domingo, 7 de abril de 2013

Para Guebuza - Diálogo não é imposição, é troca de opiniões

Veja no Jornal da Noite de hoje a reacção do Chefe do Estado, Armando Guebuza, sobre o ataque dos homens armados da Renamo em Muxúnguè. Para Guebuza a acção é criminal e o Governo não vai se intimidar. "Diálogo não é imposição, é troca de opiniões", explicou.
 
Agora é que a coisa se complica em Moçambique: O PR, Armando Guebuza, acusou hoje a Renamo de ter sido o autor dos ataques.
Certamente que o chefe de Estado disse isso com base na informação que lhe foi transmitida por várias fontes a que tem acesso – policia, os serviços secretos, etc.
Mas, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse hoje que não foram homens do principal partido da oposição moçambicana quem atacou os veículos na principal estrada que liga o sul ao resto do país.
Quem diz a verdade?
E se o PR tiver sido enganado pelos seus informantes que, eventualmente, se aproveitaram dos recentes acontecimentos e usaram métodos dedutivos para dar consistência aos ataques? Ou seja, os informantes sabem que A e B estão em conflito. O A foi atacado pelo B. O B respondeu ao A, mas agora o B esta á a ser atacado, logo, eles deduzem que foi o A quem atacou o adversário (neste caso os civis que estão/deviam estar sob protecção do Governo).
Até que o acusador apresente provas de quem são os verdadeiros autores dos ataques, que resultaram em três mortos, e quem desmente demonstre com A + B que nada tem a ver com isso, tudo indica que tanto o Governo, quanto a Renamo estão num beco sem saída.
Primeiro, porque o Governo não tem com quem negociar. Se assim pretender, com quem realmente vai falar? Se o Governo (através da FIR) atacar novamente uma das bases da Renamo, qual será o argumento para tal acção?
E se tiver sido grupo de homens armados que a título individual decidiram ir às matas para se aproveitar da situação? Como e quando sairemos deste quadro de forma pacífica como pedem as diversas vozes da sociedade?
Ou então, se tiver sido os tais homens esfomeados, marginais e desesperados, que, como em diferentes ocasiões disse Afonso Dhlakama, se sentem humilhados pela exclusão social e sempre quiseram regressar às matas? De forma mais simples: se os tais homens, que Mazanga não os assume como sendo do seu partido e o PR diz serem militares da Renamo, tiverem desobedecido ordens de Afonso Dhlakama e partido para um ataque a solo quanto e como Moçambique perde com isso?
Não estaremos perante uma verdadeira imbecilidade de um Estado desestruturado, que propositadamente decidiu perder diferentes oportunidades de resolução de um “simples” conflito?
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6 comentários:

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