domingo, 5 de maio de 2013

A história e o partido - Opinião - DN

A história e o partido


Marques Mendes disse ontem na SIC que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que conhece bem, "desistiu" de ganhar as próximas eleições, pelo menos as autárquicas. E que, neste momento, só está a trabalhar para a história: a de apertar os cordões do espartilho das obrigações orçamentais que os parceiros europeus nos impõem.
O primeiro-ministro também não quis esconder que desistiu de pensar nas próximas autárquicas. Ontem mesmo, em Pombal, numa iniciativa para assinalar o 39.º aniversário do PSD, deixou claro que se o partido for vencido este ano não se demitirá. Ora, um líder político, em véspera de eleições, por muito derrotado que pense estar, nunca assume essa possibilidade perante as bases que esperam sempre, uma palavra galvanizadora de incentivo ao combate político. Passos não falou para aqueles militantes. Falou para o País. Foi aos portugueses que quis dizer que não desiste como fez António Guterres, em dezembro de 2001, quando o PS perdeu as eleições autárquicas. O líder do Governo pode ganhar ou não o País com a ideia de que é corajoso, que enfrenta ventos e tempestades até final de um mandato, que só terminará em 2015 (salvo se o CDS-PP de Portas quiser romper a coligação).
Mas se o líder do PSD não mudar de discurso dentro do partido vai ter militantes, autarcas, dirigentes distritais e até deputados a sentirem que é tudo para perder - autárquicas, europeias e legislativas. E o partido, esse, não lhe perdoará. Nem que a história acabe por lhe dar razão... .
Um ano de Hollande
Quando foi eleito, a 6 de maio de 2012, François Hollande encarnou a esperança da esquerda europeia numa mudança de políticas: da austeridade preconizada pela Alemanha de Merkel para o crescimento económico defendido pelo primeiro presidente socialista de França desde François Mitterrand. Mas um ano depois da vitória sobre Nicolas Sarkozy, Hollande está em queda acentuada nas sondagens. Se os franceses fossem hoje às urnas, o socialista arriscava-se mesmo a não passar da primeira volta, com as sondagens a colocá-lo atrás de Sarkozy e da líder da Frente Nacional, Marine Le Pen.
Das suas 60 promessas de campanha, a aprovação do casamento gay foi a vitória mais mediática. Mas a verdade é que muito continua por fazer. O Presidente que levou França para a guerra no Mali, para fazer recuar as milícias islâmicas que dominavam metade daquele país africano, não conseguiu impor-se na Europa. Depois da relação especial com Sarkozy, Angela Merkel não parece disposta a substituir o "Merkozy" pelo "Merkollande" e continua empenhada em impor o rigor orçamental nos países mais afetados pela crise. Mesmo se Paris já disse que cumprir o défice de 3%, nunca antes de 2014, e se a Comissão Europeia já afirmou ser "razoável" dar-lhe mais dois anos.
Com o imposto de 75% para os detentores de fortunas acima de um milhão a ser apenas uma das promessas adiadas, Hollande tem pela frente quatro anos para provar aos franceses que estavam certos quando o escolheram para mudar o rumo do país. Resta ver se lhe dão o benefício da dúvida.

1 comentário:

Anónimo disse...

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