores, ou seja, quase 60 motoristas, 60 ajudantes de campo. Porque não repensarmos este tipo de regalias? Questionou o Bastonário na sua página do Facebook. (Matias Guente)
 

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